Sempre me fez uma estranha confusão essa coisa de o PS, de tempos a tempos, sobretudo em altura de eleições e, mais particularmente, de eleições presidenciais, pretender ser assimilado aos partidos comunista e bloquista, dando-lhe para clamar veementemente pela unidade da esquerda para derrotar a direita como, aliás, ainda recentemente aconteceu nas Presidenciais.
O que significaria que o PC e o Bloco estariam próximos do ideário socialista e este próximo do ideário totalitário daqueles e nos antípodas dos valores da direita.
Se as coisas fossem mesmo assim, seria natural um cerrar fileiras das forças comunistas e bloquistas em torno dos grandes princípios do Governo PS, que têm a sua consagração na legislação que esse Governo de esquerda tem submetido à Assembleia da República.
No entanto, tem-se verificado que são o PC e o Bloco que menos têm apoiado o Governo e o PSD e o CDS quem mais o tem apoiado. Um artigo no Diário de Notícias de hoje demonstra-o cabalmente.
Na Sessão Legislativa que agora terminou, o PC foi o partido que menos votou as propostas do Governo, apenas 21 vezes, seguido pelo Bloco, que votou 30 propostas favoravelmente; ao contrário, o PSD votou a favor 38 propostas do Governo e o CDS votou favoravelmente 37 propostas.
Por outro lado, o PSD e o CDS foram também os partidos que votaram contra menos propostas do Governo, apenas dez e onze, respectivamente, enquanto o Bloco votou contra 28 propostas e o PC 30 propostas.
Da natureza das votações no Parlamento, três conclusões se podem tirar:
-ou o PSD e o CDS, ao apoiarem assim o Governo, que se diz de esquerda, são também de esquerda, o que faz que o PC e o Bloco sejam de direita
-ou o Governo, ao contrário do que diz, é de direita e produz legislação de direita, o que justifica as votações do PSD e do CDS
-ou esta questão de esquerda e de direita tem cada vez menos sentido e só serve para ultrapassar nostalgias ancestrais, em que comunistas e socialistas afeiçoavam a unidade da esquerda em vigorosos combates ideológicos e corpo a corpo em turbulentas internacionais.
Mesmo correndo o risco certo de ser acusado de direita, penso bem que a última conclusão é a correcta!... O resto é só fogo de vista!...
Se as coisas fossem mesmo assim, seria natural um cerrar fileiras das forças comunistas e bloquistas em torno dos grandes princípios do Governo PS, que têm a sua consagração na legislação que esse Governo de esquerda tem submetido à Assembleia da República.
No entanto, tem-se verificado que são o PC e o Bloco que menos têm apoiado o Governo e o PSD e o CDS quem mais o tem apoiado. Um artigo no Diário de Notícias de hoje demonstra-o cabalmente.
Na Sessão Legislativa que agora terminou, o PC foi o partido que menos votou as propostas do Governo, apenas 21 vezes, seguido pelo Bloco, que votou 30 propostas favoravelmente; ao contrário, o PSD votou a favor 38 propostas do Governo e o CDS votou favoravelmente 37 propostas.
Por outro lado, o PSD e o CDS foram também os partidos que votaram contra menos propostas do Governo, apenas dez e onze, respectivamente, enquanto o Bloco votou contra 28 propostas e o PC 30 propostas.
Da natureza das votações no Parlamento, três conclusões se podem tirar:
-ou o PSD e o CDS, ao apoiarem assim o Governo, que se diz de esquerda, são também de esquerda, o que faz que o PC e o Bloco sejam de direita
-ou o Governo, ao contrário do que diz, é de direita e produz legislação de direita, o que justifica as votações do PSD e do CDS
-ou esta questão de esquerda e de direita tem cada vez menos sentido e só serve para ultrapassar nostalgias ancestrais, em que comunistas e socialistas afeiçoavam a unidade da esquerda em vigorosos combates ideológicos e corpo a corpo em turbulentas internacionais.
Mesmo correndo o risco certo de ser acusado de direita, penso bem que a última conclusão é a correcta!... O resto é só fogo de vista!...
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