Em Junho escrevi aqui no 4R sobre os jardins históricos de Lisboa. A sua riqueza cultural, ambiental e beleza indiscutíveis merecia melhor destino que a degradação inqualificável a que muitos têm sido votados.
Para além dos jardins antigos, a história de Lisboa deixou-lhe também o legado dos miradouros. Escrevo hoje sobre os miradouros de Lisboa, sensível que fiquei a mais uma notícia que nos dá conta do estado de abandono e de destruição em que se encontra um dos mais bonitos, o Miradouro de Santa Luzia. Está localizado na encosta do Castelo, no berço da cidade, e é considerado uma das melhores janelas sobre o rio.
Segundo a notícia, o Miradouro de Santa Luzia, situado no típico bairro de Alfama, está num estado de crescente degradação, em que o outrora espaço repousante e de encanto pela paisagem avistada deu lugar a um local de entulho e de estaleiro de obra. Segundo a mesma notícia, as obras foram interrompidas por falta de financiamento da Câmara Municipal de Lisboa. Esta situação arrasta-se, espante-se, desde 2005. Já em Junho do ano passado uma outra notícia chamava a atenção para um espaço sujo e mal cuidado, o abandono e a falta de manutenção do seu pequeno jardim e uma grua aí instalada desde o final de 2005 para apoiar as obras de construção de um edifício.
Com efeito, os numerosos miradouros de Lisboa que bordejam as suas colinas oferecem aos visitantes magnificas panorâmicas, a beleza do rio contrastando com o sobe e desce do casario pintalgado dos verdes dos jardins e parques, o colorido da luz e o matizado de estilos e épocas que marcam os vales e, no horizonte perdido, com alguma sorte, o recorte das serras.
Os miradouros estão localizados nos bairros velhos e pitorescos da cidade, em zonas especialmente turísticas. São peças arquitectónicas valiosas que oferecem a Lisboa, aos que nela vivem e aos turistas, pontos de encontro com a beleza e o encanto, são locais privilegiados para desfrutar as diversas facetas da cidade e constituem espaços de convívio com a história e a geografia que apelam à alegria ou à nostalgia de acordo com a vontade do “freguês”.
Mais uma vez constatamos a facilidade com que deitamos “borda fora” oportunidades de nos valorizarmos, de melhorarmos a nossa qualidade de vida e de atrairmos e potenciarmos a actividade turística. E, uma vez mais, somos mal agradecidos. Um desperdício que não faz qualquer sentido! Faz pena…
Para além dos jardins antigos, a história de Lisboa deixou-lhe também o legado dos miradouros. Escrevo hoje sobre os miradouros de Lisboa, sensível que fiquei a mais uma notícia que nos dá conta do estado de abandono e de destruição em que se encontra um dos mais bonitos, o Miradouro de Santa Luzia. Está localizado na encosta do Castelo, no berço da cidade, e é considerado uma das melhores janelas sobre o rio.
Segundo a notícia, o Miradouro de Santa Luzia, situado no típico bairro de Alfama, está num estado de crescente degradação, em que o outrora espaço repousante e de encanto pela paisagem avistada deu lugar a um local de entulho e de estaleiro de obra. Segundo a mesma notícia, as obras foram interrompidas por falta de financiamento da Câmara Municipal de Lisboa. Esta situação arrasta-se, espante-se, desde 2005. Já em Junho do ano passado uma outra notícia chamava a atenção para um espaço sujo e mal cuidado, o abandono e a falta de manutenção do seu pequeno jardim e uma grua aí instalada desde o final de 2005 para apoiar as obras de construção de um edifício.
Com efeito, os numerosos miradouros de Lisboa que bordejam as suas colinas oferecem aos visitantes magnificas panorâmicas, a beleza do rio contrastando com o sobe e desce do casario pintalgado dos verdes dos jardins e parques, o colorido da luz e o matizado de estilos e épocas que marcam os vales e, no horizonte perdido, com alguma sorte, o recorte das serras.
