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domingo, 3 de abril de 2011

Cultura do exemplo precisa-se...

O ponto não é só a origem dos fundos para fazer a festa da inauguração de um troço da CRIL. O ponto é de natureza ética. Mais uma vez o plano não é apenas material, mas essencialmente moral. Num momento em que há sacrifícios que estão a ser impostos às pessoas, às famílias e às empresas, e ainda que os tempos fossem de prosperidade, e em que há escassez e rotura de recursos financeiros - com empresas públicas em dificuldades para pagar salários ou tribunais sem dinheiro para pagar telefones e papel para as impressoras - manda a boa gestão da coisa pública e o interesse colectivo que não se gaste dinheiro em inaugurações e se poupe nos eventos públicos.

Gastar 100.000 euros para montar uma tenda e deitar foguetes na inauguração de uma obra pública paga com dinheiros dos contribuintes ou utilização de fundos comunitários que poderiam ser gastos em despesa produtiva não é aceitável. São estes comportamentos que precisam de ser alterados. Sobriedade e critério na utilização de dinheiros públicos são princípios que há muito andam desaparecidos. Precisamos de recuperar a cultura do exemplo e este vem de cima. Pode ser que a crise ajude...

3 comentários:

Bartolomeu disse...

Mas isto vai-se compor... ai vai, vai. E já falta muito pouco.

Bmonteiro disse...

Claro que vai compor-se e de que modo.
Não garanto, é que num futuro beberete em Belém, não voltemos a ver o expoente militar, político e cívico Valentim Loureiro e cara metade.
A convite do protocolo de Estado.
Do estado a que chegou este Estado.

skeptikos disse...

A propósito de ética ou da falta da dita, pois parece que:

«Jorge Miguéis pediu a demissão de Director-Geral da Administração Eleitoral após os problemas nas passadas eleições presidenciais de Janeiro deste ano. O ministro da Administração Interna Rui Pereira não aceitou a sua demissão. Optou antes por promovê-lo, pelos seus "excelentes serviços prestados" ao Governo PS nomeando-o agora Director-Geral da Administração Interna para as eleições legislativas do próximo dia 5 de Junho, acumulando assim com o cargo que já exercia anteriormente de Director-Geral da Administração Eleitoral. Parece estar declarada guerra aberta para estas eleições legislativas entre PS e PSD. Será tudo isto fachada para esconder jogos de bastidores e negociatas entre precisamente PS e PSD, ambos partidos considerados "úteis" à estabilidade europeia e da NWO?»

http://amafiaportuguesa.blogspot.com/2011/04/jorge-migueis-nao-demitido-foi-ate.html

Dá que pensar e lamentar!