Número total de visualizações de páginas

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A dificuldade das coisas simples…

Ao folhear alguns escritos de Albert Einstein deparei com um pensamento que, não trazendo qualquer novidade, tem a virtude de condensar em meia dúzia de linhas o essencial sobre como devemos olhar as adversidades. Devemos olhá-las de frente e unir esforços para as transformar em oportunidades.
Porque a vida é um permanente desafio, em que o extinto de “sobrevivência”, a vontade de ultrapassar a angústia e a ambição de vencer são lugares comuns que têm paralelo na vida colectiva.
Entender esta verdade e aceitar viver com ela é o princípio do caminho para mudar. Não para mudar repentinamente o mundo. A mudança faz-se construindo. Quando assim não é mudar em tempo de crise e de incerteza torna-se mais difícil…

"Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar ‘superado’. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência... Sem crise não há desafios; sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um..."
(Albert Einstein)

6 comentários:

Bartolomeu disse...

Afinal, este texto é tambem uma canção de amor, por isso...
http://www.youtube.com/watch?v=ykxwwQxzKE4
We still have much to learn.
;)

Manuel Brás disse...

Construir a mudança
de forma compassada,
alicerça a confiança
sem ser trespassada.

Apelando à criatividade
e ao esforço individual,
reforça-se a positividade
e o bem-estar social.

jotaC disse...

Cara Dra. Margarida Aguiar:
Julgo serem generalistas e intemporais estes conceitos de Albert Einstein; por isso mesmo, talvez nos possam servir de incentivo para melhor superarmos a “nossa” crise, que, como sabemos, é em grande medida também decorrente de uma boa dose de autocompaixão, não fora a nossa canção, o FADO! No entanto, não bastam só bonitos conceitos para a sociedade se movimentar…é precisa seriedade e civilidade na política! Estamos cá para ver…

Suzana Toscano disse...

Margarida, a dificuldade aguça o engenho mas, como bem lembra o caro jotac, é preciso não ficarmos afundados em lamúrias nem esperar que alguma coisa mude por nós, é essencial ter vontade de lutar.Muito bem lembrada esta frase de Einstein!

Adriano Volframista disse...

Cara Margarida Aguiar

Relativamente ao texto só um pequeno comentário:

Crise pode ser uma palavara mal aplicada, porque pode levar a equívocos com grandes consequências.
Uma gripe é uma crise, mas, sabemos que voltaremos, com mais ou menos ajuda à situação anterior.
Uma falência é uma crise,mas sabemos que não voltaremos ao estado anterior.
A adolescência é uma idade de crise, mas sabemos que vamos nos transformar em algo diferente.
Em qualquer dos casos acima, podemos agir ou não agir, as consequuências serão sempre diferentes.
Cumprimentos
joão

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro jotaC
Quando a crise é de valores torna-se difícil fazer-lhe face se não os renovarmos. Lembra muito bem a seriedade e a civilidade...
Ao comentário da Suzana acrescento que a crise é nossa e só nós a podemos resolver. Estamos entregues a nós próprios, como é bom de ver se olharmos para trás... O futuro será aquilo que quisermos e formos capazes realmente de empreender...
Caro joão,
Obrigada pela sua achega.
Com efeito, a vida está toda ela cheia de crises, isto é, de situações anormais, muitas deles que a cegueira dos homens não deixa ver e antecipar, que necessitam de ser resolvidas evitando e minimizando os estragos que normalmente lhe estão associados. O que importa, a meu ver, é que a crise seja entendida como um desafio ou uma oportunidade, obrigando a actuar de forma determinada sobre os factores ou as variáveis que a provocaram ou que a podem contrariar e ultrapassar.
Não entendo a crise como uma fatalidade. A ideia de mudança e de criatividade assumem neste contexto particular relevância, como pontifica o pensamento de Albert Einstein...