Dados de um inquérito recente da Marktest, relativos ao primeiro semestre de 2008, referem que os idosos – classificados no estudo como tendo mais de 64 anos - são os maiores consumidores de televisão em Portugal, com um tempo diário em frente à televisão de 5 horas e 30 minutos, superior em 52% à média nacional.
As reacções a estes resultados variam entre aqueles que consideram a situação escandalosa e aqueles que não a consideram necessariamente preocupante. Uns e outros poderão ter razão.
Despender diariamente 5 horas e 30 minutos de olhos postos na televisão é, com efeito, muito tempo se pensarmos que pouco tempo ou nenhum sobra para outras actividades ao contabilizarmos o tempo reservado para dormir e para refeições.
As reacções a estes resultados variam entre aqueles que consideram a situação escandalosa e aqueles que não a consideram necessariamente preocupante. Uns e outros poderão ter razão.
Despender diariamente 5 horas e 30 minutos de olhos postos na televisão é, com efeito, muito tempo se pensarmos que pouco tempo ou nenhum sobra para outras actividades ao contabilizarmos o tempo reservado para dormir e para refeições.
Se esse tempo em frente à televisão corresponder a um comportamento de aprendizagem, de obtenção de conhecimento ou de entretimento e se não servir para pura e simplesmente preencher tempo ou um vazio, então é positivo, muito embora me pareça difícil sustentar esta ideia se estivermos perante uma prática diária reiterada de 5 horas e 30 minutos.
Se, pelo contrário, os idosos são colocados à frente da televisão para fazer passar o tempo, porque outras alternativas não se colocam no preenchimento da sua vida, ou se a solidão os arrasta a estarem acompanhados de imagens e de sons que ininterruptamente o pequeno ecrã emite, então é preocupante a situação.
Se, pelo contrário, os idosos são colocados à frente da televisão para fazer passar o tempo, porque outras alternativas não se colocam no preenchimento da sua vida, ou se a solidão os arrasta a estarem acompanhados de imagens e de sons que ininterruptamente o pequeno ecrã emite, então é preocupante a situação.
Muitos dos nossos idosos são pessoas de uma geração com um nível educacional baixo, auferindo pensões baixas, provenientes de meios rurais e pertencentes a famílias que “emigraram” e até vítimas de uma mudança operada na sociedade portuguesa que deles não se lembrou.
São os mesmos idosos que ao logo da sua vida “activa” não se prepararam para o envelhecimento, introduzindo nas suas vidas interesses e ocupações capazes de os manter activos na velhice. São os mesmos idosos que vivem hoje em lares da terceira idade ou muitas vezes sozinhos em que a televisão surge como uma espécie de “bóia de salvação”.
Mas os idosos das gerações mais recentes - muitos são pessoas relativamente novas, se tivermos como referência os 64 anos de idade, na posse de plenas capacidades físicas e mentais – têm uma mentalidade diferente, tem outras forças que os impelem a fazer coisas úteis, não apenas para ocupar tempo, mas porque se querem manter activos, realizando actividades muito diversificadas que os enriquecem, cultivando o convívio com os outros, na certeza de que esta é uma forma de viverem saudavelmente a velhice.
Estes idosos têm desafios e terão menor necessidade ou dependência da televisão. Com esta mudança de mentalidade também a sociedade se irá preparando e estará mais disponível para oferecer aos idosos oportunidades, iniciativas, programas e desafios que antigamente não teriam público. As universidades para a terceira idade, o voluntariado, o turismo sénior, o desporto e actividade física são factores, entre outros, que fazem concorrência ao pequeno ecrã, muito embora ver televisão deva também constar de um kit mais completo de actividades a que os idosos crescentemente terão acesso, sem nunca esquecer o papel fundamental e insubstituível das relações familiares.