Os miradouros estão localizados nos bairros velhos e pitorescos da cidade, em zonas especialmente turísticas. São peças arquitectónicas valiosas que oferecem a Lisboa, aos que nela vivem e aos turistas, pontos de encontro com a beleza e o encanto, são locais privilegiados para desfrutar as diversas facetas da cidade e constituem espaços de convívio com a história e a geografia que apelam à alegria ou à nostalgia de acordo com a vontade do “freguês”.
Mais uma vez constatamos a facilidade com que deitamos “borda fora” oportunidades de nos valorizarmos, de melhorarmos a nossa qualidade de vida e de atrairmos e potenciarmos a actividade turística. E, uma vez mais, somos mal agradecidos. Um desperdício que não faz qualquer sentido! Faz pena…
8 comentários:
Nº 1 sou eu, está aqui a sanhinha.
Posso sentar-me?
Côlecença.
Ora então, eu venho cá para deixar uma sugestão. Se não se importam vou utilizar uma figura de estilo, por forma a melhor ilustrar a minha pretensão, o cozinheiro. Assim sendo, na "qualidade" de cozinheiro e servindo-me de ingredientes dados a conhecer em posts recentes, apresento a seguinte receita:
Face aos acontecimentos ocorridos no campo de milho transgénico de Silves, perpetrados por um grupo de rapazes desocupados, mas vigorosamente activos, face ainda á unânimidade de opiniões que repudiam o acto e lhe conferem até estatuto de criminoso. Considerando que os tribunais se encontram super-lotados de processos para julgar, parece-me razoável apresentar aqui a seguinte "receita": Trazer aquela vigorosa rapaziada a Lisboa e coloca-los a limpar e reparar os miradouros e outros locais públicos de fruição. Antes porém, obriga-los a semear de novo o campo de milho que destruíram. E para que justiça seja feita em pleno e numa base democrática, enviar o Sr. Ministro a Silves, para escutar com atenção os protestos que levaram os rapazes a manifestarem-se.
Estou convicto que esta "receita", a ser aplicada, demonstraria a governantes, manifestantes e populares, que ha senso e justiça, neste país pequenino, de gente pequenina, imbuída de pequenas vontades, mas de onde se destacam génios. Vá-se lá entender isto...
Drª. Margarida Aguiar,
Tudo o que diz é daquelas verdades que estão à nossa frente, e muitos de nós ignoramos, talvez por sermos insensíveis à beleza da cidade. É sempre bom alguém exercer a pedagogia de alertar para as coisas belas e que urge conservar.
Talvez o Drº António Costa, com a sua perspicácia matreira, e o seu sentido político muito oportuno, consiga implementar uma nova gestão que dignifique e torne a cidade mais atractiva, levando os residentes e os visitantes a verem-na com outros olhos.
A propósito ou a despropósito, conforme a vontade do “freguês”, atente-se na anulação dos concursos de admissão de pessoal que vinham da anterior gestão, e que agora anulou, passando com este acto a imagem de corrigir devaneios, como se o PS não seja, também responsável, pelo excesso de funcionários que a Câmara e a Administração Central têm!
Mas, o curioso desta situação é que, enquanto o Drº António Costa anula concursos de admissão de pessoal, um outro Organismo da Administração Central, faz precisamente o contrário, promovendo concursos para admissão, numa altura em que decorre uma reforma, e já há funcionários dispensados!
Não há dúvida nenhuma que este político, António Costa, há-de ser sempre um grande sobrevivente do/ao (?) PS!
- Solicitamos a presença do Senhor da senha Nº1 no guichet das IDEIAS GENIAIS.
- Pois sim, sou eu o Nº1.
- Faz favor de se sentar. O "Ministério das Ideias" reuniu em sessão extraordinária para apreciar a sua receita e deliberou o seguinte "Despacho":
O Senhor Nº1 apresenta-se como um verdadeiro cozinheiro de alta cozinha portuguesa. A sua receita contém uma variedade e combinação muito requintada de ingredientes que, embora raros, podem ser obtidos na região de Silves.
