... marca o fim de mais um monopólio.
Aquele que fazia da Presidência da República o eterno bastião da esquerda.
A democracia tem destas coisas, umas vezes perde-se, outras ganha-se.
Mas acima de tudo tolera-se, respeita-se.
Num país onde ainda vinga a ideia de surpremacia intelectual de uma certa esquerda.
Num país com uma constituição cujo preâmbulo ainda fala em "abrir caminho para uma sociedade socialista"... e que a esquerda não deixa alterar!
Num país que certos intelectuais ainda vendem como sendo sociologicamente de esquerda.
Hoje, toma posse como Presidente da República um homem cujo percurso e talento têm contribuído para destruir grande parte destes mitos.
Cavaco Silva deu a primeira maioria absoluta ao centro direita em Portugal.
Cavaco Silva é o primeiro Presidente da República que não é oriundo da esquerda.
O simples facto de ter contribuído para esta diversidade democrática em Portugal, seria suficiente para o colocar na história do pós 25 de Abril, a par de figuras como Francisco Sá Carneiro ou Mário Soares.
Mas em minha opinião, Cavaco Silva faz a diferença.
Basta pensarmos que ainda tem pela frente dois mandatos como Presidente da República.
É muito tempo!
4 comentários:
Caro Vitor Reis,
Deste seu post depreende-se, que para si, definitivamente, o Prof Cavaco é de Centro Direita - pessoalmente, não sei se será bem assim.
Percepciono também neste seu texto, algumas reminiscências de um certo complexo de direita.
Todavia numa coisa estou de acordo consigo, o Prof. Cavaco Silva rompe com o paradigma dos presidentes associados ao 25 Abril.
Cumprimentos,
AAF
Vitor:
Um abraço para ti, e deixa-me aproveitar a boleia, parabéns à Drª Suzana Toscano e ao Prof. David Justino.
Quanto ao monopólio... Só o jogo.
By the way, este blog já lançou dois nomes para Belém... Promete... Eu, por mim, aceito o Kremlin.
Qual de nós telefona ao Putin? ;)
Monopólio da esquerda.
Mas qual esquerda ?
Acha mesmo que os que têm lá estado são de esquerda?
É que se eles são de esquerda eu prefiro ser maneta, que me perdoem os deficientes.
Pelos vistos, gosta da palavra, mas só delas.
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