A Duna de Pilat, na magnífica Baía de Arcachon, fica em pleno Parque Natural Des Landes e é a maior duna de areia da Europa. Valia bem o desvio de Bordéus.
A estrada segue sempre entre denso arvoredo, aqui e ali pequenas zonas de descanso, minúsculas aldeias de Verão, um ambiente de retiro e de fruição da natureza.
A certa altura, há que deixar o carro na zona indicada e seguir a pé. Não fosse haver um carreirinho de gente, famílias inteiras a percorrer as veredas do bosque, e julgaríamos estar enganados, nem mar à vista, nem vestígios de areia, quanto mais uma duna…!
Subitamente, ergue-se abrupta à nossa frente uma imensa muralha de areia, uma única montanha de 100 m de altura, nascendo sem aviso da raiz das árvores densas que tapam o sol. É preciso subir – ou melhor, trepar – a escadaria de 150 degraus que nos levam ao topo, deixando que os pés escorreguem e se enterrem com delícia na areia, branca e fina como seda, que cobre tudo. É claro que há quem se atreva a subir fora dos degraus, mas é empreitada para os sub-20, para os outros já mete suficiente respeito ver a corda que serve de corrimão a perder-se nas alturas!
Lá em cima perde-se o pouco fôlego que resta perante o espectáculo deslumbrante.
A duna estende-se em lâmina afiada quase por 3 km de comprimento, com o seu dorso recortado de dragão preguiçando ao sol, dormindo impávido sobre a floresta e deixando que o mar imenso o refresque mansamente ao fundo do outro lado da encosta.
A baía, com recortes profundos, abriga inúmeras aldeias e mal deixa entrever Arcachon e a suas elegantes mansões, o farol do Cabo Ferret parece um brinquedo de criança a desafiar o gigante, lá estão as construções de estaca para a cultura de ostras e os barquitos, mosquitos coloridos a pontuar o azul brilhante do mar.
No topo da Duna há um silêncio de admiração, as pessoas espalham-se pela areia num espanto mudo, uma multidão de adoradores prestando vassalagem ao gigante de areia, que guarda cioso aquela vista deslumbrante e exige o tributo da subida para o desvendar.
É preciso vir embora e não apetece, ficaria ali até encher os olhos daquela maravilha, daquela quietude, daquela imensidão. Vinguei-me, cedendo ao impulso de descer a encosta livremente, a correr por ali abaixo numa vertigem, deixando pegadas profundas mas fugazes no lombo suave e deslizante do guardião da Baía. Para baixo, todos os santos ajudam!
Também passei a ser uma Adoradora da Duna de Pilat…
A estrada segue sempre entre denso arvoredo, aqui e ali pequenas zonas de descanso, minúsculas aldeias de Verão, um ambiente de retiro e de fruição da natureza.
A certa altura, há que deixar o carro na zona indicada e seguir a pé. Não fosse haver um carreirinho de gente, famílias inteiras a percorrer as veredas do bosque, e julgaríamos estar enganados, nem mar à vista, nem vestígios de areia, quanto mais uma duna…!
Subitamente, ergue-se abrupta à nossa frente uma imensa muralha de areia, uma única montanha de 100 m de altura, nascendo sem aviso da raiz das árvores densas que tapam o sol. É preciso subir – ou melhor, trepar – a escadaria de 150 degraus que nos levam ao topo, deixando que os pés escorreguem e se enterrem com delícia na areia, branca e fina como seda, que cobre tudo. É claro que há quem se atreva a subir fora dos degraus, mas é empreitada para os sub-20, para os outros já mete suficiente respeito ver a corda que serve de corrimão a perder-se nas alturas!
Lá em cima perde-se o pouco fôlego que resta perante o espectáculo deslumbrante.
A duna estende-se em lâmina afiada quase por 3 km de comprimento, com o seu dorso recortado de dragão preguiçando ao sol, dormindo impávido sobre a floresta e deixando que o mar imenso o refresque mansamente ao fundo do outro lado da encosta.
A baía, com recortes profundos, abriga inúmeras aldeias e mal deixa entrever Arcachon e a suas elegantes mansões, o farol do Cabo Ferret parece um brinquedo de criança a desafiar o gigante, lá estão as construções de estaca para a cultura de ostras e os barquitos, mosquitos coloridos a pontuar o azul brilhante do mar.
No topo da Duna há um silêncio de admiração, as pessoas espalham-se pela areia num espanto mudo, uma multidão de adoradores prestando vassalagem ao gigante de areia, que guarda cioso aquela vista deslumbrante e exige o tributo da subida para o desvendar.
