Está frio em Coimbra. Presumo que o resto do país não esteja melhor.
Acabo de assistir à inauguração da Casa da Escrita, a casa onde João José Cochofel, poeta e ensaísta, conjuntamente com outros autores portugueses, deram forma e conteúdo ao neorrealismo português.
Ouvi várias intervenções, momentos de poesia e pausas musicais, mas a intervenção de Eduardo Lourenço foi notável. É uma honra ter como compatriota uma sonoridade intelectual de tão elevado nível. Ao sair do espaço, nem o frio nem a tristeza dos malditos dias curtos conseguiram arrefecer o calor que transportava na alma.
Adquiri o livro, Breve, uma antologia do poeta. Vale a pena lê-lo. Contem um poema intitulado “Breve”.
Acabo de assistir à inauguração da Casa da Escrita, a casa onde João José Cochofel, poeta e ensaísta, conjuntamente com outros autores portugueses, deram forma e conteúdo ao neorrealismo português.
Ouvi várias intervenções, momentos de poesia e pausas musicais, mas a intervenção de Eduardo Lourenço foi notável. É uma honra ter como compatriota uma sonoridade intelectual de tão elevado nível. Ao sair do espaço, nem o frio nem a tristeza dos malditos dias curtos conseguiram arrefecer o calor que transportava na alma.
Adquiri o livro, Breve, uma antologia do poeta. Vale a pena lê-lo. Contem um poema intitulado “Breve”.
Uma casa diferente, uma casa para escrever...
Uma casa em que “O fogo do lar é a escrita”.
Breve,
o botão que foste,
e o pudor de sê-lo.
Breve,
o laço vermelho
dado no cabelo.
Breve,
a flor que abriu
- e o sol mudou.
Breve
tanto sonho findo
que a vida pisou.
5 comentários:
Já fazia falta um pouco de boa poesia no 4r, que bem sabe, caro Massano cardos!
Belíssimo. Ainda melhor com as imagens da nova Casa da Escrita.
http://farm6.static.flickr.com/5007/5215333953_1077fff28b_z.jpg
http://farm5.static.flickr.com/4131/5215337241_58a602ff40_z.jpg
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Cumprimentos
Obrigado pelas fotografias. Tem toda a razão. Escolhi uma, muito mais digna.
A casa foi comprada há sete ou oito anos. Nesse tempo havia crise? Devia haver, menos do que agora, com toda a certeza, mas havia, aliás como sempre houve e pelo andar da carruagem sempre haverá, mas pelo menos existe, em Coimbra, o que não é mau de todo. O pior é quando se gasta muito, mal e sem proveito. Veja-se a história do metro de Coimbra. Milhões à rua, e agora? Sem metro e sem comboio no ramal da Lousã! O dinheiro que se gastou com a compra da casa, em 2003, ou em 2002 foram 750.000 euros. Exemplos de iniciativas que custaram dezenas de milhões? É fácil! Basta ir ao Porto ou a Lisboa, e só no âmbito da cultura...
Não é uma pedra no sapato a iniciativa em Coimbra, o pior são os rochedos que nos caiem na cabeça. Esses sim, não incomodam muito, porque matam, e matam “culturalmente”...
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