E se começarmos a puxar pela ponta do novelo informando-nos de trabalhos científicos divergentes do "mainstream", acabaremos por nos perguntar se não estaremos em presença de uma tremenda e criminosa fraude.
Não é só o aquecimento global que é uma treta... a subida do nível médio das águas do mar, os fenómenos de chuvas torrenciais localizadas, quedas repentinas de granizo em quantidades e tamnhos nunca vistos e que em poucos minutos provocam inundações, derrocadas, etc. Maldito vapor de água...
Já agora, se quiser informar-se em qualquer coisa mais sólida que o Correio da Manhã, em matéria de clima, e em qualquer coisa mais global que Lisboa, pode sempre dar aqui um salto: http://www.ncdc.noaa.gov/sotc/global/2014/11 Mas só se quiser, porque não tenho a menor intenção de prejudicar a sua opção de impedir que os factos influenciem a sua opinião neste assunto, claro.
Gostava de dizer ao caríssimo HPS o seguinte: 1. Não tenho qualquer opção por qualquer uma das correntes. Não me abalanço a julgar umas e outras. O que não me impede de me ir divertindo com o tema. Só isso, ainda tenho essa liberdade. 2. Depois, e pelo que tenho lido, não há qualquer consenso científico sobre a matéria. Há muitas, boas e, parece, sustentadas oipiniões e teses contrárias. Que, na generalidade, são completamente ignoradas, esquecidas e até escarnecidas de deturpadas na comunicação social. A comunicação social fixa o politicamente correcto, o que não significa que seja o correcto. 3. "Consenso" científico havia também no tempo de Galileu, consenso esse que estatuía que o sol girava à volta da terra. Se vir o processo, verá que a ciência da época e os cientistas consultados defendiam essa teoria. E Galileu só não foi condenado à fogueira porque era amigo do Papa da altura e este conseguiu o esquema que permitiu a libertação de ser queimado vivo. 4. Por tudo isto, o que eu embirro é ser quotidianamente martelado como tendo que aceitar como indiscutível uma realidade controversa. 5. E que Portugal tenha que pagar um preço caríssimo por meia dúzia de iluminados governantes quererem ser pioneiros dessa realidade e dela fazerem o seu nicho de mercado. 6. Por último, os melhores e sinceros votos de Boas Festas para o meu amigo, que vejo sempre com gosto nesta república. Concordando ou elevadamente discordando.
A pergunta tem toda a razão de ser. Acontece até que, ao que tenho lido, as conclusões das conferências, simpósios e até de organismos oficiais truncam ou ignoram o que não seja o "mainstream".
Caro Bartolomeu:
Por um mero acaso, certamente, é que no decorrer dos séculos não houve calamidades, inundações, chuvas torrenciais, granizo, maremotos, períodos de aquecimento e de arrefecimento, etc, etc, tendo-se todos esses fenómenos encontrado apenas agora mercê da acção nefasta do homem, do dióxido de carbono, e de tragédias semelhantes.
Caro Dr. Pinho Cardão, ao contrário do "tempo" de Galileu, vivemos hoje, tempos em que diversos consensos, pretendem demonstrar aquilo que naturalmente observamos a olho nú. No tempo de Galileu, a inquisição e um grupo de cientistas alinhados, defendiam que o Sol girava em torno da Terra, Galileu, defendeu o contrário. Hoje, passado um século desde o início da revolução industrial que proporcionou ao mundo um desenvolvimento tecnológico a todos os níveis, constatamos a predominância de dois consensos distintos; um que defende a inoquidade dos processos indústriais e dos resíduos químicos lançados para o meio ambiente, outro que alerta para os malefícios que esses processos representam para a saúde humana e para o meio ambiente. Dando de barato que toda a poluição de gases que são lançados aos milhões de tonelada para a atmosfera, não produzem efeitos nas alterações climatéricas que se observam, é de todo incoerente pensarmos que o ser humano, o ambiente e as restantes espécies existentes no planeta, não são profundamente afetados por essa poluição.
1) Inteiramente de acordo com o seu ponto 1. Só estranho é o seu divertimento se ficar pela metade e nunca o enorme potencial de divertimento que existe nos absurdos do outro lado;
2) Aqui já não estamos de acordo. Encontrar um climatologista com trabalho científico na matéria e que negue o mainstream neste domínio é mais difícil que encontrar uma agulha num palheiro. Encontra muitas nuances na forma como o assunto é abordado, mas não encontra cepticismo em artigos científicos sobre o assunto com peer review;
3) O consenso científico pode, evidentemente, estar errado. Mas no caso em concreto ainda não apareceu nenhum Galileu. O que é estranho, porque agora há muitos, mas muitos mais cientistas que na altura, o que aumenta enormemente a probabilidade da existência de divergências, que tardam em aparecer (pelo contrário, os agnósticos têm vindo sucessivamente a ficar convencidos com as evidências que vão sendo coligidas;
4) Inteiramente de acordo. Eu todos os dias, quando acordo de manhã, a primeira coisa que faço é mandar uns mails a contestar a ideia de que a água molha, exactamente por embirrar com a obrigação de aceitar isso;
5) Está por demonstrar, mas sobre isso já falámos o suficiente e ainda um dia gostaria de ver as suas contas;
6) Aqui é que não temos mesmo divergência nenhuma, pelo que só posso retribuir este ponto.
