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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

“Os filhos e os netos vão pagar as favas”...

Há alguns anos começou a ser levantada a hipótese epigenética para explicar alguns problemas de saúde. Ou seja, os efeitos tóxicos de algumas substâncias danificam a estrutura genética dos gâmetas de tal modo que os descendentes acabavam por sofrer os efeitos na sua saúde devido aos comportamentos e exposição a tóxicos dos pais, mesmo que não venham estar sujeitos às referidas noxas.
Este aspecto é muito importante, porque levanta problemas de “ética transgeracional”. Deste modo, as afirmações do tipo “faço o que me apetece porque o corpo é meu” ou “ninguém tem a ver com o meu comportamento” não são tão lineares como parece. Será legítimo “obrigar” os descendentes a sofrerem devido aos nossos comportamentos? Se tivermos consciência deste fenómeno, não!
Um novo estudo, da Universidade de Idaho, alerta para o facto da exposição às toxinas ambientais provocarem defeitos nos espermatozóides os quais são passados às futuras gerações.
Beber e fumar, “exageradamente”, por exemplo, acabam por prejudicar os descendentes, filhos, netos e até bisnetos! A par destes tipos de excessos, relacionados com o comportamento, outros, nomeadamente a exposição a pesticidas, assim como a outros produtos poluentes, podem ter efeitos negativos nas futuras gerações.
Os espermatozóides são muito sensíveis e por esta razão o papel dos pais na saúde dos seus descendentes é muito maior do que se pensava.
Argumentos de peso para “contrariar” certas atitudes ou afirmações. A vida é considerada um continuum exigindo solidariedade que não se esgota no presente. É preciso projectá-la no futuro, começando pelos nossos próprios descendentes...

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