- Na edição do DE da última
2ª Feira, um dos mais prestigiados
teóricos do Crescimentismo, apesar de ainda jovem, criticava a actual maioria
governamental por não ter sabido lidar com o sistema previdencial da
Segurança Social, apelidando-a, mesmo, de “coveira” desse sistema…
- …avançando, como
alternativa, uma solução verdadeiramente revolucionária que, pelo seu
elevado nível de elaboração me irei limitar a transcrever nas suas
passagens mais fundamentais. Leiam, pois, com a maior atenção, é o futuro
do País que está em causa…
- “Ao contrário da dupla
Passos-Portas, o PS não propõe qq tipo de experimentalismo, muito menos um
experimentalismo irresponsável. O PS propõe algo muito simples: rejeitar
qq corte em pensões em pagamento (sine die, supõe-se…), mobilizar todos os
recursos públicos para a criação de emprego e para a criação de emprego
estável e de qualidade e diversificar as fontes de financiamento do
sistema”…
- “…Ou seja, ao contrário
dos PP’s e PSD’s, o PS propõe-se investir nos factores que determinam a
sustentabilidade presente e futura do sistema de pensões. É por isso que
APOSTA na dinamização da economia e do emprego, no combate ao trabalho
precário e na valorização dos salários e em novas fontes de financiamento
do sistema de pensões”…
- Aqui temos, pois, a fórmula
mágica para resolver a crise da Segurança Social: fazer crescer a
economia, aumentar e valorizar o emprego e os salários, em suma, como
refere o articulista “investir nos factores que determinam a
sustentabilidade presente e futura do sistema de pensões”…
- E nós que não nos tínhamos
ainda apercebido da simplicidade desta solução e andamos para aí
preocupados com a sustentabilidade futura deste sistema previdencial…que desatenção
a nossa, que falta de visão e de capacidade para descortinar as grandes
soluções!
- Não têm mesmo emenda,
estes simpáticos Crescimentistas…valha-nos Santa Engrácia!
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quarta-feira, 27 de maio de 2015
A inquebrantável "fezada" dos Crescimentistas...não há emenda possível...
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11 comentários:
Não haverá bossulas para isto?
Engraçado... Lá o lixo vermelho que tomou conta da Grécia não anda com cantilena semelhante? Falar é fácil. Será que os eleitores se deixam mesmo ir nessa ideia infantil (para não dizer outra coisa bem pior) de que basta querer e a economia cresce por magia?
Não sei se a evocação de Santa Engrácia, que o caro Dr. Tavares Moreira faz no sétimo e último ponto deste post, é intencional ou casual. Contudo, ela recorda-me a lenda de Simão; que foi injustamente acusado do furto das relíquias de Santa Engrácia e condenado à morte acusado . A execução teve lugar junto às obras do início da construção da nova (a actual) Igreja de Santa Engrácia. No momento em que as chamas o envolveram, Simão gritou que era tão certo ir morrer inocente, como as obras nunca mais acabarem. No meu ponto de vista e dado esta questão da insustentabilidade da segurança social, assim como a necessidade de uma reforma urgente do sistema se arrastarem durante a vigência dos intercalados governos PS-PSD-PS-PSD se arrastarem até ao presente sem que sejam encontradas soluções consensuais, diria que estamos perante mais um caso semelhante ao da lenda. Será que algum Simão injustiçado rogou uma praga à Segurança Social e à solução para a sua sustentabilidade?
Dr. Tavares Moreira
Há textos que já não leio. Mas fui ler porque o indicou no seu texto.
Mas que grande misturada, então o plafonamento quer dizer descapiatlização e privatização!
E o que é a redução da TSU dos trabalhadores? Então não é um plafonamento? Ai a descapitalização da Segurança Social!!!
E se os trabalhadores aplicarem o rendimento libertado não em consumo mas num complemento de reforma? Ai a privatização da Segurança Social!!!
Enfim, o não debate não vai parar de nos surpreender...
As apostas do PS são terreno completamente armadilhado, perfeito para ferir todos os que por lá somos obrigados a passar. Muitos dos seus promotores sabem isso, e fazem-no para ganhar eleições. Outros tantos limitam-se a apoiar, com mais ou menos entusiasmo: são os idiotas úteis.
Caro António Barreto,
Eu sugeria boias de salvação, em vez de bússolas, se me permite!
Caro Bartolomeu,
E eu à espera que o ilustre Comentador e Amigo tecesse rasgados elogios ao autor do inspirado artigo que cito no Post...o mundo está mesmo virado do avesso, já tenho dificuldade, tal como a nossa querida Margarida, em mover-me no meio de tanta confusão!
