No Parlamento, ouvido na qualidade de antigo secretário de estado das obras públicas, Paulo Campos afirmou ontem que as Parcerias Público-Privadas não custam ao País um cêntimo em vista dos benefícios que geram. Não me surpreendem estas afirmações, aliás corroboradas pelo também inenarrável ex-ministro das obras públicas na mesma sede. São afirmações de quem há muito revelou pertencer ao clube daqueles que, à beira do abismo, aconselham a dar um passo em frente.
Para lá da inconsequência destas audições parlamentares, não deixa - isso sim - de me surpreender que a atual direção do PS, que necessita como pão para a boca de afirmar a sua credibilidade, não se sinta incomodada com afirmações destas perante tudo o que instituições independentes já disseram sobre o desastre das PPP. Ou, se se sente incomodada, não o manifeste pelo menos de forma igual à que exigiu que a liderança do PSD tomasse em reação a desmandos de gente sua.
9 comentários:
Sempre foram assim, caro Ferreira de Almeida, são assim e serão sempre assim. Nada a fazer.
Com a agravante de muitos dos responsáveis pelo descalabro, em vez de terem uma actuação discreta, andarem por aí a dar conselhos e em manifestações de publicas virtudes. Com os media submissamente a ouvi-los e a divulgar os seus enormes pensamentos.
"não custam ao País um cêntimo em vista dos benefícios que geram"
Solipsismo galopante.
José Mário
No estado em que deixaram o país, continuam a fazer de conta que não é nada com eles. Deveriam ter algum recato, em vez de andarem a tentar branquear o desastre em que nos deixaram. Não há vergonha.
Até o pai do modelo das PPP veio há dias perorar sobre a matéria, insurgindo-se contra o actual estado de coisas. Quase insano, de facto.
Pois.
As centenas de Km de auto estradas sem trânsito (em julgado),
não custam um cêntimo em relação a um benefício de banda larga.
Na Cavalaria, uma boa besta diria o mesmo.
Ingovernáveis, nada a fazer.
Venho confessar o beneficio (ontem) de obras (regime ppp) daqueles 3 cranios (ex-ministros "jamais" e Mendonça e ex-sec estado P Campos): tive de ir a Oliveira de Azeméis, utilizei a A41 e a A32 (esta, que nem imaginava existir) e, sob um intenso temporal, senti alguma seguranca por nao ter ninguém a circular naquelas vias, dado o conhecido cuidado dos condutores portugueses. Mas pensei no custo para o contribuinte (em que me incluo) e na ligeireza das decisões tomadas. Sera que fizeram alguns estudos? Conhecendo o estilo do ex-secretario de estado, inclino-me a pensar que nao...
Venho confessar o beneficio (ontem) de obras (regime ppp) daqueles 3 cranios (ex-ministros "jamais" e Mendonça e ex-sec estado P Campos): tive de ir a Oliveira de Azeméis, utilizei a A41 e a A32 (esta, que nem imaginava existir) e, sob um intenso temporal, senti alguma seguranca por nao ter ninguém a circular naquelas vias, dado o conhecido cuidado dos condutores portugueses. Mas pensei no custo para o contribuinte (em que me incluo) e na ligeireza das decisões tomadas. Sera que fizeram alguns estudos? Conhecendo o estilo do ex-secretario de estado, inclino-me a pensar que nao...
O pior é o que parece que o método resulta...
...e o resultado compensa, pelos vistos.
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