Exatamente, meu caro Paulo Pereira. VB nada disse de especial. Sabe, gosto de anotar coisas prosaicas, que correspondem ao senso comum, mas esclarecido. Estou farto das imbecilidades especiais ditas por mentes brilhantes.
Concordo caro JM Ferreira de Almeida que imbecilidades ditas por quaisquer mentes não ajudam em nada, mas só com senso comum não vai lá, por isso se inventou a ciência.
O que teria sido bom era uma pessoa como o Vitor Bento ser o MF actual em vez do Vitor Gaspar, que tem imensa falta de senso comum.
Ó Paulo Pereira, o careca não foi para MF porque iria perder muito dinheiro ao abandonar, temporariamente, os cargos que desempenha atualmente. Palavras do homem.
Entretanto, não tem qualquer pejo em defender o desemprego e a miséria para os outros. A isso se chama bom senso.
Aliás, antes do período sabático que fiz por aqui (e que em muito contribuiu para o elevar da conversa no blogue, diga-se), em razão do meu périplo negocial por este nosso planetazinho insignificante, deixei aqui, várias vezes, um desafio: o de me dizerem o que se vai fazer com os funcionários públicos que o governo vai mandar para o desemprego eterno. Continuo à espera de resposta.
Aliás, foi essa mesma pergunta que fiz, há umas semanas, a um cheiroso secretário de estado da nossa Conceição da lavoura. O homem encolheu os ombros e o máximo que disse foi que tinham de se desenrascar.
De acordo, caro Paulo Pereira. Mas notará que tive o cuidado de escrever "senso comum esclarecido". Já quanto à substituição que propõe, não sei se seria melhor para o País e muito menos se se trataria de medida sensata. Ouço Vitor Bento a dizer que não, que seria insensato prescindir de VG. Tal como o seria se, em 1983-85 Mário Soares tivesse cedido às pressões para substituir o ministro das finanças de quem se disse cobras e águias. É ele que o diz. Não espanta também nesta tirada, é certo. Mas não sendo uma tirada genial, chama a atenção para o que está longe de ser dispiciendo. Deixe-me escrever uma última coisa para evitar equívocos. Sei bem da essencialidade do conhecimento, a importância da ciência (alargando o conceito) e da técnica. Mas também sei que não há conhecimento que se imponha quando as sociedades não estão preparadas para aceitar as consequências de determinados fenómenos por muito estudadas que estejam. Sobretudo quando estamos a falar de conhecimentos tributários de ciências humanas, como é o caso, em que os comportamentos das pessoas constituem variantes que não podem ser postas de lado. O iluminismo contribuiu para a revolução porque não conseguiu limitar a soberba do conhecimento... VB não disse nada de extraordinário para quem de economia entende para além do que ensinam os manuais da dita para tótós. Mas o que disse é correto, e sobretudo disse-o sem lançar mais inquietação. Ora, há-de concordar comigo - desculpe a pretensão - que o País, a Europa, precisam muito de paz social e de quem a saiba promover, e dispensam bem os desajeitados mas muito sábios elefantes que se movimentam na loja de louça em que transformaram a UE.
9 comentários:
'andam lobis esfomeados'
O Álavaro não é permeável a lobbies...
Caro JM Ferreira de Almeida,
O que disse o Vitor Bento de especial ?
Exatamente, meu caro Paulo Pereira. VB nada disse de especial. Sabe, gosto de anotar coisas prosaicas, que correspondem ao senso comum, mas esclarecido. Estou farto das imbecilidades especiais ditas por mentes brilhantes.
Concordo caro JM Ferreira de Almeida que imbecilidades ditas por quaisquer mentes não ajudam em nada, mas só com senso comum não vai lá, por isso se inventou a ciência.
O que teria sido bom era uma pessoa como o Vitor Bento ser o MF actual em vez do Vitor Gaspar, que tem imensa falta de senso comum.
Ó Paulo Pereira, o careca não foi para MF porque iria perder muito dinheiro ao abandonar, temporariamente, os cargos que desempenha atualmente. Palavras do homem.
Entretanto, não tem qualquer pejo em defender o desemprego e a miséria para os outros. A isso se chama bom senso.
Aliás, antes do período sabático que fiz por aqui (e que em muito contribuiu para o elevar da conversa no blogue, diga-se), em razão do meu périplo negocial por este nosso planetazinho insignificante, deixei aqui, várias vezes, um desafio: o de me dizerem o que se vai fazer com os funcionários públicos que o governo vai mandar para o desemprego eterno. Continuo à espera de resposta.
Aliás, foi essa mesma pergunta que fiz, há umas semanas, a um cheiroso secretário de estado da nossa Conceição da lavoura. O homem encolheu os ombros e o máximo que disse foi que tinham de se desenrascar.
De acordo, caro Paulo Pereira. Mas notará que tive o cuidado de escrever "senso comum esclarecido".
Já quanto à substituição que propõe, não sei se seria melhor para o País e muito menos se se trataria de medida sensata. Ouço Vitor Bento a dizer que não, que seria insensato prescindir de VG. Tal como o seria se, em 1983-85 Mário Soares tivesse cedido às pressões para substituir o ministro das finanças de quem se disse cobras e águias. É ele que o diz. Não espanta também nesta tirada, é certo. Mas não sendo uma tirada genial, chama a atenção para o que está longe de ser dispiciendo.
Deixe-me escrever uma última coisa para evitar equívocos. Sei bem da essencialidade do conhecimento, a importância da ciência (alargando o conceito) e da técnica. Mas também sei que não há conhecimento que se imponha quando as sociedades não estão preparadas para aceitar as consequências de determinados fenómenos por muito estudadas que estejam. Sobretudo quando estamos a falar de conhecimentos tributários de ciências humanas, como é o caso, em que os comportamentos das pessoas constituem variantes que não podem ser postas de lado. O iluminismo contribuiu para a revolução porque não conseguiu limitar a soberba do conhecimento...
VB não disse nada de extraordinário para quem de economia entende para além do que ensinam os manuais da dita para tótós. Mas o que disse é correto, e sobretudo disse-o sem lançar mais inquietação. Ora, há-de concordar comigo - desculpe a pretensão - que o País, a Europa, precisam muito de paz social e de quem a saiba promover, e dispensam bem os desajeitados mas muito sábios elefantes que se movimentam na loja de louça em que transformaram a UE.
Caro JM Ferreira de Almeida ,
Permita-me que discorde muitissimo da sua ultima frase.
O que o país e a UE precisam é de arrepiar caminho e muito depressa desta via para o abismo economico e social.
Diria que o país e a UE terão até final de Setembro para mudar , se não terá de ser mesmo pela falta de paz social.
Manter esta morte lenta não vai ser possivel .
Meu caro Paulo Pereira, desejo ardentemente que não tenha razão.
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