Entende este Ministério que uma tal receita poderia provocar uma dramática indigestão ao olhar dos habitantes e visitantes de Lisboa, antecedida de estragos porventura irrecuperáveis nos miradouros onde esses ingredientes viessem a ser cozinhados.
Por ser uma receita "genial" a mesma não tem cabimento orçamental. Arquive-se em lugar seguro, bem longe da comunicação social, e informe-se o proponente do seu indeferimento.
- Mas não é justo!?
- Pois é, mas a genialidade é uma competência das autoridades!
ahahahah!!!!
é isso cara Margarida, ou melhor, também é isso!!!!
Os velhos do Restelo permanecem vivos, são geneticamente transmissíveis.
:))))))
Caro invisivel
É verdade, são verdades que estão à nossa frente e que não queremos ver.
Mas porquê? Porque é que não conservamos e valorizamos as coisas boas e bonitas que temos? Esperemos que a nova presidência autárquica tome conta de Lisboa. Seria no entanto preciso uma ideia concreta do que se pretende seja Lisboa, qual é a vocação que lhe queremos dar. Para falar francamente não sei qual é o projecto desta presidência (nem das outras)para Lisboa. Mas fico na expectativa que algo de bom aconteça.
E quanto à vontade do "freguês" diria que assenta que nem uma luva aos nossos políticos aquele ditado popular "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".
Cara Margarida
Toda a gente sabe que o turista comum aprecia imenso gozar de bons pontos de vista, relativamente a qualquer cidade que visite. É uma forma de ficar com uma excelente ideia sobre a sua implantação e sobre a sua beleza natural.Trata -se de uma verdade de " la palisse". Lisboa presta-se imenso à criação de spots únicos nesta perspectiva, haja em vista a sua localização . Tudo a bem das "massinhas que nos deixam, e de que nós bem precisamos. Talvez o sr.costa perceba isto de braço dado com o madeirense que se ocupa do turismo neste pobre país e rectifiquem com boa pontaria a política em causa.É que os miradouros são lugares ímpares no contexto em questão. Basta de tanta asneira e displicência em matéria de recepção aqueles que nos visitam e " trazem, sejam euros, sejam dólares".
Belo miradouro, este aqui, e bem divertido! Então o senhor da senha nº 1 queria trazer para o burgo receitas da "belle cuisine", e julgava que iam pegar-lhe na palavra? Nã, o júri não podia ter ponderado de modo diferente, não queremos ficar como as belas vilas e cidades francesas, os recantos cuidados, os sítios a visitar bem assinalados, turistas aos montes a tirar fotografias. Não, isso são ideias copiadas, caro bartolomeu, para nós é o "típico" pelo desleixo, pelas paredes a cair aos bocados e pelo lixo ao canto dos miradouros. Não é culpa só dos presidentes da Câmara, nem da falta de orçamento. É falta de brio, de amor ao que é nosso, é a absoluta desvalorização do património por cada um dos portugueses. caso contrário, haveria indignação pública e não há. Há resignação. Haveria cuidado em não sujar e não há,fica onde cai e acabou-se. E se há locais bonitos, em Lisboa e pelo país fora!, mas é sempre o mesmo, ou abandonados, ou sujos,o contrário é que é a excepção, a merecer justo louvor.
Caro antoniodasiscas
Nem o que de bom temos sabemos aproveitar. Lisboa tem realmente um grande potencial turístico, mas é sempre com um certo saudosismo do futuro que constatamos que os anos passaram e que continuamos a lamentarmo-nos das mesmas coisas. Enfim, é assim em quase tudo...
Suzana
As pessoas de um modo geral estão-se nas tintas para o património. O que é preciso é construir mais urbanizações, fazer centros comerciais, vender kits de viagens para as "costas da caparica" de um qualquer outro continente, ter acesso ao crédito ao consumo, ver muitas telenovelas e por aí fora...
Nada de pensar em requalificar, valorizar, embelezar e humanizar o património histórico e cultural. Não, isso é uma chatice, é uma parolice!
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