- fotografia do Diário de Coimbra -
É um excelente exemplo de intervenção cívica. É verdade que há muito dinheiro mal gasto e que faz falta para outros projectos que dele precisam. Muitas vezes são incompreensíveis as opções que se fazem nos gastos dos dinheiros públicos. Estou-me a lembrar de uma notícia que li, a propósito de escolas, que dava conta de investimentos de milhões de euros que o Ministério da Educação despendeu em 2008 e 2009 com a reabilitação e a modernização de escolas que agora integram a anunciada lista de 701 escolas do 1º ciclo que vão encerar com o novo ano lectivo que está aí à porta. Mas adiante.
A boa vontade e o espírito solidário e construtivo dos pais e amigos da escola EB1 da Póvoa, em pareceria com a Junta de Freguesia de S. Martinho do Bispo, superaram a crítica, que nem por isso deixará de ser legítima, e a inércia de 50 anos, que custa a compreender, para dar lugar a uma realização de grande valia para a comunidade local. A necessidade e a responsabilidade foram mais fortes.
Uma valia reflectida na melhoria de condições de segurança e de higiene da escola e da sua integração nos planos urbano e paisagístico, mas, também, traduzida em força cívica e laços de solidariedade. Numa época em que fazem falta bons exemplos, este caso ganha maior reconhecimento e admiração. As crianças de S. Martinho do Bispo estão bem entregues...
4 comentários:
Uma comunidade solidária que servirá de exemplo a outras e, o que é mais importante ainda, aos jovens que bem necessitam de bons exemplos.
Excelente exemplo! Muito bem!
Em tempos diferentes, no nosso país, algumas obras de utilidade pública, nasceram da iniciativa e capacidade gregária das populações.
Tenho notado, que nas zonas mais desfavorecidas, surge de novo essa "força" aglutinadora. É bom que assim seja... bom e esperançoso. Primeiro, porque se edifica aquilo que na realidade faz falta àquela população. Segundo, porque a obra construída, tem o cunho das gentes que a ergueram, fazendo com que todos a respeitem verdadeiramente e a utilizem com maior consciência. Terceiro, porque os custos serão menos elevados e melhor geridos. Tudo isto, em contraposição com as obras efectuadas pelo governo, à custa do erário público, seguindo o projecto de alguem que não será o seu utilizador.
Caro Bartolomeu
Quando as decisões envolvem os interessados é tudo muito mais fácil e com benefícios apreciáveis, em especial ao nível da satisfação.
Se esta abordagem fosse adoptada a outros níveis, muito provavelmente esta escola teria recebido os melhoramentos de que necessitava há bem mais tempo e uns milhares de euros teriam sido bem gastos de entre os milhões que têm sido despendidos.
Este é também um exemplo de uma escola com mais de 20 alunos, mas com falta de condições para proporcionar um adequado padrão de bem-estar aos professores que ensinam e aos alunos que aprendem. Para além das condições de higiene e segurança, a auto-estima faz muito bem.
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