Espero, sinceramente, que o Summit da Cave Real permita esclarecer algumas destas perturbantes questões que ensombram o nosso tempo...
Cara Margarida,
Tem toda a razão, o texto em referência é o que se chama uma salada russa, com a grave particularidade de se tratar de uma salada em adiantado estado de decomposição, ai daqueles que resolverem servir-se dela...
Caro Pinho Cardão,
A utilidade dessa "idiotia" é algo discutível - na minha perspectiva poderão ser úteis para abrir caminho a um Crescimentismo "old fashioned", que nos reponha em estado de necessidade, num ápice, para o País essa mesma "idiotia" será profundamente inútil, perversa mesmo...
Caro Zuricher,
É a mesma cantilena, certamente, tipo "abre fácil", embora em tons mais suaves, para não assustar o Povão!
"que desatenção a nossa"
«Há um dado que talvez valha a pena introduzir neste debate: até 2012 a Segurança Social teve saldo positivo durante 11 anos seguidos e contribuiu para o equilíbrio orçamental do Estado. O "buraco" nas contas das pensões foi o Governo que o criou com a destruição de quase meio milhão de postos de trabalho, a emigração de outros tantos e a quebra nos salários. (...) E para disfarçar a asneira não têm qualquer pejo em cortar direitos, nem mesmo o mais básico, como a garantia que todo o trabalhador receberá no futuro a pensão para a qual descontou e nem um tostão a menos.»
Não encontro motivos suficientemente fortes para satisfazer essa espectativa que o meu estimado Amigo Dr. Tavares Moreira criou, acerca da possibilidade de as opiniões do deputado João Galamba me terem deslumbrado. Crescimentistas ou analfabetos, todos percebem que só haverá sustentabilidade daquilo que é público, caso a economia cresça. De outro modo e como não estamos nesse rumo, salvo opinião mais fundamentada, recairemos então na correspondência com a infinitude das obras de Santa Engrácia.
Caro Bartolomeu,
Nesse rumo é que estamos, certamente, com a actividade económica, medida pela variação do PIB, acrescer 1,7% no corrente ano...e sem termos de incorrer em défice das contas com o exterior, o que não deixa de ser relevante.
Pode é não ser ainda o ritmo que o ilustre Comentador desejaria - talvez os 3% ou mais que a economia espanhola deverá exibir no corrente ano - mas repare que mesmo em Espanha parece não existir (ainda) satisfação com o ritmo de recuperação da actividade.
Vendedores de ilusões a prometer fazer melhor não faltam, lá como cá, mas esses, pelo menos na minha análise, não merecem o menor crédito.
A nossa actividade económica, como o meu estimado Amigo muito bem sabe - excepcionalmente melhor que eu - depende porque é frágil, de imensos factores. Se agora crescemos comparativamente com igual período do ano anterior, daqui a dois ou três meses, descemos; é o efeito da sazonalidade. Se as exportações crescem hoje, amanhã decrescem; se hoje importamos menos petróleo, amanhã produzimos menos; se hoje exportamos mais produtos lácteos, amanhã uma directiva da UE corta para zero essa parcela, passamos a ser excedentários e os produtores arrepelam-se e exigem subsídios do governo. Em suma, caro Dr. Tavares Moreira, mesmo que lhe queira dar razão quanto ao rumo desta nossa economia, se a compararmos a uma barca, temos de concordar que a sua dimensão é diminuta, que navega em águas muito agitadas e que mergulha demasiadas vezes a borda. Assim, andamos sempre a "apanhar bonés" e a assistir a uma discussão permanente entre os vários membros da tripulação que discordam entre si, du rumo que leva a nau. Nada que já em 500 não sucedesse... nem se percebe muito bem como raio aquela gente conseguiu descobrir tanto mundo.
Caro Bartolomeu,
Qualquer actividade económica, em qq país do Mundo, mesmo nas economias de mercado consideradas mais avançadas, depende de inúmeros factores (diria quase uma infinidade), que tornam a previsão sempre muito contingente pela razão simples de que não pode atender a todos esses factores...
Excepções a esta regra só conheço casos de economias em que se opera o milagre do crescimento sem causa, como na Venezuela, em Cuba e, máximo dos máximos, na Coreia do Norte.
Aí, sim, a previsão económica pode ser quase infalível e daí que as respectivas populações exibam um grau de felicidade sem concorrência.
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