A determinação de retirar a cruz das escolas nada tem a ver com o laicismo do Estado, mas com a cultura jacobina, ou melhor, com a falta de cultura dos nossos governantes.
Sendo um símbolo religioso, também é o símbolo e a explicação de uma cultura e de uma civilização.
A opinião do colunista João Miguel Tavares na coluna de Opinião do Diário de Notícias de 2 de Dezembro:
“…Por mim, podem limpar as escolas de todos os crucifixos, e, já agora, que se aproxima essa perigosa quadra para o laicismo do Estado chamada Natal, podem proibir também os presépios e até a apanha de musgo. A única coisa que me incomoda neste pequeno psicodrama é que o Ministério da Educação perca o seu tempo a expelir circulares muito legais, muito constitucionais e muito burras. O senhor que está pendurado nos crucifixos não é apenas um símbolo religioso - é também um símbolo civilizacional, que atravessa todo o Ocidente através da pintura, da literatura, da música, da arquitectura, do teatro, do cinema. Mais do que propaganda católica, o crucifixo faz parte da nossa identidade e é uma chave para compreender os últimos 21 séculos de História. Não tem a ver com fé. Não tem a ver com Deus. Tem a ver connosco”.
João Miguel Tavares jmtavares@dn.pt
Sendo um símbolo religioso, também é o símbolo e a explicação de uma cultura e de uma civilização.
A opinião do colunista João Miguel Tavares na coluna de Opinião do Diário de Notícias de 2 de Dezembro:
“…Por mim, podem limpar as escolas de todos os crucifixos, e, já agora, que se aproxima essa perigosa quadra para o laicismo do Estado chamada Natal, podem proibir também os presépios e até a apanha de musgo. A única coisa que me incomoda neste pequeno psicodrama é que o Ministério da Educação perca o seu tempo a expelir circulares muito legais, muito constitucionais e muito burras. O senhor que está pendurado nos crucifixos não é apenas um símbolo religioso - é também um símbolo civilizacional, que atravessa todo o Ocidente através da pintura, da literatura, da música, da arquitectura, do teatro, do cinema. Mais do que propaganda católica, o crucifixo faz parte da nossa identidade e é uma chave para compreender os últimos 21 séculos de História. Não tem a ver com fé. Não tem a ver com Deus. Tem a ver connosco”.
João Miguel Tavares jmtavares@dn.pt
5 comentários:
Ui, aqui estamos em total desacordo.
Primeiro, ninguém está a "limpar" as escolas de crucifixos. Está a retirar-se os símbolos religiosos dos locais em que se possa vincular o estado a uma religião, como do equipamento de uma sala de aula.
Segundo, ninguém está a "Limpar" nada. Não é proibida, que eu saiba, a utilização de símbolos religiosos por ninguém. Por isso a puxada do artigo ao Natal e aos presépios é muito pouco inteligente.
Terceiro, a passagem do símbolo religioso a "símbolo e explicação de uma cultura e civilização" não melhora, em nada, a coisa. Pelo contrário. Aliás, havia muito mais coisas a retirar desses 21 séculos, como associar esses símbolos à perseguição e ao extermínio, por exemplo.
Isto fica mesmo bem é com a fotografia do Sampaio e chega...
Raramente discordo do meu prezado Pinho Cardão. Mas neste caso também eu creio que se estão a misturar as coisas.
Não me parece que a decisão do ME signique que se estão a renegar séculos de cultura civilizacional. Muito menos que a decisão revela a tendência jacobina dos nossos governantes. Há manifestações mais evidentes de jacobinismo que não esta, confesso...
Como o Tonibler escreve, no que teve e tem de bom e no que deixou de herança repudiada pela civilização actual, o cristianismo e os seus simbolos fazem parte da nossa história e da nossa cultura. E´não é o desaparecimento dos crucifixos das paredes das escolas que apagam essa marca.
De facto, na escola pública, da responsabilidade do Estado, deve estar ausente a associação a uma qualquer religião. Dominante ou não.
A questão resume-se a isto.
É o sentimento de um católico, nada praticante embora.
Burrice Laica foi o que o Mário Soares foi hoje dizer à mesquita. Irra, que é burro!...
Estou totalmente de acordo que foi burrice laica a manobra do Soares "ecuménico". Como diz o Tonibler, irra, que a coisa está pior do que eu pensava!
Estou totalmente de acordo com o Pinho Cardão e mais não digo.
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