Santos Silva ao Diário Económico
Nunca lhes faltou o orçamento aprovado, mas sempre governaram como se ele não existisse. Sempre usaram e abusaram do orçamento que eles próprios propuseram.
Nunca respeitaram os valores nele inscritos, aumentaram a dívida, os impostos, a carga fiscal e o défice.
Governar é questão de competência, não de orçamento. Ouviu, Sr. Ministro?
12 comentários:
Ouvi dizer que o jornalistapercebeu mal o ministro. Este terá dito: "Este governo não governa mesmo com orçamento aprovado".
Diz V. Exa.:
"(...)Governar é questão de competência, não de orçamento. Ouviu, Sr. Ministro?".
Digo eu:
Completamente de acordo, caro Drº Pinho Cardão!...
Mas o problema desta e de outras "desgovernações" advêm, a meu ver, do facto de:
-em primeiro lugar se escriturar a despesa;
-em segundo lugar se escriturar a receita.
E como este procedimento tem vindo a ser recorrente, temos os orçamentos das instituições públicas um desastre, com as implicações que isso acarreta, nomeadamente, o não cumprimento com os fornecedores (atente-se no incumprimento das Câmaras Municipais) e a consequente bola de neve que tudo isto gera. Ninguém paga a ninguém; entretanto, isto vai andando…
Não Sr. Ministro,...
Em questões de competência
não tem razões para falar,
tal tem sido a potência
dum despesismo exemplar!
Este Governo perdido
em acções tão despesistas
segue um rumo fundido
entre ideais laxistas.
Em tempo: advém.
:)
Não, caro Zé Mário, foi "nenhum orçamento aprovado governa o governo", mas com esta comunicação social nunca se sabe :)
Deve ter sido isso, Suzana. Como é próprio de um guerrilheiro, em boa hora armado Ministro da Defesa: "Não há cá orçamento que nos vergue!"
Caro Ferreira de Almeida:
O guerrilheiro papagueia slogans por tudo e por nada, e nem sabe o que diz.
Já agora, uma dúvida que me assalta: caso não haja aprovação de orçamento, com toda a oposição contra, significa a obrigatoriedade de governar com duodécimos. Em cada mês são creditados os valores a gastar nesses mesmo mês. Qual seria o valor de referência? - o de 2010, certo?
A ser assim, a governação por duodécimos não me parece muito má, pois implicaria, pelo menos, que a despesa se mantivesse ao mesmo nível de 2010. O mesmo se aplicaria à receita, não poderia haver aumento de impostos. Neste caso, o equilíbrio teria mesmo, forçosamente, de ser feito do lado da despesa.
Alguém me confirma este raciocínio?
Tem toda a razão, caro Jonh, é assim mesmo. Nem haveria aumento de impostos nem de despesa, em relação ao Orçamento aprovado de 2010.
Claro que o Governo prepara-se para aumentar a despesa e a carga fiscal, nomeadamente via código contributivo e eliminação de benefícios e deduções fiscais. Por isso, o Orçamento de 2010 não lhe serve.
Pelo que estou em crer que, nesta passada rápida para o abismo, o OE de 2011 vai ser ainda pior do que o de 2010: vai ter mais impostos e mais carga fiscal e maior despesa pública.
Até chegar aí o FMI, pois já não acredito em soluções internas.
Obrigado Dr. Pinho pela confirmação.
Na realidade, a carga fiscalidade tende a aumentar no próximo ano, enquanto, viu-se este ano, é difícil reduzir a despesa pública. Mas a nossa sobrevivência no médio/longo prazo depende da redução da despesa. Disso não tenhamos dúvidas.
Caro Pinho Cardão
Não será que o Senhor Ministro cometeu um acto falhado? Um lapso?
Não será que o raciocínio subjacente era o seguinte:
Sem Orçamento não me posso endividar, ergo não posso pagar, tenho de poupar, tenho de cortar.
Estou errado?
Cumprimentos
joão
...e então não posso governar...
É mesmo isso, caro João. Sempre arguto!...
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