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segunda-feira, 26 de junho de 2006

Tão diferentes...mas são iguais!...




Ganhando à Holanda, a Selecção passou com brilho o seu primeiro grande teste no Mundial de futebol.
Pensei que seria a altura de a Selecção passar a festejar, em vez de se preocupar com quem lhe faz alguma leve crítica.
Depois de Scolari ter criticado os comentadores, de Madaíl ter exigido desculpas a quem manifestou qualquer desacordo, depois de vários jogadores terem exaltado Scolari e “derretido” quem se lhe opôs e de um jogador ter mesmo afirmado que estavam na Alemanha para “calar os críticos”, ontem mesmo um atleta mais uma vez veio pedir para os críticos se calarem de vez.
Nas equipas, como nos países, um inimigo externo é sempre um factor determinante ou para esconder insuficiências ou para potenciar o espírito de corpo.
Scolari usa sabiamente esta estratégia. Por exemplo, ao não ter convocado Romário, há uns anos, ou Quaresma, agora, Scolari “comprou” voluntariamente uma guerra, para incutir nos jogadores a ideia de que a crítica ao seleccionador é uma crítica aos próprios jogadores, convocados por favor do chefe e não por valor demonstrado, tendo que se superar para evidenciarem a bondade da escolha.
Em Portugal, um dirigente, por sinal o do meu clube, Pinto da Costa, também é exímio em criar inimigos externos para fortalecer o espírito de grupo, mesmo se a qualidade dos atletas normalmente dispensasse tal recurso.
É por isso que Scolari e Pinto da Costa se repelem. Usam as mesmas armas, mas não querem que se saiba. Porventura, ainda se irão encontrar!...

3 comentários:

Marco Oliveira disse...

Se o PdC usa as mesmas armas que o Felipão, então podia ter sido um pouco mais inteligente e só falava no momento certo.
Porque com as suas críticas, até parece que PdC tem saudades da selecção liderada pelo Oliveira no Mundial 2002 ou da selecção de Saltillo em 1986.

Adriano Volframista disse...

Caro Pinho Cardão

A sua análise pode ser fundamentada, mas no que respeita a Romário e à sua exclusão do time canarinho não foi essa a lógica de Scolari.
Desde sempre que LFS priveligia o espírito de grupo e de sacríficio às equipes de vedetas.
Romário foi excluído porque se deu ares de vedeta, não queria integrar o grupo, por exemplo preferindo viajar em executiva quando a restante comitiva seguia em turística e outras pequenas coisas.
Olhe que ele incluiu Ronaldo, à época dado como acabado, apesar de todas as críticas que teve.
Só essa estratégia permitiu ganhar um mundial com uma equipe que nem sequer é considerada das melhores que o Brasil teve.
Só essa estratégia permitiu a vitória de ontem, qualquer outra teria feito sossobrar a equipe.
Quanto ao diferendo entre LFs e JNPC, como dizem na minha terra: eles que são brancos que se entendam...

Cumprimentos
Adriano Volframista

João Melo disse...

parecido mas com algumas diferenças.julgo que no essencial é que a liderança de scolari é mais participativa e democrática que a de pinto da costa ,onde o unico participante no processo de decisão é pinto da costa.sendo que os métodos anti-democráticos de Pc não se cingem às decisões...