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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Estão bem uns para os outros!...

A Câmara de Lisboa já foi eleita há mais de seis meses. Um dos problemas que se propôs resolver prioritariamente foi o pagamento rápido das dívidas que outros executivos camarários deixaram. Algumas já com quatro ou mais anos!...
Passados 6 meses, a Câmara ainda não conseguiu os meios para pagar aos fornecedores, nem se sabe quando o conseguirá.
As dificuldades burocráticas e legais não podem ser desculpa, pois o próprio António Costa conhecia a lei como ninguém, por ter sido o seu principal progenitor. Como tal, para ser eficaz, o mínimo exigível seria actuar estritamente no quadro legislativo vigente.
O quadro legal limita o campo de actuação de todos, em geral, e não serve de desculpa para qualquer gestor, em particular. Os gestores competentes distinguem-se dos outros precisamente por atingir os objectivos, no quadro legal em que se inserem.
Tendo falhado o seu objectivo de pagar rapidamente as dívidas aos fornecedores, a Câmara de Lisboa não foi competente.
Não vale desculpar-se com o Tribunal de Contas.
Mas o paradoxo maior é que os credores, em vez de responsabilizarem a Câmara, responsabilizam o Tribunal de Contas. Não só não recebem, como desculpam o culpado, e culpam quem não devem. E, na acção, não faltou a natural solidariedade do culpado!...Cómico, não?
Não entender a verdadeira causa das coisas é também sinal de incompetência.

2 comentários:

Carlos Monteiro disse...

O Tribunal de Contas veio estragar as contas às empresas privadas que só vivem dos nossos impostos e do velho sistema "tu, Estado, és meu cliente, e eu financio-te o partido", caro Pinho Cardão.

É por isso que eles, todos eles! só estão chateados com o Tribunal, porque "eles",estão todos do mesmo lado!

F.M. disse...

Excelente afirmação a sua, Pinho Cardão:
“Os gestores competentes distinguem-se dos outros precisamente por atingir os objectivos, no quadro legal em que se inserem.”
Apetece-me perguntar (não a si claro): Porque é que tantos (pseudo)-gestores ainda continuam a “gerir” nada, com resultados deploráveis, sem que nada lhes aconteça. Chegando-se ao ridículo de premiar essa incompetência.
Só num PAÍS menor.