É uma boa notícia. Até ao final do mês o SNS vai permitir que os doentes escolham o hospital onde querem ser atendidos. A escolha do hospital terá em conta prioritariamente, as preferências dos utentes baseadas em critérios de conveniência pessoal e da natureza da resposta das instituições".
Que sentido faz um doente estar meses em fila de espera por uma consulta de especialidade no hospital que serve a sua área de residência, quando num outro hospital que lhe seja acessível seria atendido num menor tempo?
Esta liberdade de escolha irá permitir uma melhor distribuição e racionalização dos recursos da saúde e vai gerar competitividade entre hospitais. O resultado será, em princípio, uma melhoria do funcionamento dos hospitais e, consequentemente, um aumento da capacidade de resposta.
Esperemos que o novo modelo resulte. Trata-se de uma mudança de paradigma. Nestes casos é habitual existirem resistências. Havendo resultados positivos e a demonstração de evidência de vantagens, as resistências tenderão a desaparecer. Os doentes agradecem.
5 comentários:
Margarida.
Óptimo seria o SNS ser convertido num "Seguro" tipo ADSE, e os hospitais públicos concorrerem com os privados.
Hoje nem os privados sentem a concorrência do publico, nem vice versa.
Os clientes estão cativos.
Liberdade de escolha dentro da miséria? Mas concordo alguma liberdade dará.
Pelo menos vai aumentar as filas de espera nos melhores.
Em minha opinião, ser dada aos doentes a liberdade de escolha, não me parece que constitua uma vantagem para os mesmos.
Penso que seria realmente vantajoso se fosse criada uma base informatizada de comunicação "on-line" capaz de permitir ao médico, no ato do atendimento e diagnóstico, saber qual o equipamento, dentro da rede do serviço público e convencionado, que apresentasse maior disponibilidade para tratar o problema daquele doente e, sugerir-lhe o encaminhamento para o mesmo.
Caro Bartolomeu
Mas a liberdade de escolha está inserida, tanto quanto percebi, na organização que descreveu. No momento da consulta o médico verifica as disponibilidades de atendimento nos hospitais e tendo em conta as preferências do doente, designadamente a proximidade, assim será escolhido o hospital.
Caro Vasco Ja Foste
Os tempos de espera têm que ver com a organização dos recursos. Há uma grande assimetria de acessibilidade que é explicada pela deficiente distribuição dos recursos face às necessidades, mas também pela melhor ou pior gestão é organização dos recursos em cada hospital. Penso que o objectivo é melhorar nos dois lados, melhorando assim a acessibilidade dos doentes aos serviços de saúde.
Margarida, oportuno post, este.
Tempos houve em que os meios recomendavam a alocação de utentes a estabelecimentos em concreto. Aliás, o planeamento da rede obedecia a critérios que atendiam ao número de potenciais utentes dos estabelecimentos de uma determina área geográfica. Hoje, com as infraestruturas e tecnologias que relativizam as distâncias pode e deve prevalecer a livre escolha do estabelecimento de saúde que seja mais conveniente.
Neste capítulo, é pena estar-se a regredir liberdade de educação.
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