É preciso vir embora e não apetece, ficaria ali até encher os olhos daquela maravilha, daquela quietude, daquela imensidão. Vinguei-me, cedendo ao impulso de descer a encosta livremente, a correr por ali abaixo numa vertigem, deixando pegadas profundas mas fugazes no lombo suave e deslizante do guardião da Baía. Para baixo, todos os santos ajudam!
Também passei a ser uma Adoradora da Duna de Pilat…
14 comentários:
Nós por cá neste dia a dia rotineiro, nesta melancolia de Agosto e a Suzana fazendo passeios, bem merecidos é claro, por belíssimas paisagens, descobrindo novas e bonitas paragens, desfrutando a natureza, vivendo emoções de encanto e de espanto, refrescando o espírito e descansando o corpo, colhendo flores para decorar a sua memória... São as férias que pedem tudo isto e que a vontade e o gosto de desfrutar a vida aproveitam cada dia do descanso bem merecido.
Espectacular a Duna de Pilat. Não conheço, mas com a descrição da Suzana senti, por momentos, a vista, as cores, a duna e o mar... E mais um bocadinho, tinha os pés enterrados na areia...
Caríssima Suzana,
Suspeito que a finalidade deste texto, era extasiar e roubar o fôlego a quem o lesse.
Pela parte que me diz respeito... missão cumprida. :))
"Subitamente, ergue-se abrupta à nossa frente uma imensa muralha de areia, uma única montanha de 100 m de altura, nascendo sem aviso da raiz das árvores densas que tapam o sol." O extase nasceu imediatamente na 1ª linha e prolongou-se até ao final, o fôlego perdeu-se nesta frase.
Agradeço-lhe esta viagem de exuberantes coloridos e proponho-lhe um desafio: vamos fazer uma corrida, duna a baixo?
O último a chegar paga uma bebida fresquinha na 1ª esplanada...
PS: Na ponta Sul da praia de S. Martinho do Porto, perto da Foz do Arelho, existe também uma duna, que apesar de ser bem mais pequena, não deixa de tirar o fôlego a qualquer um, mesmo aos sub-20, que não param de a subir e descer, uns a correr, outros a escorregar. É a brincadeira completa.
Isso tem muito bom aspecto.
A beleza é contagiante...
Desconfio que a Duna já seduziu mais adoradores, mesmo por correspondência!Margarida,durante o ano quase não olhamos as coisas bonitas que há à nossa volta, as férias têm que nos devolver esse gosto da contemplação!Gostei que "só mais um bocadinho e tinha os pés enterrados na areia" :))
Caro Bartolomeu, olhe que depois desta duna eu venço qualquer corrida em areal, a cervejinha no fim vem mesmo a calhar!
Susana, gosto muito de a saber a descansar!
A sua descrição da duna de Pilat está tão bem feita e tão...hiper realista, que tb. me suscitou a mesma sensação da Margarida...mais um pouco...e enterrava-me na areia!
Não conheço, mas fica "na agenda"!
Eu comecei hoje uns dias de descanso, estou na Beloura, mas a ventania é tal...que, se houvesse uma duna, não resistia. Olhe que hoje não consegui ir ao quintal; vai tudo pelos ares!
Espero que o vendaval se acalme, senão, meto-me no carro e vou ver a "sua" duna...
Continuação de boas férias.
Maria Clara, espero que o vento acalme e tenha uns belos dias de férias, mas olhe que também não era mal visto um passeio em terras de França, se quiser traço-lhe o itinerário, depende das forças para vencer kms...
Por cá também temos as nossas dunas. Lindas, um pouco por toda a costa e também muito mal tratadas.
Para quem quiser encantar-se cá dentro, não deixe de visitar a reserva natural das Dunas de S. Jacinto, parte do ecossistema da ria de Aveiro. Espere pelo pôr-do-sol e depois diga-me se, mesmo não tendo as maiores, não teremos das mais bonitas paisagens dunares...
E já agora, para quem quiser fazer uma visita virtual, essa bem baratinha, aqui fica o veículo http://camarinha.aveiro-digital.net/principal.asp
Conheço as dunas de S. Jacinto,é uma paisagem lindissima, vale bem o passeio. Também gosto imenso de ir para fora cá dentro...
Caro JMFA,
A reserva ganhou um visitante à sua conta.
Vai ver que gosta, meu caro Tonibler. Não perca o pôr-do-sol.
Passear na blogoesfera é como sair da país, fica-se sempre satisfeito quando se encontra uma cara conhecida.
Bem vindo, a 4ª república já chegou a Loures?? Grande concelho!
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