No carro, fui ouvindo o discurso de Jerónimo de Sousa sobre a Lei do Trabalho e a subsequente resposta de Sócrates.
Pensei que Sócrates e o Governo socialista concordassem com Jerónimo, linha por linha, palavra por palavra.
Pensei que Sócrates e o Governo socialista concordassem com Jerónimo, linha por linha, palavra por palavra.
Pela simples, directa e óbvia razão de que esse discurso foi igual, ponto por ponto, aos que o Partido Socialista e Sócrates continuamente debitaram, também na Assembleia da República, aquando da discussão do Código do Trabalho apresentado pelo Governo PSD/CDS.
Afinal, e agora, Sócrates discordou, em tudo, com Jerónimo.
E concordou, agora, com tudo aquilo de que antes discordara!...
Mudei de posto, para não me enjoar!...
Afinal, e agora, Sócrates discordou, em tudo, com Jerónimo.
E concordou, agora, com tudo aquilo de que antes discordara!...
Mudei de posto, para não me enjoar!...
7 comentários:
Caro Pinho Cardão,
Posso concluir então que concordas com o discurso de Sócrates, o que te enjoa é o facto de ele adoptar agora o que antes rejeitou. É isso?
Mas se a política é boa (porque concordas com ela) venha ela. Ou não?
Há nisto tudo pelo menos uma coisa que não entendo: Se o PSD/CDS tinham esta proposta porque não conseguiram vingá-la? Afinal a situação é a mesma: Ela vai ser aprovada apenas com os votos do PS.
Não é verdade?
E também não é verdade que o PSD/CDS não aprovam agora o que antes tinham proposto?
Caro Pinho Cardão, acho que percebe neste momento porque é que eu digo que não precisamos de políticos para absolutamente nada mas tão só e apenas de pessoas que saibam fazer coisas e governar o país.
Esses discursos na AR e, convenhamos, na generalidade dos sítios, são mero verbo de encher, perdas de tempo, irrelevâncias totais entre outros adjectivos que, por decoro e respeito ao tempo de antena que os bloggers simpaticamente concedem aos comentadores vou abster-me de escrever.
Caro Rui:
O Código do PSD/CDS era mais moderado do que aquele que resulta das alterações feitas por este Governo. Mas os mesmos elementos que agora apoiam e julgam indispensáveis estas alterações consideraram um atentado aos sagrados direitos dos trabalhadores o Código então proposto.
É esta hipocrisia que eu rejeito, venha ela de onde vier. Assim, desacredita-se todo o sistema político e desacreditam-se os políticos. Não se sabe que ideias têm, só se sabe que se movem por motivos oportunísticos.Por mim, claro que concordo com as boas propostas, venham elas de onde vierem; mas rejeito este modo sórdido de fazer política, seja quem seja que o pratique.
Caro Zuricher:
Eu julgo que a política e os políticos são necessários.
Acontece é que cada vez mais os políticos são uns politiqueiros rasteiros e cada vez têm menos sentido de Estado.
Caro Pinho Cardão
Compreende-se bem o seu enfado.
Concordar com o Sócrates é beneficiar o infractor.
Deve beneficiar-se o infractor, porque é bom para o país? Talvez sim, mas custa muito. É engolir um sapo do tamanho do mário soares.
O PSD faz o mesmo? Se faz, não devia fazer (primeira diferença, porque TODOS os socialistas acham que o PS deve fazer). Se faz, faz muito menos (segunda diferença, porque este modo de vida é o do PS).
Como dizia o outro, o que hoje é verdade, amanhã é mentira...
http://papel-pedra-tesoura.blogspot.com/
Caro Pinho Cardão, isso de ter memória está a ficar fora de moda...
Ah, o código de trabalho!
A coisa mais gira que alguma vez inventaram.
Eu sou uma daquelas pessoas que acha que devia haver uma versão simplificada do código.
O principio devia ser o do pagamento à hora. Quem trabalha mais, ganha mais. Não há cá limites de horário e a pessoa vai trabalhar quando lhe der mais jeito. Desde que o serviço esteja feito, não importa o resto.
A entidade empregadora devia poder despedir a malta sempre que lhe desse na cabeça (já que isto é um assunto que os incomoda bastante) e a segurança social devia pagar os subsídios de desemprego sempre que isto acontecia (não há cá o esperar 6 meses até ter direito ao mesmo).
Tudo o resto devia ser dirimido em tribunal na presença de um júri. Assim é que era jeitoso (e rentável, porque toda a gente sabe que as pessoas são sensíveis aos coitadinhos, e com um bom advogado ganhava-se muito bom dinheiro). O código do trabalho tal como está não permite, aos trabalhadores, o acesso a indemnizações a sério, só permite o acesso a trocos com a agravante de ainda ter de ser reintegrado no posto de trabalho (o que é absolutamente estupido porque o trabalhador que é reintegrado à força vai sofrer as passinhas do Algarve e não vai produzir um boi, o que é mau para todos). Se lhe pagarem uma boa indemnização - tipo, vá lá, 1 milhão de euros (mais coisa menos coisa, depende do trabalho) - certamente que não haverá mais problemas com o ex-trabalhador e vendo bem as coisas, é um pequeno preço a pagar pela manutenção da paz.
Eu sei que esta é uma teoria brincalhona :) Mas devem admitir que não há nada pior do que ter trabalhadores descontentes nas organizações. Qualquer organização que ambicione o sucesso, não se pode dar ao luxo de ter dissenções nas suas fileiras. Tendo-as e não conseguindo resolvê-las, então é preferível pagar para não ter. Isto nunca será um custo. Será sempre um investimento e porquê? Porque qualquer trabalhador descontente pode sempre provocar danos graves.
Infelizmente, os gestorzecos de trazer por casa, que abundam neste país ainda não perceberam isso. Estão, talvez, demasiado obcecados com o dinheiro. Se podemos ter o mundo, nunca devemos contentar-nos com menos e quem vive só para o dinheiro nunca vai ter o mundo.
Ciao ppl!
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