O Acórdão do Tribunal Arbitral do Desporto, em Lausanne, iliba FC Porto, põe em causa as decisões da Comissão Disciplinar da Liga e do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, encontrou vícios substanciais no Regulamento que serviria de base à exclusão do clube das Competições da UEFA e obriga o Benfica, o Guimarães e a UEFA a pagarem ao FCPorto despesas de deslocações e emolumentos dos advogados.
Como referi em post anterior, o FCPorto não terá respeitado procedimentos éticos, o que é reprovável. Mas, se não feriu a lei, não pode ser punido, como o actual "sistema" pretendia.
Um "sistema" que feria a ética não pode ser substituído por um outro que fere a lei, como tantos agora advogavam. Um e outro são igualmente reprováveis.
Vida nova precisa-se!...
6 comentários:
Com esta chuva de indemnizações finalmente foi reconhecido o trabalho de fundo realizado pelo Departamento especializado em procedimentos pouco éticos mas não ilegais. Já não era sem tempo.
Boas!
"Vida nova precisa-se!..." E já agora, justiça também não era de se deitar fora!
Caro P Cardão
Apenas duas pequenas notas:
a) Gostava de ler o acordão, no original, para perceber em toda a sua extensão o mesmo. Tenho sempre fundadas dúvidas sobre a capacidade dos jornalistas, de "lerem" sentenças e aquelas aumentam quando são proferidas em língua estrangeira.
b) Sobre o resultado do acordão uma interrogação, como é possível que a FPF e a Liga possam ter regulamentos e critérios de aplicação tão distintos dos que são aplicados pelo orgão mláximo a que perteneçem? Ou os Presidentes de ambos os organismos são completamente, alheios e imunes a essa situação, logo irresponsáveis? Se assim o são, porque continuam nos cargos? Se não sabem assumir as responsabilidades na disciplina, servem para quê? Vender bilhetes?
Cumprimentos
João
Caro João:
Creio que a resposta é simples, relativamente, claro...
É que os membros do Conselho de Disciplina da Liga e do Conselho de Justiça da FPF são, directa ou indirectamente, eleitos pelos clubes e pelas Associações, e traduzem, em primeira e última análise, a vontade das forças que estiveram na base da sua eleição. As questões de direito, salvo para alguns bem intencionados, não são coisa que os preocupe em demasia; o que os preocupa é defender os interesses dos seus clubes.
O TAS, pelo contrário, é um verdadeiro Tribunal, e não pertence à hierarquia do futebol, UEFA ou FIFA.Julga casos de todas as modalidades desportivas. Por isso, não é nada de estranhar o tipo de decisões que toma.
Quanto ao conteúdo do Acórdão, concordo consigo.
citando o outro..."olhe que não, olhe que não"
Estou cada vez mais convencido que as leis existem apenas e só para os mais fracos, porque os mais fortes agora até ganham uns trocos quando são acusados de alguma coisa...!
Já agora, alguém consegur encontrar diferenças significativas entre Portugal e a América latina?
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