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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A solidariedade quebra barreiras...


- fotografia do Diário de Coimbra -

É um excelente exemplo de intervenção cívica. É verdade que há muito dinheiro mal gasto e que faz falta para outros projectos que dele precisam. Muitas vezes são incompreensíveis as opções que se fazem nos gastos dos dinheiros públicos. Estou-me a lembrar de uma notícia que li, a propósito de escolas, que dava conta de investimentos de milhões de euros que o Ministério da Educação despendeu em 2008 e 2009 com a reabilitação e a modernização de escolas que agora integram a anunciada lista de 701 escolas do 1º ciclo que vão encerar com o novo ano lectivo que está aí à porta. Mas adiante.
A boa vontade e o espírito solidário e construtivo dos pais e amigos da escola EB1 da Póvoa, em pareceria com a Junta de Freguesia de S. Martinho do Bispo, superaram a crítica, que nem por isso deixará de ser legítima, e a inércia de 50 anos, que custa a compreender, para dar lugar a uma realização de grande valia para a comunidade local. A necessidade e a responsabilidade foram mais fortes.
Uma valia reflectida na melhoria de condições de segurança e de higiene da escola e da sua integração nos planos urbano e paisagístico, mas, também, traduzida em força cívica e laços de solidariedade. Numa época em que fazem falta bons exemplos, este caso ganha maior reconhecimento e admiração. As crianças de S. Martinho do Bispo estão bem entregues...

4 comentários:

Catarina disse...

Uma comunidade solidária que servirá de exemplo a outras e, o que é mais importante ainda, aos jovens que bem necessitam de bons exemplos.

Fartinho da Silva disse...

Excelente exemplo! Muito bem!

Bartolomeu disse...

Em tempos diferentes, no nosso país, algumas obras de utilidade pública, nasceram da iniciativa e capacidade gregária das populações.
Tenho notado, que nas zonas mais desfavorecidas, surge de novo essa "força" aglutinadora. É bom que assim seja... bom e esperançoso. Primeiro, porque se edifica aquilo que na realidade faz falta àquela população. Segundo, porque a obra construída, tem o cunho das gentes que a ergueram, fazendo com que todos a respeitem verdadeiramente e a utilizem com maior consciência. Terceiro, porque os custos serão menos elevados e melhor geridos. Tudo isto, em contraposição com as obras efectuadas pelo governo, à custa do erário público, seguindo o projecto de alguem que não será o seu utilizador.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Bartolomeu
Quando as decisões envolvem os interessados é tudo muito mais fácil e com benefícios apreciáveis, em especial ao nível da satisfação.
Se esta abordagem fosse adoptada a outros níveis, muito provavelmente esta escola teria recebido os melhoramentos de que necessitava há bem mais tempo e uns milhares de euros teriam sido bem gastos de entre os milhões que têm sido despendidos.
Este é também um exemplo de uma escola com mais de 20 alunos, mas com falta de condições para proporcionar um adequado padrão de bem-estar aos professores que ensinam e aos alunos que aprendem. Para além das condições de higiene e segurança, a auto-estima faz muito bem.