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terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Aquele docinho de ananás...

Hoje trouxeram-me um frasquinho de compota de ananás dos Açores. Esta simpática oferta resultou de eu ter estado a lamentar-me que, quando fui aos Açores, tive que deitar no lixo o que trazia, porque fiz o erro estratégico de o comprar antes de passar no crivo da segurança e tinha mais do que os tais 50g que são permitidos. Na altura fiquei muito contrariada, confesso que nem me passou pela cabeça que o doce fosse "equiparado" a líquidos, mas regras são regras e lá ficou no cesto do lixo. Podia ter comprado outro do lado de cá da cancela, é verdade, mas fiquei tão furiosa que decidi que passava sem o docinho e que havia de fazer um ainda melhor. Mas não fiz, e só hoje é que pude regalar-me de novo com aquela delícia.
Estas regras de segurança ou outras que vão surgindo seja lá pelo que for, não deixam de ter o seu quê de ridículo.
Há dias, um jovem viajante como todos os desta geração, ia para algures numa companhia de aviação que só deixava levar uma bagagem de mão. Como ele levava um saco com as roupas e uma pasta com o computador, guardou a pasta no saco. Aí, só tinha um volume mas este tinha peso a mais, a solução era pagar por excesso de bagagem e isso era mais caro que o bilhete comprado na internet. Então, o rapaz abriu o saco e começou a vestir a roupa, umas coisas por cima das outras, camisolas, meias, duas calças, gorros, até que a balança chegou ao peso certo. Fechou o saco, computador lá dentro, e lá seguiu com uma bagagem dentro do regulamentar.
Mal passou o controlo, parou, começou a despir as peças de roupa uma a uma, a guardá-las outra vez no saco, tirou a pasta com o computador e lá seguiu em paz e sossego até ao avião. Regras são regras.

7 comentários:

PA disse...

Cara Susana, não resisto a enviar-lhe este link:

http://farm3.static.flickr.com/2044/2103054908_4182716dab_o.jpg

Penso que se vai rir um bocadinho.
:-)))))
cumprimentos.

Bartolomeu disse...

Deixe lá cara amiga Suzana Toscano!
Ha mais dias do que doces, logo, logo um novo doce surgirá!
Entretanto, receba este doce, que apesar dos anos, mantem toda a frescura de uma mulher linda, que mesmo de pequena estatura, foi GRANDE!!!
http://www.youtube.com/watch?v=kFRuLFR91e4
Juro que não estou em competição com a nossa amiga Pézinhos!!!
;)))))

TCS-ADVOGADOS disse...

Cara Dr.ª Susana,
Quando lá for às maravilhosas ilhas dos Açores – por sinal terra onde nasci – vou providenciar para que lhe chegue um docinho mas de figo açoriano que é uma maravilha…
Imediatamente após ter entrado em vigor tais regras, fui obrigado a oferecer ao agente da autoridade que lá andava a controlar, dois docinhos e ainda dois perfumes… ignorância a minha que paguei bem caro…

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Suzana
A propósito de regras de segurança e das situações caricatas e embaraçosas que às vezes acontecem, não resisto a contar um episódio a que assisti, não vai assim tanto tempo, mas que nunca vou esquecer.
Em Londres as regras de segurança nos aeroportos são, como todos sabemos, altamente apertadas. Não há facilidades nem facilitismos!
Tudo se passou no aeroporto de Heathrow no embarque para Lisboa. Estava numa fila, com os bons metros de comprimento, à espera da minha vez e ia observando o movimento dos passageiros à minha frente e olhando o reboliço de toda aquela logística milimetricamente controlada e disciplinada pela policia inglesa. Á minha frente estava um passageiro que, recordando agora à distância, não estaria muito à vontade e não falava inglês. Estaria também a observar mas com uma atenção redobrada por não estar familiarizado com aquelas andanças, como vamos ver.
Eis que chega a sua vez, tendo-lhe sido dito o habitual, que tirasse o casaco, o cinto, o relógio, as chaves e outros objectos que deveriam ser examinados numa outra "radiografia". No meio da atrapalhação, o homem tirou realmente muitas coisas, aquelas e outras, incluindo os sapatos, o que já tinha acontecido a outros passageiros, e tirou também a PERUCA! Sim, a peruca que tinha em cima da cabeça! Nem mais!
Ficou toda a gente de "cara à banda", procurando tratar a situação como "normal", enquanto o homem lá avançou com as mãos em cima da cabeça.
Não era preciso chegar a tanto!
É no que dá a falta de experiência e a ingenuidade de um passageiro pouco habituado a "protocolos" de segurança nos aeroportos. A situação embora "ridícula" foi muito engraçada e bem dispôs aqueles que tiveram a oportunidade de assistir em directo a esta generosidade cooperante! Só visto...

invisivel disse...

Cara Dra. Suzana Toscano:

Sempre admirei e continuo a admirar pessoas que de algum modo e num instante, me surpreendam com atitudes singulares, como as deste jovem.
Com efeito este jovem acabou por demonstrar que a questão não é o peso real que o avião vai suportar, mas antes um expediente usado pelas companhias para sacar mais algum dinheiro aos passageiros!
Quando tomo conhecimento destas histórias, fico sempre a pensar como sou tão ingénuo!
Fica a dica, na eventualidade de ser necessário...

Carlos Monteiro disse...

Aqui há tempos atrás fiz uma viagem de mergulho ao Mar Vermelho. Em Urgada o segurança revistou-me a mala e ficou-me com um miserável alicate de cortar unhas. Regras são regras. O mais é engraçado é que éramos 15. e destes para aí uns 10 tinham facas de mergulho daquelas que se colocam nas alças dos BCD's (coletes estabilizadores) e portanto mais ou menos disfarçadas, mas o meu perigosíssimo alicate é que ficou retido!

Mas tudo bem, regras são regras.

Não quer dizer que existam para maior segurança. Existem para ser cumpridas, apenas...

Suzana Toscano disse...

Cara Pezinhos, não consigo ver a fotografia, está "unvailable":(, mas vou tentar.
Caro Bartolomeu,essa canção é fantástica e o mote Je ne regrette rien devia fazer parte dos indispensáveis, às vezes faz mesmo muita falta reafirmar a vontade!
Caro Humberto, esse docinho não provei, mas também tinha que ficar alguma coisa para a próxima ida aos Açores, sua linda terra, ficou muito para ver.
Pois é Margarida, essa história é incrível, aposto que agora as perucas já têm direito a uma alínea prórpia nos regulamentos das viagens. O caro Invisível não é ingénuo, acho que as coisas é que não têm uma explicação logica por isso às vezes pensamos que nós é que não as apreendemos.
caro cmonteiro, eu tenho uma sobrinha bióloga que viajou de Londres não sei para onde logo depois de uns atentados e que foi PRESA no aeroporto quando lhe viram o estojo com as navalhinhas de dissecar que ela levava para o curso que ia frequentar 2 dias! Ligaram para cá para os pais, devem ter investigadoa vida toda da família, foi o cabo dos trabalhos. Esses seus amigos nem sabem do que se livraram. É claro que dentro do avião servem vinho em garrafas de vidro, nada que possa molestar comparado com um perigosissimo alicate das unhas...