Começaram a proliferar os comentadores, com sustentadas análises sobre o desaparecimento da pequena Madeleine, agora na suspeita de que foram os pais os assassinos.
Hoje, um articulista que vem escrevendo diariamente no DN, ex-inspector da Judiciária, certamente à falta de outras razões, atira dois argumentos profundamente grosseiros e boçais para sustentar a culpabilidade dos pais, com base nas incoerências e contradições do seu comportamento.
Essas incoerências e contradições que o articulista genialmente descobriu advêm do facto de os Mc Cann professarem a religião católica.
A primeira relaciona-se com o facto de os Mc Cann irem rezar à Igreja da Luz. Para o arguto analista um católico não precisa de ir à igreja. O argumento é de peso, e transcrevo: “se Deus estará em todo o lado, não seria necessária a chave da igreja, porque as conversas com Ele podem ser mantidas em qualquer lado.”!...
A segunda relaciona-se com o facto de, e também transcrevo, a “ultracatolicidade do casal esbarrar sobremaneira contra a prática da inseminação artificial que, segundo a igreja é moralmente inaceitável.” Por acaso, mero acaso, não é essa a posição da Igreja. Mas que fosse?
No fim, não sei que mais lamentar: se o facto de argumentação tão primária ter sido escrita, se o facto de ter sido publicada!...
Hoje, um articulista que vem escrevendo diariamente no DN, ex-inspector da Judiciária, certamente à falta de outras razões, atira dois argumentos profundamente grosseiros e boçais para sustentar a culpabilidade dos pais, com base nas incoerências e contradições do seu comportamento.
Essas incoerências e contradições que o articulista genialmente descobriu advêm do facto de os Mc Cann professarem a religião católica.
A primeira relaciona-se com o facto de os Mc Cann irem rezar à Igreja da Luz. Para o arguto analista um católico não precisa de ir à igreja. O argumento é de peso, e transcrevo: “se Deus estará em todo o lado, não seria necessária a chave da igreja, porque as conversas com Ele podem ser mantidas em qualquer lado.”!...
A segunda relaciona-se com o facto de, e também transcrevo, a “ultracatolicidade do casal esbarrar sobremaneira contra a prática da inseminação artificial que, segundo a igreja é moralmente inaceitável.” Por acaso, mero acaso, não é essa a posição da Igreja. Mas que fosse?
No fim, não sei que mais lamentar: se o facto de argumentação tão primária ter sido escrita, se o facto de ter sido publicada!...