Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

O Estado estreitinho

Qual Estado mínimo! O Estado está é demasiado apertado face a tanta ambição. Já não chega e por isso, no método e no discurso, olha-se para instituições privadas e cobiça-se um lugar nos órgãos sociais como se do Estado se tratasse. É o efeito que provoca o inebriante perfume do poder. Onde quer que se encontre.
Pasmei ao ouvir Luis Filipe Menezes a reivindicar para o PSD a presidência da CGD.
Mas hoje, chegado a casa e procurando notícias depois de um dia inteiro enfiado num gabinete a fazer pela vida, fiquei a saber por um comentador da SIC (presumo que de assuntos económicos) que a Dr.a Paula Teixeira da Cruz era candidata ao Conselho de Supervisão do BCP e que isso era muito importante para Carlos Santos Ferreira. Razão: o homem assume a presidência de um banco onde existem "muitas tendências" e que Teixeira da Cruz o poderia ajudar muito a superar a penosa função a que forçadamente se candidata. Primeiro - explica a sábia criatura - porque é do PSD e como este país se divide entre rosas e laranjas agrada-se assim a gregos e troianos. Segundo, porque é mulher!

Não sei qual destes poderosos argumentos contribui para a salvação do banco. Suspeito, porém, que o BCP corre o mesmo risco que o Estado corre. De ser desmantelado, em seis meses.´

3 comentários:

invisivel disse...

Esta corrida ao bcp faz-me lembrar os tempos de "tomada" dos bancos e instituições...
Só que desta vez é uma tomada multicolor.
Esta atitude mostra o estado de merda a que chegámos!

PA disse...

Caro Dr. J Ferreira de Almeida, tenho a sensação de que falta ao Dr. Menezes, a leitura de uns livrinhos sobre estratégia política.
Por este caminho, a única alternativa ao actual Poder, é a criação de um novo partido, e o PSD ... Paz à sua alma !

Qto. ao comentador, que ontem o Senhor ouviu e que eu também ouvi, sinceramente, se eu estivesse no lugar da Dra. Paula TC (que me parece ser uma pessoa muito inteligente), consideraria, os comentários proferidos, uma enorme afronta à minha inteligência e à minha competência profissional.

E fico-me por aqui, porque tudo isto é um "fado" muito triste, e o exemplo acabado do que se tem passado desde 25 de Abril de 1974 -o exercício da Partidocracia.
E com que preço para Portugal ...
:-(((((

Eu prefiro a meritocracia, desde que salvaguardado o espírito de igualdade de oportunidades.

Suzana Toscano disse...

Caro Ferreira d'Almeida, gosto sempre de ver que ainda mantém a capacidade de se surpreender...