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terça-feira, 18 de junho de 2013

A greve inútil

Afinal, apesar do intenso trabalho de propaganda levado a cabo desde há semanas, da mobilização efectuada, dos meios utilizados, da colaboração empenhada dos media e do adorno à festa, gratuito e cego, dos sindicatos da FNE, a FENPROF não conseguiu anular os exames marcados para ontem. Cerca de 75% dos alunos puderam fazer exame e em 70% das escolas realizou-se a totalidade das provas. 
Claro que se admite que muitos professores tenham autênticas razões de queixa, que vão para além das que resultam das reestruturações provocadas pela diminuição do número de alunos. E aí a máquina do Ministério da Educação o que mais e melhor sabe e gosta de fazer é criar problemas a todos os ministros que lhe caem nas garras. 
Mas os sindicatos da FENPROF, lutando sempre contra tudo e contra todos, não poupando qualquer ministro ou governo, ignoram os verdadeiros problemas dos professores, desprestigiam a classe  e, no fim, instrumentalizam-na em prol dos seus objectivos meramente políticos e partidários.
Chegaram agora ao cúmulo de se servir dos alunos para esses mesmos fins. Interessante que não obtiveram nem o apoio das famílias, nem dos alunos, que compareceram em massa.
Assim se vê a força real da FENPROP. Que ensaiou uma greve que a ninguém aproveitou. Muito menos aos seus associados. 

8 comentários:

Pedro disse...

Segundo afirmações do Ministro da Educação....parece que vai haver novo exame de portugues.

Segundo o mesmo Ministro, o novo exame será realizado no dia 2 de Julho.

Este nova data, visa assegurar que aproximadamente 22 mil alunos possam fazer exame...visto que o Ministerio da Educação não teve capacidade de assegurar que estes mesmo 22 mil alunos o realizassem na data originalmente prevista.

Julgo que a adesão á greve foi de mais de 90% dos professores.

Ora se para o caro Pinho, os "75% de exames realizados" são numeros importantes...como conseguem em simultaneo ignorar uma Greve com adesão de 90% ?

Será que 90% dos professores deste pais aderirem a uma Greve, não tem significado ? será que vivemos num pais onde apenas 10% dos professores são "racionais" ?

julgo que são reflexões necessárias e fundamentais para compreender o pais e construir o futuro.

quanto a mim, perdemos todos. Não me parece é que tamanha adesão seja "um promenor irrisório"...

Unknown disse...

Por que razão pretende ligar a greve somente à FENPROF?
Qualquer pessoa minimamente informada sabe que a FNE (afecta à UGT) também convocou a greve, bem como outros sindicatos independentes.
Por outro lado, parece esquecer que os professores não podem convocar greves, pois tal pertence por lei aos sindicatos. E, também por lei, não é necessário ser neles filiado para se fazer a greve por eles convocada.

Pinho Cardão disse...

Caro Pedro:
O "êxito" desta greve não se media pelo número de professores em greve, mas pelo grau de realização dos exames. Por isso, ela foi marcada para a data dos exames. Se estes não se realizassem, fosse qual fosse o nº de professores aderentes, o êxito seria total.
O que esteve longe, muito longe, longíssimo, de acontecer.
Todavia, ao fim e ao cabo, o meu amigo termina o seu comentário quando refere, e cito, "quanto a mim, perdemos todos". O que vem confirmar aquilo que eu escrevi:"uma greve que a ninguém aproveitou".
Assim, só posso realçar o bom senso da sua conclusão. Conclusão só possível porque o meu amigo foi o primeiro a entender que as premissas que utilizou na argumentação não eram sustentáveis e estavam erradas. Mas, do mal o menos, terminou bem. E não tenha dúvida, se todos perdemos, os Sindicatos foram os primeiros a perder.Uma jornada inglória, pois.

Cara Isabel Costa:

Claro que foram os diversos sindicatos, FENPROF, FNE, Independentes, a promover a greve.
Uns como agentes activos; outros, como figuras de decoro. É o que eu penso, admitindo bem que outros não pensem assim.
E também julgo que quanto mais a FNE e outros não são capazes de se distinguir, nas acções, da FENPROF, menos identidade própria possuem.
E, mais tarde ou mais cedo, serão puramente absorvidos. Se, de facto, já não o foram.
Mais uma vez repito que distingo muito bem reais problemas dos professores do processo político-partidário da Fenprof.

Floribundus disse...

agora existe a coligação cgtp-ugt, no fundo a mesma luta política.
sempre a mesma falta de civismo para com os contribuintes que pagam o salário dos dirigentes.

'amanhã, por ser 4ªf, não há greve no rectângulo'

Agitador disse...

A bitola subiu muito nestas greves. Não se trata de negociar este ou aquele direito ou dever. Trata-se de deitar abaixo o Governo. Quando se UTILIZA uma BOMBA ATÓMICA para negociar, estás-se a iniciar uma guerra e a negar a própria negociação.

Estas greves directa ou indirectamente relacionadas com os exames estão a causar um tremendo mau estar em toda a população - não apenas pela especificidade do processo em que os alunos participam, mas sobretudo pelo bloqueio dos mecanismos democráticos. O governo foi eleito mas não pode governar e os partidos querem deitar a baixo o governo mas não apresentam alternativas perceptíveis pela população. O PSD sente-se responsável por uma eventual demissão do governo e como tal evita dar lugar a outro. O PS sai de cena e a Esquerda mais radical quer fazer sangue. O mesmo de sempre - uma necessidade e anseio visceral por um ditador.


Pedro disse...

Caro Agitador,

quando quizer, posso satisfazer a sua " necessidade e anseio visceral por um ditador."

desde já, disponibilizo-me para ser Eu o tal "Ditador" que tantos anseiam.

...Boa ?

Agitador disse...

Caro Pedro

a minha necessidade é denunciar os que revelam dificuldade em conviver com a democracia

agora se o meu Caro tem essa aptidão talvez venha a ter sucesso. Espero que não!

Stoudemire disse...

Pinho Cardão, um ignorante imbecil!