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domingo, 27 de novembro de 2005

Pergunta incómoda

Cartoon de Michel Kichka em www.israelcentersf.org/culture/profiles/michelkichka.shtml

Cartoon de Michel Kichka

"Ota criará 56 mil empregos".
E quantos destruirá?

7 comentários:

Tonibler disse...

4 milhões! Essa era fácil, Vitor...

Ouvidor disse...

Não seria esta a pergunta que o velho do Restelo colocaria se ainda fosse vivo?

Tonibler disse...

Caros,

O erro OTA é tão óbvio que me causa impressão essa necessidade de 'estudos' e de análises. É o nosso problema, enquanto país, um problema de comunicações? Não conseguem, por vós mesmos, responder a esta questão? Mesmo que um especialista internacional em aviões vos diga em relatório timbrado que é, não sabem vocês que não é? Então que mais precisam de saber?

Vítor Reis disse...

Pode parecer paradoxal, mas partilho de todos os comentários anteriores. Até do "velho do Restelo".
Até já podemos pensar em reescrever os Lusíadas e comparar os descobrimentos de quinhentos com a descoberta do caminho aéreo para a OTA.
Teremos assim a versão dos "velhos da OTA".
Gostava só de recordar que antes de haver tantos estudos, tanta reflexão, tanta isenção e competência, já andava por aí um senhor que foi Ministro do Equipamento Social a dizer que a escolha já estava feita. E era a OTA.

Adkalendas disse...

De cada vez que há uma grande obra em Portugal surgem grandes críticas, que depois da obra feita se calam e usufruem da mesma, raramente admitindo os seus benefícios.
Eu não sei bem se a Ota é boa opção ou má.
Mas quando se decidiu construir o Centro Cultural de Belém, só se ouviram críticas. Não me parece que tenha sido uma má opção.
QUando se decidiu avançar com a Expo98, também se ouviram muitas críticas, e afinal foi muito bem feita e Lisboa ficou com um espaço que merece ser visto.
Quando se decidiu organizar o Euro 2004 também só se ouviram críticas, mas tirando o facto de se terem construído estádios a mais, foi realmente um mau investimento para o país?
Agora a discussão passou para o aerorporto.
Parece que vivemos num país de velhos do Restelo...
Transformar, como alguns estão a fazer, a questão do aeroporto numa questão Norte/Sul parece-me um absurdo.
Se devia ser na Ota ou noutro sítio, isso já não sei, mas que tem que ser feito um novo aeroporto, disso não tenho dúvidas.
O que talvez fosse bom é que pelo menos desta vez se cumprisse um desígnio inicial, que seria o de não urbanizarem as zonas adjacentes ao aeroporto.
Neste país é muito difícil manter decisões e a coerência das grandes obras.

Vítor Reis disse...

Caro fr
Centro Cultural de Belém, Expo98 e Euro 2004. Esqueceu-se de Sines, do TGV, do Alqueva. Todas estas obras ou projectos representam situações diferentes, com impactos diferentes, necessidades de financiamento muito distintas e resultados que temporalmente não podem ser comparados.
Mas cada um deles deve ser avaliado a partir de uma premissa: SE É MESMO NECESSÁRIO!
Sines e a OTA não resistem a esta avaliação, tal como alguns dos estádios do Euro 2004.

Anthrax disse...

Outra vez a OTA... que assunto aborrecido...

Ok, precisamos de um novo aeroporto. Certo. Eu entendo isso.

Tem de ser na OTA. Não sei. Por mim, podem construí-lo onde quiserem desde que consigam transportar as pessoas, para lá e para cá, num espaço de 20 minutos. E quando digo pessoas, não me refiro unicamente aos passageiros. Refiro-me a todos, que de uma forma ou de outra, trabalham no aeroporto.

Como é que vão fazer isso? Não sei, nem tão pouco me interessa, mas se me disserem que é com um TGV, eu vou começar-me a rir à gargalhada!

Essa história da criação de 56 mil empregos é "bullshit", acredita quem quiser. 56 mil empregos na área do quê? Dos trolhas? Ou então 56 mil postos de trabalho na área da imigração ilegal.

Não desfazendo ninguém, penso que este assunto deve ser abordado com seriedade e não tentar fazer das pessoas, idiotas.

Dizer que a OTA vai criar 56 mil empregos é tão imbecil como dizer que a OTA vai retirar Turismo a Lisboa. Retirará certamente, se as pessoas não se adaptarem a trabalhar num novo contexto e a cidade não tiver nada para oferecer aos turistas.