Número total de visualizações de páginas

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Uma geringonça cada vez mais cara e desacreditada

O sucesso ou fracasso da geringonça vai-se medindo pelo preço da dívida pública. Ontem, fez uma emissão a 10 anos, e a taxa que conseguiu foi de 4,22%. Há precisamente 1 ano, a taxa para emissão similar foi de 2,97%. O preço de Janeiro de 2017 foi 42% superior ao de Janeiro de 2016!...
Também em Janeiro de 2016, a geringonça foi ao mercado, numa emissão a 30 anos, a uma taxa de 4,13%, inferior à actual a 10 anos. 
Dizem os responsáveis governamentais que o aumento das taxas é generalizado e não se circunscreve a Portugal, escamoteando demagogicamente que o spread que mede o risco Portugal se multiplicou várias vezes em relação ao risco Espanha e Itália. E que este aumento do spread, que coloca Portugal na liderança isoladíssima da subida dos juros na Zona Euro, é a prova provada de que, malgrado o discurso bacoco, a geringonça está cada vez mais cara e mais desacreditada. 

8 comentários:

António Pedro Pereira disse...

Sr. Pinho Cardão:
Ainda bem que o Diabo gostou do sabor do isco da Dívida e apareceu.
Caramba, já vos estava a fazer sofrer demasiado, todas as aparições a propósitos dos outros iscos que lhe puseram não resultaram.
Acho bastante curiosas duas coisas:
1.ª - Quando criticam o fraco crescimento, esquecem-se de toda a incerteza no mundo, desde a crise do preço do crude, que gerou contracção de importações em tantos países, ao Brexit, ao Trump, à agudização da crise dos refugiados, etc., nada disto conta para a vossa avaliação.
Apenas a certeza de que, com a vossa caranguejola minoritária, cresceríamos muito mais.
2.ª Fosse o governo da vossa caranguejola minoritária, e estaríamos a obter empréstimos com juros negativos. Como foi anteriormente, em que os nossos juros sempre estiveram abaixo dos de Espanha e de Itália, para não falar de outros.
É preciso ter lata.

Oscar Maximo disse...

Sr. Manuel Silva, viu o gráfico com o andamentos das 3 dívidas, portuguesa, espanhola e italiana? Se não viu, vá ver, se viu tem imensa lata.

António Pedro Pereira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
António Pedro Pereira disse...


Sr Óscar Monteiro:
E o senhor? Não tem lata?
Se quer falar de lata, aqui fica alguma.
Sabe quando a Dívida portuguesa ultrapassou, pela 1.ª vez, a barreira dos 60%, que era uma linha fixada pela CEE?
Em 1987, quando recebíamos cerca de 1 milhão de euros/dia de apoios: subiu para 61,3%.
E a 2.ª vez?
Em 1991, quando continuávamos a receber 1 milhão de euros/dia da CEE e o barril de petróleo tinha baixado para 9 dólares: subiu para 62,8%.
E a 3.ª vez?
Em 1995 (mas ainda no governo de Cavaco Silva), quando continuávamos a receber cerca de 1 milhão de euros/dia da CEE: subiu para 60,9%.
Sabe quando desceu?
Entre 1995 e 2002: baixou de 60,9% para 55,7%.
Sabe porquê? Porque as taxas de juros baixaram para valores históricos.
Sabe que, enquanto isto acontecia com a dívida, só no I Quadro Comunitário de Apoio, entre 1989 e 1993, o país recebeu 14,8 mil milhões de euros.
Caro senhor, os juros da Dívida sobem por um conjunto muito variado de factores.
Há um quadro geral que nos equipara a Espanha e Itália, depois há especificidades de cada país.
As nossas são várias e piores do que as destes dois países.
O fraco crescimento da economia desde há mais de 20 anos, não é desde este governo; a fragilidade do sistema bancário; o volume da dívida.
Nada disto é culpa particular deste governo.
Portanto, querer fazer uma inferência directa que é por causa deste governo que os juros da dívida aumentaram mais do que os destes dois países é, não só uma falsidade, como um ataque tacanho exclusivamente por motivos politico-partidários.

Floribundus disse...

elogios do entertainer

Tiro ao Alvo disse...

O Manuel Silva é que tem cá uma lata. Entrar de rompante em casa alheia para, sem razão, insultar os donos e as outras visitas, só de gente com uma grande lata...

António Pedro Pereira disse...

Tiro (sempre) ao (lado do) Alvo:
Eu não entrei de rompante porque frequento o 4R há anos, ultimamente menos frequentemente, é verdade, mas sou conhecido da casa.
E, que eu saiba, não insultei ninguém.
Mostre um insulto ou então compre um dicionário.
Parece que a iliteracia é sua companheira de cama.

Unknown disse...

ó nelinho da silva.

não sejas hipócrita, compara-te com a Irlanda, um país resgatado.

O resto são as tuas fake news.

Colocaste divida a um juro a cima do mercado secundário.

Se o comprador antever aumento da taxa, tb antevê redução do risco e neste caso é fácil de ver.

Vai para uma MANIF com bubida paga pelo PC.

Está-te a fazer falta um cópito.