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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Faz bem recordar...

Não sabia, não me lembraria, não fosse a notícia nos jornais. Uma notícia feliz, a fazer recordar tempos antigos, a fazer reconhecer a obra brilhante de Walt Disney, a fazer lembrar o papel de uma produção imaginária inesgotável que marcou a animação do século XX. Parabéns Mickey! Faz hoje 80 anos que se estreou no cinema em Nova Iorque. Aniversários felizes são sempre bem vindos.
No meio das tempestades de crises e de conflitos em que andamos envolvidos em nome do desenvolvimento, sabe bem lembrarmos o rato mais famoso do mundo com as suas grandes orelhas pretas, o MICKEY, herói que fez durante décadas as delícias de milhões de miúdos e graúdos. Em especial para nós graúdos, para quem o Mickey e os seus Amigos eram uma permanente fonte de diversão, de boa disposição, de graça e de festa e uma boa ajuda para o "desenvolvimento de capacidades cognitivas, socias e criativas".
Mickey é uma figura do imaginário que nunca esquecerei. Um símbolo da minha infância.
Mickey foi perdendo para os “novos" heróis do século XXI, mas tenho esperança que, como aliás acontece na moda que vai e que vem, que volte para fazer brilhar os olhos das crianças...

6 comentários:

Bartolomeu disse...

Sem dúvida, menina Margarida, uma época que deixou saudades.
Mas quem seria o Mickei, sem a sua inseparável Minie, ou ainda sem o seu amigo Pateta?
Foram estes herois da banda desenhada e da animação, responsáveis tambem pela formação do carácter de uma geração que não possuía computadores (vulgo Magalhães)Play Station's ou outras tecnologias electrónicas, mas que foram crianças muito felizes. Não percebo como é que isso foi possível...
;)

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro menino Bartolomeu
Ontem estive a ver um pequeno filme do Mickey para matar saudades e adorei!
A propósito dos Magalhães e companhias lembrei-me da seguinte reflexão. Em cada momento tudo o que é (ou existe) é o possível. A evolução mostra-nos que podemos viver em cada época com o que temos, sem sabermos, suspeitarmos ou ficcionarmos o que poderíamos ter. Tiramos partido em cada momento do que temos. Questão interessante é a de saber qual a correspondência que se estabelece entre o que temos em cada momento e a felicidade que nos proporciona, no momento e deixando sementes para o futuro. É uma questão para a qual não tenho uma resposta.
Claro que os Magalhães poderiam exibir o Mickey, só que agora os "novos" heróis são mais importantes...

Bartolomeu disse...

Estaria completamente de acordo com a sua observação, cara Margarida, se deste polinómio não fizessem parte dois monómios que são: o facto de analisarmos o passado, do futuro em relação ao mesmo, apesar de nos encontrarmos no presente e ainda, o facto de "aquilo que temos", não ser muitas vezes a resposta às nossas necessidades, mas sim a satisfação de desejos privados, ilusóriamente criados para nosso proveito.
É obvio que não me refiro a descobertas ciêntíficas do mais alto valor. A este propósito, alguem me diz, pendurado do seu fato Zenha,saindo do interior de um veículo de luxo que lhe terá custado tanto quanto uma máquina para tratamento de doenças graves, que alguns hospitais não possuem porque õ orçamento não lhes permite, que se não fosse assim, o mundo e as sociedades não teriam conhecido a evolução e ainda viveríamos na idade das trevas.
Ainda assim, estmos com muita sorte, ha para quem as trevas se tenham dissipado, é só ter paciência e esperar pela nossa vez.
Vejo!
;)

Suzana Toscano disse...

O Mickey e o seu arqui inimigo João Bafo de Onça e os irmãos Metralha, que bela recordação aqui nos traz, Margarida! Era uma emoção quando juntávamos dinheiro entre os irmãos para comprar o almanaque Disney e depois negociávamos a ordem pela qual podíamos ler e o tempo que era admitido a cada um. Se passasse aquele prazo sem ler tudo, passava ao que tinha a vez seguinte e as negociações multiplicavam-se por aí fora.O almanaque sofria as maiores vicissitudes até chegar às mãos do que tinha ficado em último lugar, que por sua vez seria o primeiro a ler da vez seguinte... As histórias da nossa infância misturam-se sempre com as histórias do Mickey e do Pateta...

jotaC disse...

Convenhamos que foi uma produção artística de muitos "nekinhos e nekinhas" que marcou a meninice de milhões de pessoas. A sua singeleza não se compara em nada à sofisticação dos de hoje, e até os enredos das histórias a que davam corpo, também são hoje bem diferentes, mais frenéticas e impróprias para adultos cardíacos, quanto mais para miúdos reactivos!... Mas enfim, é evolução normal das coisas, e o que importa, cara Dra. Margarida, é continuarmos a preservar alguma daquela meninice, apesar das rugas que vão aparecendo...

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Bartolomeu
Não discordo da sua observação sobre os "dois monómios". Mas as necessidades e desejos são expressões que se podem confundir, já que as necessidades podem dar lugar a desejos e os desejos podem originar necessidades. As necessidades evoluem e os desejos também, em função de variadíssimos factores e nem sempre o que temos satisfaz convenientemente as nossas necessidades, assim como muito do que temos nem sabemos se é o melhor, pelo simples facto de que nos acomodamos a viver com aquilo que temos. Enfim, Caro Bartolomeu, estes trocadilhos davam bem para uma longa conversa...
Suzana
Excelente sistema de regras a comprovar que uma negociação equilibrada deixa todas as partes satisfeitas. Viva o Mickey!
Caro jotaC
À medida que as "brancas" nos vão pintando o cabelo, parece até que valorizamos mais as nossas meninices, o nosso lado de criança, que afinal de contas nunca se perde...