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terça-feira, 18 de agosto de 2009

O cúmulo da distracção

O Banco de Portugal entendeu dever tornar público o seu entendimento sobre a falta de independência dos assim chamados "provedores do cliente" da banca. Descobriu agora que os senhores que desempenham essas funções não têm autonomia e, não tendo autonomia funcional, falta-lhes a independência necessária para analisar queixas e reclamações dos clientes.
Mais uma atempada actuação do regulador.
Tamanha destreza e sentido de oportunidade vai levar o BdP um dia destes a descobrir as práticas abusivas de algumas instituições financeiras, sistematica e publicamente denunciadas, algumas de resto já apreciadas nos tribunais.

5 comentários:

Tonibler disse...

Impressionante! O Banco de Portugal é como um restaurante que publicita ser o que tem os melhores cabelos nas sopas. Impressionante!

Bartolomeu disse...

A Bolsa de Valores de Lisboa, antecipou hoje a abertura da sessão devido ao explosivo surgimento de uma empresa que opera na área politico-financeira.
O valor das acções desta nova empresa, suplantam largamente os mais bem cotadas no mercado.
A administracção da Vodaphone e Soprocéu reagiu já a este fantástico aparecimento, tendo apresentado queixa à Altíssima Óteridade prá Phinanssa.
A empresa em causa, designa-se pela sigla "FEP" e até ao momento mantêm-se no aninimato os orgãos responsáveis pela mesma.
Os correctores da Bolsinha de Valores receberam já de investidores estrangeiros, milhares de ordem de compra para estas acções.
A nossa redacção conseguiu apurar que um movimento especulativo acompanha toda a actividade da "FEP". Fontes fidedignas afirmam que a producção integral da "FEP" está já reservada à exportação para paízes aphricanos.
Aguardam-se desenvolvimentos mais promenorizados desta notícia.

Suzana Toscano disse...

Caro Bartolomeu, o meu amigo anda a ler livros de ficção científica ou é mesmo só os jornais?

Bartolomeu disse...

Entre livros de ficção e as notícias nos jornais do país, pouca ou nenhuma diferença encontro, cara Drª Suzana.
Ou... talvez encontre se ler com mais atenção (ai esta preguiça).
Enquanto que na literatura se nota o cuidado do autor em se apoiar nos resultados de estudos e experiências, utilizando-os como trampolim para a partir daí "saltar", de acordo com a sua imaginação até ao futuro. Nos pasquins da nossa praça temos de usar a visão RX em toda a sua potêncialidade, por forma a não nos deixarmos atrair pelo "buraco negro" que engole toda a matéria que "gravita" em torno de si.
;)

jotaC disse...

Vai sendo cada vez mais recorrente entidades diversas com responsabilidade directa sobre o funcionamento, a previsão, e até o alerta de situações menos consentâneas com os interesses do Estado virem só, argumentar, depois dos danos causados ou de toda a gente já saber. Estas atitudes, de carácter extemporâneo, parecem significar alguma preguiça intelectual da parte de quem tem obrigação moral e profissional de estar permanentemente a montante dos acontecimentos; e nada é por acaso: quem tem o poder de exigir, demite-se, numas vezes por conveniência, noutras por não saber usar o próprio poder, e noutras ainda por preguiça.
Ouvi uma vez numa sala de hotel um homem, com poder, passar um raspanete a um colaborador seu por este, em determinada circunstância, não ter sabido usar o poder que detinha, por inerência da função, para resolver um problema, que lhe veio a causar grande embaraço. Dizia ele:
-Quem não sabe ou não é capaz de utilizar o poder que lhe é dado, não o merece! Coitado do colaborador, nunca mais o vi naquelas andanças…