A campanha há muito começou e intensifica-se

Outros tempos. Os mesmos propósitos. Portugal.

Todas os fins de semana o Primeiro-Ministro e um vasto séquito de ministros e secretários de Estado, anunciam e re-anunciam, inauguram e re-inauguram estradas, auto-estradas, PIN´s, distribuem diplomas, telemóveis e computadores, assinam protocolos e voltam a assinar contratos e acordos com o mesmo objecto, tudo sempre muito bem embrulhado em impecável organização e melhor mobilização mediática. Não falta, sequer, a moldura de zelosos funcionários, obedientes autarcas e deputados, e fieis militantes à espera da sua oportunidade.
Ontem, pela enésima vez, o governo lançou o plano de valorização e defesa da Ria Formosa no ALLgarve, depois de ter destruído o Programa Finisterra onde todas as acções que o governo diz de novo que vai empreender estavam previstas. Há 5 anos atrás. Leia-se o Plano de Ordenamento da Orla Costeira entre Vilamoura e Vila Real de Santo António. Está lá tudo escrito. Menos os repetidos anúncios do "faço-que-faço-que-vou-fazer".
Hoje, o Primeiro-Ministro com grande pompa e circunstância, anuncia mais uma vez o lançamento do novo hospital de Faro.

Noticia-se que só este anúncio (feito pela primeira vez em 2005, em plena campanha eleitoral "oficial") custou-nos a todos 50.000 euros.

Pelo que vi, 50.000 euros pagaram o discurso de justificação do incumprimento da promessa e a exibição da já habitual maqueta digital da obra futura.

Tudo ao som de muitos aplausos, iluminado pelos sorrisos de quem sabe que estes "números" dão para facturar politicamente, mas também de quem os aceita mansamente.

"Com papas e bolos..."

Até quando?