Um amigo estava a espera de fazer de treinador de esqui nos Alpes, Vai ter que arranjar outra ocupação porque não há neve.Temos "dados" para provar o que quisermos; eu opto por menos certezas, que se poderão ainda em vida mostrar exageradas.
Desta não estamos de acordo. E fazendo uso de nomes, como alguns do comentários acima, eu vou puxar os de Galileu e Patterson. O primeiro porque mostrou que a quantidade de indícios empíricos não é importante, na realidade só se percebe que o Sol é o centro do sistema solar porque as fases de Vénus o mostram, porque todos os outros indícios visíveis a olho nú mostram o contrário. Isto para dizer que não é a quantidade de indícios que diz o que quer que seja. O segundo porque andou anos e anos a lutar contra os "cientistas" pagos pelas gasolineiras a mostrar que o chumbo emitido pela gasolina era de facto venenoso. E eram muitos mais os cientistas a favor das gasolineiras que a favor dele. Hoje, em que o chumbo foi proibido nas gasolinas, o nível de chumbo no sangue das crianças desceu 75% e os médicos já dizem que todo o chumbo é mau.
Não há certezas. É certo, mas há consenso. Como nos malefícios do tabaco, aliás.
«Encontrar um climatologista com trabalho científico na matéria e que negue o mainstream neste domínio é mais difícil que encontrar uma agulha num palheiro. Encontra muitas nuances na forma como o assunto é abordado, mas não encontra cepticismo em artigos científicos sobre o assunto com peer review».
Henrique Pereira dos Santos está seguro do que escreveu ? Quer uma lista com 100 nomes ?
12 comentários:
E se começarmos a puxar pela ponta do novelo informando-nos de trabalhos científicos divergentes do "mainstream", acabaremos por nos perguntar se não estaremos em presença de uma tremenda e criminosa fraude.
Não é só o aquecimento global que é uma treta... a subida do nível médio das águas do mar, os fenómenos de chuvas torrenciais localizadas, quedas repentinas de granizo em quantidades e tamnhos nunca vistos e que em poucos minutos provocam inundações, derrocadas, etc.
Maldito vapor de água...
Nunca compreenderei a insistência em duas coisas:
1) A permanente confusão entre meteorologia e clima (a normal climática é definida por trinta anos de observações);
2) A vontade de negar o consenso científico sem nenhuma razão sólida, começando por distorcer o que é o consenso científico.
Já agora, se quiser informar-se em qualquer coisa mais sólida que o Correio da Manhã, em matéria de clima, e em qualquer coisa mais global que Lisboa, pode sempre dar aqui um salto:
http://www.ncdc.noaa.gov/sotc/global/2014/11
Mas só se quiser, porque não tenho a menor intenção de prejudicar a sua opção de impedir que os factos influenciem a sua opinião neste assunto, claro.
Caro Henrique Pereira dos Santos:
Gostava de dizer ao caríssimo HPS o seguinte:
1. Não tenho qualquer opção por qualquer uma das correntes. Não me abalanço a julgar umas e outras. O que não me impede de me ir divertindo com o tema. Só isso, ainda tenho essa liberdade.
2. Depois, e pelo que tenho lido, não há qualquer consenso científico sobre a matéria. Há muitas, boas e, parece, sustentadas oipiniões e teses contrárias. Que, na generalidade, são completamente ignoradas, esquecidas e até escarnecidas de deturpadas na comunicação social. A comunicação social fixa o politicamente correcto, o que não significa que seja o correcto.
3. "Consenso" científico havia também no tempo de Galileu, consenso esse que estatuía que o sol girava à volta da terra. Se vir o processo, verá que a ciência da época e os cientistas consultados defendiam essa teoria. E Galileu só não foi condenado à fogueira porque era amigo do Papa da altura e este conseguiu o esquema que permitiu a libertação de ser queimado vivo.
4. Por tudo isto, o que eu embirro é ser quotidianamente martelado como tendo que aceitar como indiscutível uma realidade controversa.
5. E que Portugal tenha que pagar um preço caríssimo por meia dúzia de iluminados governantes quererem ser pioneiros dessa realidade e dela fazerem o seu nicho de mercado.
6. Por último, os melhores e sinceros votos de Boas Festas para o meu amigo, que vejo sempre com gosto nesta república. Concordando ou elevadamente discordando.