São os mesmos idosos que ao logo da sua vida “activa” não se prepararam para o envelhecimento, introduzindo nas suas vidas interesses e ocupações capazes de os manter activos na velhice. São os mesmos idosos que vivem hoje em lares da terceira idade ou muitas vezes sozinhos em que a televisão surge como uma espécie de “bóia de salvação”.
Mas os idosos das gerações mais recentes - muitos são pessoas relativamente novas, se tivermos como referência os 64 anos de idade, na posse de plenas capacidades físicas e mentais – têm uma mentalidade diferente, tem outras forças que os impelem a fazer coisas úteis, não apenas para ocupar tempo, mas porque se querem manter activos, realizando actividades muito diversificadas que os enriquecem, cultivando o convívio com os outros, na certeza de que esta é uma forma de viverem saudavelmente a velhice.
Estes idosos têm desafios e terão menor necessidade ou dependência da televisão. Com esta mudança de mentalidade também a sociedade se irá preparando e estará mais disponível para oferecer aos idosos oportunidades, iniciativas, programas e desafios que antigamente não teriam público. As universidades para a terceira idade, o voluntariado, o turismo sénior, o desporto e actividade física são factores, entre outros, que fazem concorrência ao pequeno ecrã, muito embora ver televisão deva também constar de um kit mais completo de actividades a que os idosos crescentemente terão acesso, sem nunca esquecer o papel fundamental e insubstituível das relações familiares.
Nada tenho contra a televisão, mas ver televisão deve constituir uma de entre muitas outras coisas interessantes que a vida nos convida a fazer. É uma questão de mentalidade!
10 comentários:
Cara Margarida, não fosse o "fermento" amargo que leveda nas reflexões que compõem este texto, e facilmente comparalo-ia a um finíssimo bolo-rei.
Porem, para que possamos perceber um pouco melhor o que podem querer dizer os 52% que ditam a média da Marktest, seria importante sabermos se estes inqueritos se realizaram somente com habitantes das cidades e se foi verificada uma incidência maior em uma zona específica do país.
Isto porque, baseado na minha experiência pessoal, concluo que geográficamente as realidades são diferentes, quer nas zonas mais rorais ou até nas cidades, assim como nas zonas do litoral, ounas interiores.
Estou hoje a chegar dos meus ultimos dias de férias deste ano.
(E como se verifica, vim logo "snifar um risco de 4R", razão tinha a Drª. Manuela F.L.)
Passei alguns dias em Bayona, a cidade, a vasta baía e todo o ambiente, desde ha muito que me fascinam. Como sempre e apesar da crise que tambem já se faz sentir em Espanha, todas as características esplanadas da vasta marginal, continuam a ser frequentadas desde sensivelmente as 10 horas até ao final do dia. E quem frequenta essas esplanadas?
Exactamente!52% dos frequentadores são idosos. É obvio que esta média não foi achada pela Marktest, porem, garanto que não me engano por muito. Mas, tal como a cara Margarida afiança no final deste texto em jeito de brinde do bolo-rei, verificamos na forma de estar, na forma de conviver, que aqueles idosos, muitos deles com ar de quem já ultrapassou a fasquia dos 70 e dos 80 anos beneficiam de uma excelente atitude mental.
Mas não me vou ficar pelos nuestros hermanos, de regresso, passei em Seixas do Minho para visitar uma velha amiga que ultrapassou já a barra dos 80 anos, mantem-se disperta de sentidos, apoquenta-a somente um pouco de reumático que lhe dificulta o andar e já lhe deformou um pouco os dedos das mãos. A minha visita a esta senhora, foi um misto de amizade e de cordialidade. Durante as poucas horas que conversámos, tentei entender o que a motiva a manter-se naquele casarão com mais de 300 anos, onde vive desde que casou. É uma casa linda à beira do rio minho, repleta de mobiliário e de peças diversas, algumas com um valor inestimável, por sobre os móveis, um número infindável de fotografias antigas. Chamou-me a atenção uma delas, exposta numa moldura em madeira ornamentada com aplicações em prata, continha a fotografia de uma rapariga, envergando o traje típico do minho.
