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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

À atenção do PS

No Parlamento, ouvido na qualidade de antigo secretário de estado das obras públicas, Paulo Campos afirmou ontem que as Parcerias Público-Privadas não custam ao País um cêntimo em vista dos benefícios que geram. Não me surpreendem estas afirmações, aliás corroboradas pelo também inenarrável ex-ministro das obras públicas na mesma sede. São afirmações de quem há muito revelou pertencer ao clube daqueles que, à beira do abismo, aconselham a dar um passo em frente.
Para lá da inconsequência destas audições parlamentares, não deixa - isso sim - de me surpreender que a atual direção do PS, que necessita como pão para a boca de afirmar a sua credibilidade, não se sinta incomodada com afirmações destas perante tudo o que instituições independentes já disseram sobre o desastre das PPP. Ou, se se sente incomodada, não o manifeste pelo menos de forma igual à que exigiu que a liderança do PSD tomasse em reação a desmandos de gente sua.

9 comentários:

Pinho Cardão disse...

Sempre foram assim, caro Ferreira de Almeida, são assim e serão sempre assim. Nada a fazer.
Com a agravante de muitos dos responsáveis pelo descalabro, em vez de terem uma actuação discreta, andarem por aí a dar conselhos e em manifestações de publicas virtudes. Com os media submissamente a ouvi-los e a divulgar os seus enormes pensamentos.

RioD'oiro disse...

"não custam ao País um cêntimo em vista dos benefícios que geram"

Solipsismo galopante.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

José Mário
No estado em que deixaram o país, continuam a fazer de conta que não é nada com eles. Deveriam ter algum recato, em vez de andarem a tentar branquear o desastre em que nos deixaram. Não há vergonha.

Anónimo disse...

Até o pai do modelo das PPP veio há dias perorar sobre a matéria, insurgindo-se contra o actual estado de coisas. Quase insano, de facto.

Bmonteiro disse...

Pois.
As centenas de Km de auto estradas sem trânsito (em julgado),
não custam um cêntimo em relação a um benefício de banda larga.
Na Cavalaria, uma boa besta diria o mesmo.
Ingovernáveis, nada a fazer.

MM disse...

Venho confessar o beneficio (ontem) de obras (regime ppp) daqueles 3 cranios (ex-ministros "jamais" e Mendonça e ex-sec estado P Campos): tive de ir a Oliveira de Azeméis, utilizei a A41 e a A32 (esta, que nem imaginava existir) e, sob um intenso temporal, senti alguma seguranca por nao ter ninguém a circular naquelas vias, dado o conhecido cuidado dos condutores portugueses. Mas pensei no custo para o contribuinte (em que me incluo) e na ligeireza das decisões tomadas. Sera que fizeram alguns estudos? Conhecendo o estilo do ex-secretario de estado, inclino-me a pensar que nao...

MM disse...

Venho confessar o beneficio (ontem) de obras (regime ppp) daqueles 3 cranios (ex-ministros "jamais" e Mendonça e ex-sec estado P Campos): tive de ir a Oliveira de Azeméis, utilizei a A41 e a A32 (esta, que nem imaginava existir) e, sob um intenso temporal, senti alguma seguranca por nao ter ninguém a circular naquelas vias, dado o conhecido cuidado dos condutores portugueses. Mas pensei no custo para o contribuinte (em que me incluo) e na ligeireza das decisões tomadas. Sera que fizeram alguns estudos? Conhecendo o estilo do ex-secretario de estado, inclino-me a pensar que nao...

Suzana Toscano disse...

O pior é o que parece que o método resulta...

Anónimo disse...

...e o resultado compensa, pelos vistos.