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terça-feira, 10 de maio de 2005

O ensino superior e a racionalização da oferta

O Ministro Mariano Gago deu um sinal claro quanto à vontade de reformar o ensino superior ao anunciar a supressão progressiva de cursos com um número reduzido de alunos. Invocando o que já está na lei que permite eliminar desde já os cursos que não tenham pelo menos 10 alunos, aponta para no período correspondente à actual legislatura suspender os que não tenham pelos menos 20.

Trata-se de uma posição corajosa que merece aplauso e apoio. É algo que tendo sido previsto na lei de há muito deveria ter sido concretizado. Não o foi por razões estritamente políticas com as quais não me identifico, mesmo que responsabilizem o PSD.

A reacção do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) sendo compreensível não é razoável. O cenário que agora se anuncia de há muito estava delineado e os estabelecimentos de ensino superior que eventualmente venham a ser afectados pelo processo de racionalização da oferta já deveriam ter tomado as medidas adequadas para precaver o que todos esperavam. O argumento de cursos que não obstante serem pouco frequentados deverão manter-se a funcionar é pertinente, mas não pode constituir instrumento de bloqueio a todo o processo.

Fala-se em um terço do total o número de cursos a encerrar. Pelas minhas contas e pensando no médio prazo, julgo que é razoável apontar para cerca de metade.

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