Na Austrália, numa pequena cidade portuária, curiosamente chamada Esperança(!), os habitantes começaram a observar um estranho fenómeno: os pássaros tombavam mortos dos céus, sem que houvesse um ataque maciço de chumbadas por parte dos caçadores! Como a hipótese de morte súbita por enfarte do miocárdio não foi colocada, os habitantes, alarmados, denunciaram a situação às autoridades, exigindo que as mesmas dessem explicações. As autoridades de saúde afiançaram que não tinham que se preocupar, mesmo depois de terem encontrado níveis elevados de chumbo e níquel nos tanques de água da chuva, a principal fonte naquelas paragens. Nalgumas amostras os níveis ultrapassavam em 130 vezes os limites. Milhares de pássaros morreram envenenados por chumbo.
Esperança é um porto através do qual são exportados níquel e carbonato de chumbo para a Ásia.
Agora interromperam as operações depois do chumbo ter poluído o ar, a água e o mar.
As populações estão indignadas, e muito preocupadas, pelo facto das autoridades terem demorado meses a esclarecer a situação, com a mais perfeita e despudorada arrogância de quem detêm o poder, apesar das evidências terem tido início em Dezembro!
Pensava eu que só no nosso terceiro-mundismo comunitário é que seria possível observar uma inoperância desta natureza, mas afinal também ocorre em países mais desenvolvidos do que o nosso.
Para esclarecer o problema criaram uma comissão (os mecanismos são os mesmos).
O ministro da saúde considera a situação preocupante, em termos de saúde pública, mas, logo a seguir, o responsável técnico do departamento de saúde australiano vem afirmar que os níveis de chumbo no sangue das pessoas não é assim tão elevado, em muitas pessoas. Logo, a causa não está perfeitamente esclarecida!
Entre nós não há registo, felizmente, de pássaros a caírem do céu. Mas as afirmações de que as incineradoras no meio da cidade são a “coisa” mais natural do mundo, ou que a emissão de poluentes provenientes da combustão de resíduos industriais perigosos é inferior aos combustíveis habituais dá que pensar.
Em síntese, os responsáveis não são muito dados a respeitar os direitos dos cidadãos. Austrália ou Portugal, qual a diferença?
Esperança é um porto através do qual são exportados níquel e carbonato de chumbo para a Ásia.
Agora interromperam as operações depois do chumbo ter poluído o ar, a água e o mar.
As populações estão indignadas, e muito preocupadas, pelo facto das autoridades terem demorado meses a esclarecer a situação, com a mais perfeita e despudorada arrogância de quem detêm o poder, apesar das evidências terem tido início em Dezembro!
Pensava eu que só no nosso terceiro-mundismo comunitário é que seria possível observar uma inoperância desta natureza, mas afinal também ocorre em países mais desenvolvidos do que o nosso.
Para esclarecer o problema criaram uma comissão (os mecanismos são os mesmos).
O ministro da saúde considera a situação preocupante, em termos de saúde pública, mas, logo a seguir, o responsável técnico do departamento de saúde australiano vem afirmar que os níveis de chumbo no sangue das pessoas não é assim tão elevado, em muitas pessoas. Logo, a causa não está perfeitamente esclarecida!
Entre nós não há registo, felizmente, de pássaros a caírem do céu. Mas as afirmações de que as incineradoras no meio da cidade são a “coisa” mais natural do mundo, ou que a emissão de poluentes provenientes da combustão de resíduos industriais perigosos é inferior aos combustíveis habituais dá que pensar.
Em síntese, os responsáveis não são muito dados a respeitar os direitos dos cidadãos. Austrália ou Portugal, qual a diferença?
4 comentários:
Caro Prof. Massano Cardoso
Algo vai mal, mas muito mal, nas sociedades ditas desenvolvidas. As receitas, as manobras, os discursos são sempre os mesmos. Há um efeito de contaminação! Será que há algum antídoto para esta doença?
Enfim, vivemos num mundo realmente perigoso...
Uma pergunta directa de resposta fácil, sr. prof.
Se na nossa vida, no nosso quotidiano, no nosso dia a dia tivessemos nos cruzarmos com pessoas NORMAIS, que se relacionam com os outros NORMALMENTE, que falam NORMALMENTE, sem disfarces, sem subterfúgios, sem se esconderem (sabe-se lá porque razões), diga-me com toda a sua sabedoria, que eu não possuo, HAVERIA LUGAR A TANTOS COMPORTAMENTOS CONDICIONADOS?
Conhece aquela obra do "Orgulho e Preconceito" da Jane Austen, saíu-me na rifa um Mr. Darcy!
SE sonhasse só quem era para mim um CS tenho a certeza me compreendia, não despertaria desejo nem numa pedra, nem lhe digo nem lhe conto! Eu não lhe disse que considerava a hipótese de tudo ser um grande gozo, uma espécie de castigo pela minha ousadia, foi assim com esse espírito que assiti ao desfilar de personalidades na 1º fila, depois aparece um pintor transversal, de que é que estava à espera, muito sinceramente? Sabe o que pensei, e se este pintor me sai um preto (não sou racista) mas... havia ou não vários precedentes para que penssasse assim, diga-me?
E depois vem falar-me em publicidade enganosa, francamente, para além de que já voltei à fase em que não percebo nada outra vez, transcende-me! Acho que se está a brincar com o fogo!
Agora que falou em publicidade enganosa, como encarar a publicidade que aí vem? Entre a verdade e a mentira há apenas uma diferença, é o sentimento que lhe querermos dar.
Mas este disco está mesmo riscado, e voltámos novamente ao início da história, andamos sempre à volta do mesmo, como criancinhas birrentas!
Um SIM ou um NAO, nunca será dado enquanto um maldito telefonema estiver pendente, eu bem que não queria ir!
Estou me nas "tintas" para o telefonema, só não quero que sirva como factor de pressão, só fui para vos ver, e não vi nada! Pois se me disserem que SIM eu digo que NAO, e se me disserem que NAO eu concordo, têm toda a razão.
Prometo depois dar a resposta, ou SIM ou SOPAS!
Com a proliferação de siglas que graçam na comunicação social, convém descodificar:
- SIM, Sistema de Incentivos Moralizantes!
- SOPAS, sistema operacinal de práticas anti stress!
- NAO, nomenclatura das actividades operacionais!
A única explicação mais plausível é a de que ADNs estão a ser usados e testados em armas biológicas.
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