Senti, ontem um certo encantamento ao embarcar para Lisboa no avião das 21 horas e 45 minutos, em Frankfurt. Depois dos cinco voos do dia, a afectação ao voo da noite de um enorme avião Airbus demonstra importância que para a Lufthansa tem o nosso país, em matéria de geração de tráfego aéreo. Eram 350 lugares, praticamente todos ocupados. Muitos executivos, o traje não enganava, de regresso de viagens de negócios ou à procura de negócios em Portugal. Muitos turistas portugueses e estrangeiros, também a avaliar pela vestimenta. Era o sexto voo do dia da Lufthansa para Lisboa. Pela mesma hora, saía o terceiro voo do dia para o Porto.
Depois do sono da noite, quebrou-se o encanto com as notícias da manhã.
A casa do Procurador- Geral tinha sido assaltada e um juiz libertou um sujeito preso em flagrante, por ter dado uns tiros num cidadão na esquadra da polícia, perante as barbas dos agentes. Acho que o juiz foi prudente e sábio. Quando for possível, a exemplo de médico, ter juiz de família, clientela não lhe faltará.
Como convém ter o pessoal calmo, agora que as férias acabaram, o Europeu já se foi e os Jogos Olímpicos já começam a esquecer-se, alguém apareceu a desdramatizar os factos. Aliás, está a assistir-se ao aparecimento de uma nova categoria de comentadores: os comentadores desdramatizadores.
Foi assim que, de diária em diária desdramatização, reencontrei o país em perfeita normalidade.
Por mim, também vou nesse caminho. Aliás, em matéria de justiça, cheguei erroneamente a pensar que uma boa justiça era essencial à economia. Puro engano!...
Pensando bem, nesta época de depressão, os assaltos constituem um dos mais poderosos incentivos à economia, ao promoverem o consumo ou o investimento para substituição dos bens surripiados. E começo mesmo a achar que os assaltantes deviam era ser condecorados por tão inestimável papel no desenvolvimento económico. Mais ainda, penso que a prisão dos ladrões é um acto de perfeita sabotagem da economia!...
Depois do sono da noite, quebrou-se o encanto com as notícias da manhã.
A casa do Procurador- Geral tinha sido assaltada e um juiz libertou um sujeito preso em flagrante, por ter dado uns tiros num cidadão na esquadra da polícia, perante as barbas dos agentes. Acho que o juiz foi prudente e sábio. Quando for possível, a exemplo de médico, ter juiz de família, clientela não lhe faltará.
Como convém ter o pessoal calmo, agora que as férias acabaram, o Europeu já se foi e os Jogos Olímpicos já começam a esquecer-se, alguém apareceu a desdramatizar os factos. Aliás, está a assistir-se ao aparecimento de uma nova categoria de comentadores: os comentadores desdramatizadores.
Foi assim que, de diária em diária desdramatização, reencontrei o país em perfeita normalidade.
Por mim, também vou nesse caminho. Aliás, em matéria de justiça, cheguei erroneamente a pensar que uma boa justiça era essencial à economia. Puro engano!...
Pensando bem, nesta época de depressão, os assaltos constituem um dos mais poderosos incentivos à economia, ao promoverem o consumo ou o investimento para substituição dos bens surripiados. E começo mesmo a achar que os assaltantes deviam era ser condecorados por tão inestimável papel no desenvolvimento económico. Mais ainda, penso que a prisão dos ladrões é um acto de perfeita sabotagem da economia!...
Assim sendo, também sou pela desdramatização!...
1 comentário:
Eu bem lhe disse que não valia a pena mudar de País porque o País não mudava.
Seja bem regressado, meu caro. Não estava a ser fácil lidar com as reclamações dos muitos que sentiam a falta dos escritos do meu Amigo.
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