Peguei-lhe com cuidado e perguntei à minha amiga quem era?
Riu-se e respondeu-me: então não estás a ver que sou eu? percebe-se bem. Percebia-se muito melhor depois do rosto se lhe ter iluminado pela luz do reviver.
Percebi então o que a motiva a permanecer "sozinha" naquela casa imensa,mesmo, mesmo à beirinha do rio minho... o manter vivas as memórias.
Reflecti então no fenómeno que origina as tristes conclusões da Marktest... "O antes, não cabe no hoje, excepto para aqueles que conseguem criar um espaço mágico onde o guardam"
Como diria uma amiga muito estimada: É uma questão de mentalidade!!!!
Cara Margarida
Achei interessante o tema desta sua intervenção, até porque prestar-se-ia a um estudo sociológico cuja conclusões forneceriam certamente indicações que facilmente se advinham, em princípio, e que o seu texto já descobre e bem. Uma coisa é certa, o que cada um tem de melhor a fazer é aproveitar o tempo que lhe resta de vida para o gozar da maneira que lhe mais lhe aprouver mais, dentro das suas limitações e possibilidades. Não é para todos,mas há alguns que conseguem até, porque o desejam, continuar a trabalhar. É uma forma de se manterem como cidadãos activos e preocupados.
Caro Bartolomeu
Seja muito bem regressado e com o privilégio com que nos distingue de ter vindo logo “snifar um risco de 4R”! Nem de propósito! E que texto o seu tão rico, porque tão cheio de pormenores de vida! O que nos conta sobre os idosos de Bayona que passam muitas horas a fio (10h? Terei percebido bem? Acho muito!) nas esplanadas e sobre a sua velha amiga de Seixas do Minho “presa” à casa das suas memórias faz parte de uma realidade que está bem à nossa frente mas que parece às vezes “esquecida”. Atarefados que andamos com as rotinas diárias, não reparamos verdadeiramente no que à nossa volta se passa com os idosos, como se tudo por magia estivesse resolvido. Umas férias, dispondo de mais tempo e mais calma, permitem-nos descobrir ou reparar naquilo que sempre lá esteve mas que a falta de atenção não nos deixou olhar.
As “tristes” conclusões da Marktest, embora desconhecendo a caracterização da amostra trabalhada, não estarão longe da realidade. São realmente o espelho de uma mentalidade que cabe às gerações mais novas alterar de modo que a velhice possa ser vivida com qualidade de vida e com alegria.
Caro antoniodasiscas
Pois a questão é mesmo a de aproveitar o tempo, gozando-o da melhor maneira. As limitações podem ser menores e as possibilidades maiores se nos mantivermos activos física e mentalmente. Parar é morrer! Continuar a trabalhar é uma saída para quem pode e gosta de o fazer. Quantas pessoas não haverá que na posse de plenas capacidades físicas e mentais e detentoras de uma experiência rica de vida e de conhecimento acumulado não têm como as partilhar com os outros?
Cara Margarida, o privilégio da distinção, sinto-o eu, por receber sempre de si uma resposta aos comentários que coloco, apesar de nem sempre entendíveis, ou concordantes. Sou-lhe grato por isso.
Com efeito, não consegui ser tão claro como desejei, quando me referi aos habitos daqueles idosos de Bayona.
Aquilo que verdadeiramente constatei, foi que, a partir das 10 horas da manhã, as esplanadas da marginal, começam a ser ocupadas em grande número por pessoas idosas. Não só, mas na sua maioria pessoas que aparentam ter ultrapassado os 70 e os 80 anos de idade. Reparei ainda que conversam com muita vitalidade, que se vestem de um modo um tanto diferente do nosso, mas usando muito os brancos, os encarnados e os azuis. Nota-se tambem que tanto homens como senhoras, dedicam cuidados especiais à sua imagem. Os homemns são a imagem do galã dos anos 50/60, as senhoras, mantêm os penteados, o aprumo e o estar dos seus tempos de glamour.
