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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Toalhas lisas, às riscas e aos quadradinhos...

Já cá faltava o Zé com as suas ideias brilhantes. Não sei o que aconteceu à brilhante ideia de criar uma empresa municipal para gerir a marca de vinho e de azeite da Capital, de amêijoas e corvinas do Tejo. Espero que não tenha saído do papel, mas as ideias ficaram a fervilhar na cabeça do vereador José Sá Fernandes.

E aí está uma outra ideia luminosa. Desta feita para travar a desqualificação do espaço público da zona da Baixa pombalina. Nada como definir as cores, os tamanhos e os materiais das cadeiras, chapéus-de-sol, menus e porta-guardanapos dos restaurantes, tudo para facilitar a vida dos empresários. Quem quiser o licenciamento rápido adopta a farda, quem tiver a ousadia de inovar ficará nas mãos de um qualquer "decorador" camarário. Tudo por uma boa causa, uniformizar e acabar com o excesso de mobiliário e uma deficiente qualidade dos seus modelos.

Sem dúvida, que não fica bem numa zona nobre de Lisboa que as esplanadas sejam mobiladas com mesas e cadeiras de plástico, como também não fica bem que uma zona tão bonita da cidade não esteja embelezada com flores nas zonas pedonais.

Não é proibindo toalhas às riscas e aos quadradinhos que se reabilita e requalifica a Baixa pombalina. O nosso Zé não consegue ir mais longe de tão brilhantes que são as suas ideias. Classe e categoria é o que falta a quem regulamenta com trapos e fitas a requalificação de Lisboa…

3 comentários:

Pinho Cardão disse...

De facto, ideia luminosíssima!
Tudo igual, para ser aprovado.
Ainda vamos ver o pessoal das esplanadas ataviados com vestimentas uniformizadas à Mao Tsé Tung, os menús todos com os mesmos pratos, depositados em cima de toalhas iguais, com talheres, copos, garrafas e marcas de vinho uniformizados.
E haverá condecorações anuais de heróis do trabalho.
A revolução bloquista começa nas esplanadas. Quem não aderir, pois que mude de ramo.

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria disse...

Não sei se sabem que este tipo de estrategas/técnicos já opera no Allgarve. Há três anos ouvi um comerciante comentar que o fiscal da câmara tinha-o multado porque o azul do placard com o nome da loja não era igual ao azul da fotografia do mesmo placard aquando do pedido de licenciamento para fixação do mesmo, que tinha sido feito havia 5 anos. Parece que era uma diferença entre azul vivo e azul petróleo. O comerciante teve mesmo que pagar a multa para manter a loja aberta. Reclamar representaria um tormento e submeter novo pedido para licenciar o novo placard representaria uma aventura burocrática e uma despesa muito superior à multa. Eu vi a fotografia e na minha opinião os dois placards eram idênticos, podendo a ligeira diferença na tonalidade do azul ter sido atribuída à hora do dia em que o placard foi fotografado.