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Relatório das Nações Unidas sobre a situação em Guantanamo.
«É certo que os terroristas são criminosos internacionais, com cuja actuação não se podem compadecer as nações e os povos livres, nem os defensores dos direitos humanos. O terrorismo, pela negação da vida, valor supremo da humanidade, deve ser combatido sem tréguas e sem compromissos, sob pena de minar os alicerces das democracias, nomeadamente quando recorre ao terrorismo suicida. A apologia da morte, qualquer que seja a perspectiva recompensatória extra-terrena, é a negação da nossa própria existência como homens.
Sabemos que o terrorismo germina no terreno fértil da opressão, da marginalização e da discriminação, alimentado pelos fundamentalistas religiosos e por políticos sem escrúpulos.
Mas não é possível recorrermos aos métodos terroristas, ao terrorismo de Estado, para combater os terroristas; lutar na batalha do terrorismo com os seus meios, e os seus princípios, será o fim da civilização, o retorno à barbárie, ao olho por olho e dente por dente.
Seria um retrocesso civilizacional sem precedentes na história moderna e contemporânea».
Posição da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Portugal
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