Mas, a par desta "elite", no lado oposto da marginal, ou seja, no lado das marinas, assisti a um número bastante significativo de pessoas a passear e a conversar.
O ambiente é muitíssimo favorável e convidativo ao passeio a pé, contudo aquilo que chamou mais a minha atenção foi precisamente o habito de conversar. Não sei sobre o que falam, mas falam, falam muito, não me surpreendendo portanto, que de entre tanto falatório, possam tambem dizer alguma coisa.
Mas e ainda, gostava de lhe dizer outra coisa engraçada, cara Margarida. Depois de visitar a minha amiga de Seixas, hospedei-me em Vila Nova de Cerveira. Já não ficava lá ha uns anos e, fiquei agradávelmente surpreendido com os melhoramentos que a vila obteve.
Á noite, no largo em frente à pousada de D. Dinis, encontrei grupos de idoso sentados nos bancos. A noite estava agradabilíssima e sentei-me tambem um pouco, ficando a ouvi-los tagarelar sobre nada. Ou seja, a dizer sobre os retalhos de uma vida, aqui e além coloridos, acolá ensombrados, mas verdadeiros, tão verdadeiros quanto a existência.
Por vezes penso, como seria o nosso país, a nossa sociedade, se aqueles que nos governam, aproveitando o tempo de férias se sentassem nas praças públicas por esse país fora e escutassem as existências humanas?
Mas eles valorizam mais as conversas fúteis e abestractas das recepções nas discotecas algarvias e nos almoços e jantares da alta roda politica e social...
Caro Bartolomeu
Tinha feito uma leitura um pouco diferente da vida dessas pessoas mais velhas de Bayona. O facto de saírem de casa, para contactarem com o mundo cá fora, conviverem com outras pessoas ou passearem, é muito positivo. Quando as pessoas ficam na cama, não querem sair de casa, não trocam de "pantufas", não se arranjam e ficam sem nada que fazer ou à frente de uma televisão é muito mal sinal. É uma questão de mentalidade, mas tem muito de cultural. Em Portugal as coisas também estão a mudar, devagarinho... Em Vila Nova de Cerveira já vai sendo assim!
Margarida, gostei imenso de ler o seu post, acho que quem convive com pessoas de idade sabe bem que a televisão é a maior - às vezes a única companhia. Será em Portugal, como lembra o caro bartolomeu, e se calhar mais nas cidades, oxalá que sim, porque isso é sinal da falta de tempo ou de paciência, ou de carinho, dos mais novos para com os que já sairam da intensidade da vida activa. Mas é também o resultado de muitas vidas fechadas, monótononas, fixadas em poucos interesses e muito avessas a associações ou convívios fora do seu círculo familiar muito pequeno. Os portugueses são pouco dados à participação, são afáveis e acolhedores mas evitam criar laços que lhes criem obrigações de participação. O resultado é que no fim da vida ficam sozinhos, sem amigos, sem vizinhos, muitas vezes sem família. E deixam-se ficar nas suas casas, cheias de memórias só deles, como também conta o caro Bartolomeu, mas isso não chega. Valha a tlevisão, sempre é um contacto com o mundo...
