As palavras só por si são complicadas, algo incompreensíveis e quase impossíveis de fixar. Umas palavras assim, com uma tal complexidade, ainda acabam por dar razão àqueles que são supersticiosos em relação ao número 13 ou àqueles que temem as sextas-feiras 13. E as palavras são: “triscaidecafobia” é o medo irracional do número 13, enquanto “parascavedecatriafobia” ou “frigatriscaidecafobia” é o medo mais concreto das sextas-feiras 13. Não me incluo em nenhuma das categorias. Só me lembro das sextas-feiras quando nas quintas-feiras à noite penso que mais uma semana voou e que mais um fim-de-semana está à porta. O número 13, esse, normalmente nem dou por ele.
Mas há pessoas, sobretudo de gerações mais velhas, a quem não escapa a coincidência e que têm muito respeitinho pela sexta-feira 13, não vá o diabo tecê-las!
Quando ontem - sexta-feira 13 - fui tomar um café logo pela manhã, como é hábito fazer, pousei os óculos em cima do balcão e nunca mais lembrei deles. Paguei o café, meti-me no carro e já ia no meu caminho quando instintivamente começo à procura dos óculos. Rapidamente pensei que os teria deixado na pastelaria. Dou meia volta e lá vou eu na esperança de os encontrar. Pergunto então ao empregado se os tinha visto, assim e assado, ao que o homem me respondeu que sim, que os tinha recolhido.
Mas há pessoas, sobretudo de gerações mais velhas, a quem não escapa a coincidência e que têm muito respeitinho pela sexta-feira 13, não vá o diabo tecê-las!
Quando ontem - sexta-feira 13 - fui tomar um café logo pela manhã, como é hábito fazer, pousei os óculos em cima do balcão e nunca mais lembrei deles. Paguei o café, meti-me no carro e já ia no meu caminho quando instintivamente começo à procura dos óculos. Rapidamente pensei que os teria deixado na pastelaria. Dou meia volta e lá vou eu na esperança de os encontrar. Pergunto então ao empregado se os tinha visto, assim e assado, ao que o homem me respondeu que sim, que os tinha recolhido.
Até aqui nada especial. Estava sentada numa cadeira uma velhota, com ar arrebitado e bem disposto, em quem eu tinha reparado quando tomei o café. Uma velhota daquelas que tomam atenção a tudo e não tomam atenção a nada.
Quando recebo os óculos e vou para sair, diz-me a velhota com um ar meio traquina: Oh menina olhe que hoje é sexta-feira 13, todo o cuidado é pouco!
Achei graça. Já no carro fui a matutar na “parascavedecatriafobia" (é um copy vindo lá de cima!) e satisfeita por numa sexta-feira 13 uma velhota simpática me ter tratado por “menina”...
10 comentários:
Considero as superstições um assunto bastante interessante, principalmente quando comparadas com outras culturas.
Sempre ouvi dizer que dá azar haver 13 pessoas sentadas à mesa. Uma delas ou a mais velha (conforme as versões) morrerá nesse ano. Quantos eram na Última Ceia? E quem foi o último discípulo a chegar? Jesus foi crucificado a uma sexta. Nunca estive num prédio cujo elevador tivesse o número 13! Creio que não há carros de corrida com o 13. Mas de tudo o que li até agora sobre o número 13, recordo-me sempre desta estória supostamente passada há mais de cem anos. Com o objectivo de acabar com esta superstição, o governo britânico comissionou um navio a uma sexta-feira, deu-lhe o nome de H.M.S. Friday, colocaram-lhe a quilha a uma sexta, foi lançado a uma sexta, a tripulação foi escolhida a uma sexta e até contrataram um homem de nome Jim Friday como seu capitão. O navio saiu do porto, na sua primeira viagem, a uma sexta-feira. E não é que o navio e a tripulação desapareceram?! Nunca mais ninguém os viu!
Espero, “menina” Margarida, que o esquecimento dos seus óculos tivesse sido o único transtorno de ontem.
Curiosidade: num ano pode haver 1 ou 3 sextas-feiras 13. O 13 de Agosto é a única sexta 13 deste ano!!!!
De entre nós, comentadores, o único que tem direito a temer a sexta-feira que calhe a dia 13 do mês, é aquele que se auto-designa por "cavaleiro do templo".
Bartolomeu dixit...
????
Tem razão, Catarina... referia-me ao comentador "Sargento do Templo".
Peço desculpa pela troca, sobretudo ao próprio.
Este Bartolomeu anda sempre uns quantos graus a leste do paraíso... já merece ser definitivamente erradicado da tertúlia... sefosseuquemandasse...
Não pense isso, caro Bartolomeu, nem tente erradicar-se. Se não se erradicar, ninguém aqui no 4r, suponho eu, o irá erradicar! : )
Talvez... mas deviam!
;)))
Cara Catarina
Não me lembrava da história do navio "H.M.S. Friday". Impõe respeito! Não admira que haja quem se encha de medos com as sextas-feiras 13.
Só o facto de me ter cruzado com a velhota e de lhe ter dado um pretexto para com aquele ar meio atrevido - ainda a estou a ver - falar da sexta-feira 13 valeu ter "perdido" os óculos por meia dúzia de minutos!
E quanto ao nosso Caro Bartolomeu já vai ver o que lhe tenho para dizer.
Caro Bartolomeu
Mas que ideia a sua! ERRADICAR? Fica proibido, se é que madamos alguma coisa, de pensar se quer numa tal coisa!
A leste do paraíso andamos nós todos, o que é uma boa razão para andarmos aqui no 4R...
Pois... não devia ter tocado n'esta caixinha... curiosity kill's the cat!
Mas é obvio que não tenho queda para auto-erradicações, até porque me considero um alcooloquartarepublicanico, ou seja, uma palavra (inventada) composta por 26 letras, o dobro de 13.
;)))
Gostei, cara Margarida!
A história da catarina é arrepiante mas se calhar abusaram das 6as feiras, se uma incomoda muita gente, imegine-se logo tantas! Pois eu tenho a superstição ao contrário, acho que as 6ªs 13 dão-me sorte e acabo sempre por confirmar isso, se calhar é porque estou mais disposta nesse dia a ver o lado bom das coisas só para confirmar a minha boa sorte. No caso da Margarida, está claro que teve não uma, mas duas sortes, a de encontrar os óculos perdidos e a de ter encontrado uma velhinha simpática, o que é que se pode ter mais numa 6ª 13?? ;)
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