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Uma boa notícia para os casais que lutam pela realização do sonho de ter filhos. São medidas de importante alcance social, designadamente porque reduzem a aberrante discriminação em relação aos casais que por não disporem de rendimento não podem recorrer ao sistema privado, em alternativa à longa espera de anos a que têm que se sujeitar para receber tratamento nos hospitais públicos.
Não compreendo, contudo, porque é que os casais que estão em fila de espera nos hospitais públicos não são livres de poder escolher os centros médicos do sistema privado autorizados a fazer tratamentos de infertilidade. Com efeito, será o Estado a determinar ao casal infértil o centro privado que lhe fará o tratamento. Mais um tique estatizante dispensável que, ou muito me engano, vai complicar a eficácia da medida.
Assim como, também, não compreendo porque é que neste domínio tão sensível da vida a comparticipação nos medicamentos não é assegurada a 100%.
Esperemos, então, que as medidas finalmente anunciadas, depois de anos de estudos e mais estudos, passem do papel ao concreto. Não raras vezes entre um e outro vai uma grande distância…
Esperemos, então, que as medidas finalmente anunciadas, depois de anos de estudos e mais estudos, passem do papel ao concreto. Não raras vezes entre um e outro vai uma grande distância…
4 comentários:
Lá está, ele por muito boas intenções tem de haver sempre um "mas" de permeio...
Cara Dra. Margarida Aguiar:
Concordo consigo, tanto mais que Portugal tem uma das mais baixas taxas de natalidade da EU! Não faz sentido, portanto, o Estado não suportar a totalidade das despesas com a infertilidade!.
Caro Blondewithaphd
Há casos em que os "mas" são necessários. Não é, a meu ver, o caso. Gostaria de perceber a que se deve o "mas" desta boa notícia, dificilmente justificável se atendermos que é preocupante, entre outros aspectos, a baixa taxa de natalidade que se verifica em Portugal, como muito bem aponta o nosso Caro jotaC.
Cara Margarida
Agora que estamos mergulhados numa crise de proporções inimagináveis, acho bem que o governo comece a não ter dúvidas que no médio prazo, a continuarmos assim, a ter uma natalidade medíocre, vamos ter problemas gravíssimos ao nível da mão-de-obra, seja ela de que formação for. Não é com uma importação incontrolada e tantas vezes só norteada por conveniências de cariz político, sem justificação pois, de emigrantes, que vamos resolver as nossas limitações, também neste capítulo. Enfim, Sra. Ministra, o que é preciso é haver amor fisico e o Estado que ajude a todos termos o usufruto!
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