Até certo ponto, é como diz, cara Drª. Suzana, a televisão, é para aqueles idosos que, precisamente devido ao facto de se encontrarem sozinhos, encontram na caixa mágica a janela que os mantêm ligados com o mundo. Mas não é somente esse isolamento e essa dificuldade em manter ou criar laços de amizade, que os mantêm dependentes do isolamento dos seus lares. É também e muito o ambiente exterior, o movimento apressado, anárquico e perigoso, que encontram, mal saem a porta de casa. É a vizinha que cochicha... Sabe dona Ifigênia? A vizinha Pancrácia foi assaltada a semana passada quando foi levantar a reformazinha. Coitada, olhe, deram-lhe um puxão para lhe arrancar a mala e ela coitada como já tinha dificuldade em andar, não se susteve nas pernas e estatelou-se, foi preciso chamarem os bombeiros que a levaram para o hospital, passou lá o dia inteiro e parte da noite para lhe fazerem uma chapa, para verem se tinha partido alguma coisa. Mas felizmente não, ficou foi muito amassada coitada, mas vá lá, o filho acabou por levá-la para casa dele até ela melhorar e conseguir andar. Mas o problema maior sabe qual é vizinha? É que ela não se dá nada bem com a nora. Aquilo é uma bicha, só quer andar no laréu e não tem paciência nenhuma para tratar dela e dar-lhe os medicamentos. Olhe, uma tragédia vizinha, isto a gente quando chega a este estado, mais valia Deus lembrar-se de nós e levar-nos, ao menos já não estávamos dependentes nem atrapalhávamos a vida de ninguém.
Ora vizinha, também não é tanto assim, afinal o filho recebeu-a em casa dele, não a deixou desamparada.
Também mal fora vizinha, que o próprio filho não tratasse da mãe numa altura destas, afinal foi ela que o criou e olhe vizinha Ifigênia, eu conheço a vizinha Pancrácia desde que ela para cá veio morar, quando casou e lembro-me muito bem que ao princípio de vida, ela e o marido viveram com muitas dificuldades e se não fosse os sacrifícios que ambos fizeram o Marinho, o filho deles, nunca teria conseguido fazer o curso e arranjar o emprego bom que tem.
Pois é vizinha, mas sabe? São poucos aqueles que chegando à nossa idade podem contar com o apoio dos filhos. A família agora trata é de meter os velhos num lar e nunca mais se preocupam com eles. Bem faço eu vizinha, que nunca saio da minha rica cazinha, tenho a companhia da televisão, vejo as novelas e o programa do Gôxa e daquela rapariga muito simpática que leva lá as pessoas para contarem os problemas.
Bom , até logo vizinha, tenho de ir ali ao lugar do senhor Anastácio, ver se ele tem lá uma lombarda de jeito para fazer uma sopinha.
Até logo vizinha e saudinha é que eu lhe desejo.
Cara Dra. Margarida Aguiar:
Excelente reflexão encimada por um título muito apropriado.
Concordo em absoluto com a sua análise sobre o tipo de idosos que temos e que a meu ver são esses que suportam este estudo.
Estou em crer que a nossa geração vai ter comportamentos e atitudes totalmente diferentes...afinal é tudo uma questão de mentalidades...
Suzana
O défice de participação e de associativismo dos portugueses é um problema, a diversos níveis. O individualismo tem muitos problemas, alguns dos quais que a Suzana aponta muito bem.
Creio que as gerações mais novas já estão a corrigir esse traço da personalidade nacional. Há também outros factores que aponto no meu post que podem ajudar a que a velhice seja um processo activo, juntando à televisão outras coisas interessantes para fazer.
Caro Bartolomeu
Gostei muito da sua "Lisboa em camisa"! Parabéns pela narrativa e pela linguagem, pela escolha dos personagens e dos seus nomes e dos retratos pitorescos das suas vidas...
Caro jotaC
Obrigada pela sua simpatia. Estou de acordo com o que diz. A nossa geração - julgo que estamos a falar da mesma geração (?) - vive de maneira diferente a vida activa que os idosos de hoje viveram no passado. Esperemos que a velhice seja vivida também de maneira diferente, para melhor...
Sim, Dra. Margarida Aguiar, estamos a falar da mesma geração, claro...
Quando se é colunável (no bom sentido, é evidente), basta pedir à NET que ela dá os aninhos das pessoas...e veja lá que descobri uma diferença de 6 anos, por isso pertencemos à mesma geração , sem dúvida...
:))
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