- Segundo notícia hoje
divulgada, a agência de notação financeira Moody’s exprimiu, abertamente, a sua satisfação pela
aprovação do OE/2016, designadamente pela capacidade demonstrada pelo
Governo e partidos seus aliados para recuarem em relação à versão original
(o famoso PPO) aceitando as objecções levantadas pela Comissão Europeia.
- Com efeito, citando o
comunicado da agência, “ a aprovação (da proposta de OE) pelos 3 partidos
de esquerda demonstrou a capacidade e vontade do Governo de inverter o
rumo e definir um caminho orçamental mais realista do que o que foi
apresentado no primeiro esboço, no
início de Fevereiro”.
- Acrescentando esse
mesmo comunicado que a dita aprovação “também deixa de lado o risco de
eleições antecipadas, que seriam desencadeadas caso houvesse um voto
negativo dos partidos de esquerda”.
- Cumpre celebrar: finalmente, segundo este eloquente e insuspeito testemunho da Moody’s, temos a esquerda portuguesa, mesmo a mais radical, convertida às virtudes da disciplina financeira!
- Depois de tanta acrimónia em relação aos neoliberais, aos mercados e especuladores de casino, às agências de rating - que, cumpre recordar, chegaram a ser alvo de denúncia/queixa na PGR, por malfeitorias cometidas contra a República Portuguesa, no tempo dos juros altíssimos - eis que parece chegado um tempo de paz!
- Mas que beleza! A
disciplina financeira deixar de ser apanágio e privilégio dos abomináveis
seguidores dos princípios neo-liberais, e ser abraçada, de forma
muito convicta – ao ponto de impor custos indisfarçáveis á generalidade
dos cidadãos (com a óbvia excepção dos que têm vínculo à função pública) -
pelos partidos de esquerda!
- Será motivo para dizer,
como os ingleses, “the mind boggles”!
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Moody's aplaude a aprovação do OE/2016: "the mind boggles" !
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5 comentários:
Com tanta ansiedade e nervosismo, com tanta patetice, com o seu comportamento “conspirativo”, a que vimos assistindo, a Direita neoliberal até baralha os “mercados” e as agências de rating.
Não é a esquerda que se converteu à austeridade é a agência de rating que se desligou dos PuFs e dos PàFs.
O que pensará o grande Arthur Baptista da Silva deste tema? Deve estar mergulhado numa revolta profunda sentindo-se traído por estes anti-austeristas agora convertidos às doutrinas da dura ortodoxia financeira!
Ah, grande Arthur, que lamentável olvido a que fosteis votado! E agora traído desta forma ignóbil! Que infâmia!
É a tragédia!!! Depois dos tempos em que todos os políticos deviam ser como Artur Batista da Silva, chegamos aos tempos em que nenhum é como ele. A redação do Expresso deve estar pintada de negro a esta hora. O Prof José Reis e os demais membros do CES devem andar em pranto depois da rendição do país às cosmovisões eurocêntricas reféns da ditadura espistemologica da ciência ao serviço do capitalismo, colonialismo e patriarcado! Tanto esforço foi colocado na queixa contra as agência de rating ao serviço dos especuladores da economia de casino e hoje temos um país rendido aos economistas ortodoxos "mainstream".
Caro Pires da Cruz,
Eu nem quero imaginar o choro e o ranger de dentes que atingem por esta hora as entidades que mencionou!
Tantos sacrifícios, tanto peito dado às balas, tudo em nome da justa e patriótica luta contra a austeridade promovida nos últimos anos pelos lacaios do neo-liberalismo, contra as agressões dos especuladores ocultos nas veredas dos mercados, das agências de rating que nos quiseram asfixiar...e agora esta desgraça de PC's e Blocos acabarem suportando a continuação de tais políticas!
Artur Baptista da Silva, caso já se encontre recuperado deste rudíssimo golpe, merece, inquestionavelmente, ser galardoado com a grã-cruz da ordem do Infante, classe Crescimentismo (se ainda não existe, que seja criada pelo Conselho das Ordens Honoríficas).
Espero que o novo PR não demore a fazer tal justiça!
Colaboro na ideia do “abaixo-assinado de desagravo a Arthur Baptista da Silva” injustamente condenado pelo que me foi dado saber:
O Tribunal de Pequena Instância de Lisboa confirmou a condenação imposta pelo Banco de Portugal ao suposto ex-presidente do Central Banco de Investimento e suposto antigo governador do Banco de Portugal, Arthur Baptista da Silva, que fica inibido durante sete anos de exercer funções de gestão no sector financeiro e terá de pagar uma coima única de 180 mil euros.
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