Num país tão grande, onde é considerada muito pequena uma cidade como Lisboa, e onde há muitas aglomerações com população superior a 5 milhões de habitantes (Chongking, a maior cidade, mais de 18 milhões, Pequim, 18 milhões, Shangai, a mesma ordem de grandeza, por vezes até é dito que é mais, mas aqui um, dois ou três milhões pouco contam nas estatísticas), com vários pólos industriais e agrícolas, com Zonas Exclusivas diversas, o transporte aéreo revela-se primordial.
Com várias deslocações de cidade para cidade no interior da China, confesso que os aviões chineses me assustavam um pouco. Mas sosseguei quando um meu amigo que faz várias deslocações à China por ano me perguntou quais eram as cidades a visitar e as companhias em que viajaria. De facto, as capitais e as maiores cidades das províncias estão ligadas por grandes companhias aéreas, com uma frota aparentemente com uma vida média baixa, em que avultam os Airbus e os Boeings. O mesmo não se passará nas dezenas, ou mesmo centenas de companhias aéreas que estendem agora a malha entre cidades mais pequenas, e onde a frota poderá deixar algo a desejar. Do arranque de uma delas, uma joint venture entre uma companhia provincial e uma entidade privada vi eu a notícia num jornal local, em que, aliás, a segurança era enfatizada como preocupação máxima.
Ao olhar para os nomes das grandes companhias, até me parecia estar nos Estados Unidos: era a Eastern, ou a China ou a Southern, com uma presença e uma força de imagem impressionantes.
Aviões completamente cheios nas deslocações que fiz. Visível o profissionalismo da tripulação. Pontualidade ao minuto. Numa dessas deslocações, de Guilin para Xian, o avião, estando já cheio, até partiu com 15 minutos de avanço sobre o horário estabelecido.
E comparei com o que nos aconteceu na viagem de Lisboa para Pequim num avião da Air France: impossibilidade de fazer o check-in via internet, e mesmo no aeroporto de Lisboa, por não reconhecimento do nº dos bilhetes electrónicos emitidos, o que levou a que tivesse que ser feito nos balcões do aeroporto, em Paris. Resultado: os sete membros da “comitiva” ficaram espalhados por vários lugares e filas do avião, numa viagem de doze horas. Felizmente que a compreensão de vários viajantes veio a permitir um agrupamento mínimo.
Ou tive sorte ou, também neste campo, os chineses já nos dão lições.
Com várias deslocações de cidade para cidade no interior da China, confesso que os aviões chineses me assustavam um pouco. Mas sosseguei quando um meu amigo que faz várias deslocações à China por ano me perguntou quais eram as cidades a visitar e as companhias em que viajaria. De facto, as capitais e as maiores cidades das províncias estão ligadas por grandes companhias aéreas, com uma frota aparentemente com uma vida média baixa, em que avultam os Airbus e os Boeings. O mesmo não se passará nas dezenas, ou mesmo centenas de companhias aéreas que estendem agora a malha entre cidades mais pequenas, e onde a frota poderá deixar algo a desejar. Do arranque de uma delas, uma joint venture entre uma companhia provincial e uma entidade privada vi eu a notícia num jornal local, em que, aliás, a segurança era enfatizada como preocupação máxima.
Ao olhar para os nomes das grandes companhias, até me parecia estar nos Estados Unidos: era a Eastern, ou a China ou a Southern, com uma presença e uma força de imagem impressionantes.
Aviões completamente cheios nas deslocações que fiz. Visível o profissionalismo da tripulação. Pontualidade ao minuto. Numa dessas deslocações, de Guilin para Xian, o avião, estando já cheio, até partiu com 15 minutos de avanço sobre o horário estabelecido.
E comparei com o que nos aconteceu na viagem de Lisboa para Pequim num avião da Air France: impossibilidade de fazer o check-in via internet, e mesmo no aeroporto de Lisboa, por não reconhecimento do nº dos bilhetes electrónicos emitidos, o que levou a que tivesse que ser feito nos balcões do aeroporto, em Paris. Resultado: os sete membros da “comitiva” ficaram espalhados por vários lugares e filas do avião, numa viagem de doze horas. Felizmente que a compreensão de vários viajantes veio a permitir um agrupamento mínimo.
Ou tive sorte ou, também neste campo, os chineses já nos dão lições.
4 comentários:
Caro Pinho Cardão, muito obrigado por esta sua apreciação pela aviação chinesa, bem assim como, em geral, por estas suas crónias sobre o país milenar. Folgo muito em ver que os progressos que têm sido feitos pela China neste particular dão frutos e efectivamente um passageiro isento os sente e aprecia.
Com efeito, a aviação civil chinesa, se andarmos, nem é preciso muito, uma dúzia de anos para trás chega, tinha várias deficiencias. Ao longo dos últimos anos empenharam-se seriamente em rectificar os problemas que tinham e que iam desde aviões mal mantidos (um avião nunca é velho demais para voar) até um controlo de tráfego aéreo deploravel e aeroportos sujos e com uma confusão inenarravel. Hoje em dia tudo isso mudou e deram saltos de gigante podendo ombrear com o que vai existindo na Europa e Estados Unidos sem terem do que envergonhar-se.
A aviação civil Americana tem um programa de avaliação em relação a todos os países do mundo com companhias que desejem voar para os Estados Unidos. Chama-se este programa International Aviation Safety Assessments (IASA) e o seu âmbito é o de avaliar a capacidade das aviações civis de cada um dos países para exercerem o seu mandato conforme o prescrito pela International Civil Aviation Organization (ICAO) no que toca aos standards de segurança, incluindo mas não se limitando a manutenção, tempos de trabalho, monitorização de equipamentos, etc, etc. A aviação civil chinesa cumpre plenamente os standards internacionais em todos os itens sendo, portanto, Categoria 1, o que significa que aviões com registo e operados por companhias chinesas podem voar para os Estados Unidos. Os resultados das avaliações IASA são tidos como standards mundiais em relação à segurança dum país e a China cumpri-los demonstra os passos de gigante que deram.
Muito obrigado por estas muito agradaveis leituras e continue!
Caro Zuricher:
Não sabia dessa avaliação, mas ainda bem que a minha avaliação de mero utente condiz com a científica avaliação americana.
O que sobressai numa viagem à China é sempre o número incrível de gente de um lado para o outro. Quando lá estive tomámos o comboio entre Beijing e Xian, 10h em cada direcção. Isso apenas para poder ver o exército de pedra.
Tanto na ida como na volta o comboio estava totalmente cheio, apenas com um lugar ou outro vagos de vez em quando (eram lugares sentados).
Estando na China também é bom levar um amigo chinês ou alguém que conheça o terreno para nos acompanhar, e pagar-lhe tudo o que ele quiser. Ao chegar a Xian, os taxistas garantiram-nos que não haviam transportes da cidade para o museu, e tivemos que ir de táxi - no final foi uma corrido barata, mas na volta tomámos o autocarro que parte a cada ~10m, o que custou apenas uma fracção.
Espero que tenha visto o exército de pedra, é realmente impressionante.
Lá esrive, caro João Pais, lá estive, e até tenho um autógrafo, que mostrarei, de quem o descobriu.
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