Caro António Barreto:
A pergunta tem toda a razão de ser. Acontece até que, ao que tenho lido, as conclusões das conferências, simpósios e até de organismos oficiais truncam ou ignoram o que não seja o "mainstream".
Caro Bartolomeu:
Por um mero acaso, certamente, é que no decorrer dos séculos não houve calamidades, inundações, chuvas torrenciais, granizo, maremotos, períodos de aquecimento e de arrefecimento, etc, etc, tendo-se todos esses fenómenos encontrado apenas agora mercê da acção nefasta do homem, do dióxido de carbono, e de tragédias semelhantes.
Caro Dr. Pinho Cardão, ao contrário do "tempo" de Galileu, vivemos hoje, tempos em que diversos consensos, pretendem demonstrar aquilo que naturalmente observamos a olho nú.
No tempo de Galileu, a inquisição e um grupo de cientistas alinhados, defendiam que o Sol girava em torno da Terra, Galileu, defendeu o contrário.
Hoje, passado um século desde o início da revolução industrial que proporcionou ao mundo um desenvolvimento tecnológico a todos os níveis, constatamos a predominância de dois consensos distintos; um que defende a inoquidade dos processos indústriais e dos resíduos químicos lançados para o meio ambiente, outro que alerta para os malefícios que esses processos representam para a saúde humana e para o meio ambiente.
Dando de barato que toda a poluição de gases que são lançados aos milhões de tonelada para a atmosfera, não produzem efeitos nas alterações climatéricas que se observam, é de todo incoerente pensarmos que o ser humano, o ambiente e as restantes espécies existentes no planeta, não são profundamente afetados por essa poluição.
Caro Pinho Cardão,
1) Inteiramente de acordo com o seu ponto 1. Só estranho é o seu divertimento se ficar pela metade e nunca o enorme potencial de divertimento que existe nos absurdos do outro lado;
2) Aqui já não estamos de acordo. Encontrar um climatologista com trabalho científico na matéria e que negue o mainstream neste domínio é mais difícil que encontrar uma agulha num palheiro. Encontra muitas nuances na forma como o assunto é abordado, mas não encontra cepticismo em artigos científicos sobre o assunto com peer review;
3) O consenso científico pode, evidentemente, estar errado. Mas no caso em concreto ainda não apareceu nenhum Galileu. O que é estranho, porque agora há muitos, mas muitos mais cientistas que na altura, o que aumenta enormemente a probabilidade da existência de divergências, que tardam em aparecer (pelo contrário, os agnósticos têm vindo sucessivamente a ficar convencidos com as evidências que vão sendo coligidas;
4) Inteiramente de acordo. Eu todos os dias, quando acordo de manhã, a primeira coisa que faço é mandar uns mails a contestar a ideia de que a água molha, exactamente por embirrar com a obrigação de aceitar isso;
5) Está por demonstrar, mas sobre isso já falámos o suficiente e ainda um dia gostaria de ver as suas contas;
6) Aqui é que não temos mesmo divergência nenhuma, pelo que só posso retribuir este ponto.
Um amigo estava a espera de fazer de treinador de esqui nos Alpes, Vai ter que arranjar outra ocupação porque não há neve.Temos "dados" para provar o que quisermos; eu opto por menos certezas, que se poderão ainda em vida mostrar exageradas.
Caro Henrique Pereira dos Santos:
Acabamos, no fim, por concordar.
Isso é o que importa!...
Quanto ao resto...
Caro Pinho Cardão,
Desta não estamos de acordo. E fazendo uso de nomes, como alguns do comentários acima, eu vou puxar os de Galileu e Patterson. O primeiro porque mostrou que a quantidade de indícios empíricos não é importante, na realidade só se percebe que o Sol é o centro do sistema solar porque as fases de Vénus o mostram, porque todos os outros indícios visíveis a olho nú mostram o contrário. Isto para dizer que não é a quantidade de indícios que diz o que quer que seja.
O segundo porque andou anos e anos a lutar contra os "cientistas" pagos pelas gasolineiras a mostrar que o chumbo emitido pela gasolina era de facto venenoso. E eram muitos mais os cientistas a favor das gasolineiras que a favor dele. Hoje, em que o chumbo foi proibido nas gasolinas, o nível de chumbo no sangue das crianças desceu 75% e os médicos já dizem que todo o chumbo é mau.
Não há certezas. É certo, mas há consenso. Como nos malefícios do tabaco, aliás.
«Encontrar um climatologista com trabalho científico na matéria e que negue o mainstream neste domínio é mais difícil que encontrar uma agulha num palheiro. Encontra muitas nuances na forma como o assunto é abordado, mas não encontra cepticismo em artigos científicos sobre o assunto com peer review».
Henrique Pereira dos Santos está seguro do que escreveu ? Quer uma lista com 100 nomes ?
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