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segunda-feira, 21 de maio de 2007

A grande farra

José Sá Fernandes, o supra-sumo da vereação lisboeta que a esquerda venera, não tinha, como se sabe, qualquer função distribuída.
A sua ocupação principal era a de desfazer. Nalguns casos sem razão e com elevadissimos custos, como aconteceu com o túnel do Marquês, como se apurou em tribunal. Passou incólume a responsabilidade do santo vereador que se cifrará nos milhões de indemnização ao empreiteiro pela interrupção das obras, indemnização que inevitavelmente todos nós vamos pagar.
Foi hoje anunciado, ou melhor, recordado já que a memória é muito curta, que José Sá Fernandes tinha ao seu serviço, para o serviço de oposição, nada mais nada menos do que ONZE ASSESSORES! Onze assessores é mais do que um ministro pode, segundo a lei, ter no seu gabinete.
Dizem-me que Sá Fernandes irá hoje propor que se moralize a Câmara, limitando as contratações. Segundo explicou um destes, em nome do BE, “está certo que tem que haver assessores, o que não está certo é que isto seja um regabofe”.
Então não é? Uma Câmara que atribui a um vereador sem pelouros 11-assessores-11, mesmo que seja para justificar os 20 ou 30 que outros vereadores dispunham numa autarquia à beira do colapso financeiro, ultrapassa o que se pode imaginar ser um regabofe.
Foi, sim, uma grande farra!

4 comentários:

Pinho Cardão disse...

Caro Ferreira de Almeida:
Como se dizia há tempos num blog de referência, haverá que interpôr uma providência cautelar para que Sá Fernandes seja impedido de boicotar a gestão da Câmara de Lisboa.
Eu até pensava que ele se dedicava sòzinho a essa tarefa. Afinal, ainda por cima, tem assessores!...
Uma vergonha. E mais vergonhoso é que tenha o pleno beneplácito da opinião publicada!...

Virus disse...

ALELUIA... ALELUIA...

Finalmente que por aqui vejo alguém a tocar no assunto dos assessores (mesmo que sejam só os da CML) e da pouca vergonha que eles representam na nossa sociedade e despesa.

Só na CML o ano passado (segundo o CM) pagaram-se 25 milhões de EUR em assessores, aparentemente 60% dos quais eram do PSD. Isso em moeda antiga são 5.000.000.000 PTE.

Um escândalo... Agora imaginem esta roubalheira à dimensão do Estado Portugùês e do Governo. Multipliquem para aí por 200.

Se até um defensor dos "fracos e oprimidos" como o José Sá Fernandes usa e abusa deste expediente para distribuir a riqueza da CML pelos afilhados e amigos imaginem agora o que se passa com os outros que ainda terão menos escrupulos.

Como já referi por diversas vezes anteriormente eu classifico os assessores no mesmo nível de categoria das carraças (assessor=carraça), isto porque na verdade um assessor não é nada mais do que um ser parasita que se alimenta da "força" de um ser que se desenvolve por esforço próprio (ou ajudado por alguém).

Também é verdade que esta minha raiva contra os assessores pode ser porque nunca tive a sorte de ser bafejado por um convite para assessor de um qualquer político, mas respondam-me lá O QUE RAIOS É QUE FAZ UM ASSESSOR?

PARA QUE É QUE SERVE UM ASSESSOR? (Para além de sugar dinheiro ao Estado).

Não me venham com a conversa que é para "assessorar" o político em diversas matérias, porque isso é conversa para boi dormir... O político se quer alguém para assessorá-lo que pague do bolso dele...

E se de facto precisa de alguém que o "assessore" em alguma matéria específica que tal se começar por utilizar os conhecimentos e a experiência daqueles que já trabalham na área para onde o político foi alocado? De certeza que no enorme oceano que é o Estado (Camaras Municipais, Governo, Ministérios, E.P.'s, etc.) existem pessoas muito válidas (e mais baratas) que gostariam de ser ouvidas sobre o funcionamento das coisas.

Como também já disse antes o sistema utilizado deveria ser semelhante ao sistema utilizado no Parlamento Europeu, ou seja, cada deputado tem um orçamento para gastar em diversas áreas do seu trabalho, se ele opta por não ter assessores, ou se tem cinquenta isso é problema dele, o P.E. paga o mesmo! Desta forma não há abusos, todos são iguais e têm a mesma oportunidade, cabendo a cada um gerir o seu quintal e decidir se precisa ou não de apoio!

Enfim... sei lá... eu sugiro que se legisle sobre a matéria e o nome da legislação até poderia ser "Advantix" ou "Frontline"...

antoniodasiscas disse...

Por estas e por outras,começa a entender-se o estado comatoso em que a situação financeira da câmara de Lisboa se deve encontrar. Não há orçamentos que resistam! Queiramos ou não,a notícia do texto é sensacional e projectando-a devidamente, poder-se-á imaginar os desmandos que terão ocorrido nesta "pobre" autorquia,nos últimos anos. É por demais evidente que não chega ter-se um homem sério - e ainda por cima engenheiro civil,autêntico diga-se de passagem - como presidente,há que escolher alguém que tenha pulso e coragem para estripar os maus costumes implantados, vá-se lá saber desde quando e banir estes falsos arautos do rigor e da contenção.Só gostava de saber quanto custou à camara em termos de penalizações financeiras,o embargo do túnel, a "prestimosa" intervenção do vereador em causa.

Anthrax disse...

Aaaaah!! Mas giro, giro, foi a apresentação da candidatura do Senhor... ali, todos rechonchudinhos, de copito na mão, a fumar uma charutada e com um ar do mais aburguesado possível.

Sim senhor... presumo que sejam os topo de gama do Bloco de Esquerda.

Por acaso até é giro agarrar nessas imagens e depois contrastá-las com os outros tolinhos que sofrem do complexo de "Robin dos Bosques". Até era uma cena gira para colocar no Youtube.