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sexta-feira, 22 de abril de 2011

A "paixão" de Teixeira dos Santos

“São convidadas umas centenas de pessoas e muitos milhares não são convidados”, referiu Vieira da Silva, referindo-se ao facto de o PS não ter convidado Teixeira dos Santos para Deputado.
Depois de humilhado até ao limite do abjecto por António Costa, agora é Vieira da Silva e o PS a desconsiderarem Teixeira dos Santos.
A avaliar pelos resultados, Teixeira dos Santos foi o pior Ministro das Finanças, pelo menos pós o 25 de Abril. Se ele era de facto o Ministro das Finanças, foi o pior Ministro pelas políticas erradas que activamente empreendeu, dinamizou e sustentou. Se o Ministro das Finanças era Sócrates, Teixeira dos Santos permitiu e também sustentou as políticas que levaram à maior crise das finanças públicas portuguesas dos últimos 120 anos. Devia então ter-se demitido, por uma questão de honra e dignidade, como fez Campos e Cunha. Teixeira dos Santos serviu mal os portugueses, mas foi leal serventuário do Governo. Por isso, o PS e Sócrates deviam estar-lhe agradecidos.
Todavia, depois dos "serviços" prestados e depois de ter sido o capacho do 1º Ministro, Teixeira dos Santos é agora sacudido e deitado borda fora. Para ser ele, por inteiro, a carregar os pecados de Sócrates. Um fel que provará até à última gota.

Na política pura e dura que o PS sempre seguiu, não há lugar para qualquer reconhecimento, muito menos gratidão. É que, para ilibar Sócrates, o PS não brinca em serviço.

5 comentários:

Anónimo disse...

Normalmente é este o final que a história reserva para aqueles que, sem coluna vertebral, se prestam a ser testas de ferro seja do que ou de quem for. Aceitam ser testas de ferro de algo ou alguém, não é? Bem, então são-no até ao fim e isto implica necessariamente ser humilhado quando as coisas correm mal.

aristófanes disse...

e quem será o próximo invertebrado a ser apontado para o MF? será mais inapto que TS, certamente.

Elisabete Cruz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
José Domingos disse...

Só vão ficar os donos do pinto de sousa, esses são intocáveis.
O criminoso, que levou o país á ruina, vai servindo, até o pessoal do avental, o descartar. O polvo, não conhece ninguém, só os seus objectivos.

Félix Esménio disse...

Uma perspectiva mais jurídico-judaica:

O artº 138º do Código Penal Português contempla um instituto jurídico designado de “Exposição ou abandono” que, na alínea b) do nº 1, poderia enquadrar a situação em apreço, passe a ironia.

Porém, o artº 133 do Código Penal Brasileiro, no capítulo da Periclitação, adequa-se melhor à situação descrita, com a epígrafe “Abandono de incapaz” - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono, é punível….

Sócrates necessita de bodes expiatórios.

“Em sentido figurado, um "bode expiatório" é alguém que é escolhido arbitrariamente para levar (sozinho) a culpa de uma calamidade, crime ou qualquer evento negativo (que geralmente não tenha cometido). A busca do bode expiatório é um acto irracional de determinar que uma pessoa ou um grupo de pessoas, ou até mesmo algo, seja responsável de um ou mais problemas sem a constatação real dos factos.
A busca do bode expiatório é um importante instrumento de propaganda. Um clássico exemplo são os judeus durante o período nazi, que eram apontados como culpados pelo colapso político e pelos problemas económicos da Alemanha.
Os grupos usados como bode expiatórios foram (e são) muitos ao longo da História, variando de acordo com o local e o período. Os negros, os imigrantes, os comunistas, os americanos, a Igreja Católica, as igrejas não católicas, os "nordestinos no Brasil", as "bruxas", as mulheres, os pobres, os judeus, os homossexuais, os leprosos, os deficientes físicos e/ou mentais, os ciganos etc.” in Wikipédia. Em Portugal, acrescentaríamos o PSD, a oposição, o PSD, o Fernando Nobre, o PSD, o Passos Coelho, o PSD, a crise internacional, o PSD, o FMI, o PSD… não quero maçar mais, mas a culpa da crise é das propostas PERIGOSAS do… (vá lá, puxem pela imaginação e surpreendam-me).

Será que o povo português ainda acredita? As sondagens fazem crer que sim…