No país em que todo o enriquecimento se não é ilícito é sempre obsceno, não há bicho-careto que não ambicione aparecer na frente dos que combatem o flagelo, sempre com propostas muito originais, que se um dia virem a luz do dia irão sem demora pôr o país a gritar por liberdade. Hoje, foi a vez do PCP apresentar o seu pacote (em Portugal legisla-se sempre por pacotes) contra a corrupção. Entre as medidas propostas acha-se a tributação a taxas elevadas (75% - 90%) de prémios e indemnizações pagas aos gestores de empresas apoiadas pelo Estado. Nada tenho contra a proposta, embora não vislumbre o que tem a mesma a haver da corrupção, pelo menos no seu sentido juridico-criminal. Verifico, porém, que 2009 está a representar para o PCP tanto ou quase tanto como a revolução bolchevique de 1917, já que o inspirador confessado desta medida é, nem mais nem menos, do que o simbolo do capitalismo imperialista, o Presidente dos EUA.
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