Fonte: The 2015 Ageing Report, European Commission |
O relatório é importante porque mostra as alterações que a demografia vai provocar na sociedade, na economia e nas finanças públicas. As projecções fornecem a indicação de como as alterações decorrentes do envelhecimento demográfico se irão desenvolver ao longo do tempo e com que escala. As projecções são úteis por mostrarem os desafios que se colocam aos países europeus perante o fenómeno do envelhecimento.
Em relação a Portugal, a evolução da população, marcada por um acelerado envelhecimento (redução acentuada da natalidade e acentuado aumento da esperança vida), conduzirá, se nada for feito, a uma perda em quinze anos (2030) de 800 mil pessoas e em 2060 a perda ascenderá a 2 milhões e 400 mil pessoas. Hoje somos 10,5 milhões, em 2030 seremos 9,8 milhões e em 2060 8,2 milhões.
Portugal é um dos países mais envelhecidos da Europa. O declínio projectado terá consequências ao nível do potencial de crescimento da economia e nas finanças públicas, especialmente na componente da despesa pública com pensões. Mas tão ou mais importante serão os efeitos na sociedade, na vida das pessoas, das famílias e das comunidades.
O sistema público de pensões estará debaixo de uma pressão crescente e ao contrário das projecções anteriores (2013) o peso da despesa pública com pensões no PIB irá crescer. Para o agravamento do fenómeno do envelhecimento terá pesado a emigração de centenas de milhares de jovens. A pergunta que se impõe fazer é se está o país a reorganizar-se para se adaptar e fazer frente à realidade mostrada neste relatório. Uma realidade que, evidentemente, não é nova.
2 comentários:
Estamos na frente!, a solução definitiva da crise ambiental não residirá na redução da população planetária? Pois então,vamos bem lançados!
Como disse Ernâni Lopes; em economia, o ajustamento ocorre sempre!
Portanto, os cidadãos, sobreviverão do que tiverem à mão, o seu mar, a sua terra, a sua família, a sua rua. Recorrerão ao médico, enfermeiro ou parteira da cidade apenas quando necessário e aceitarão a doença e a morte com naturalidade, como sempre fizeram os nossos antepassados.
Felizmente para todos, alguns de entre eles, como sempre aconteceu, sobreviverão sem tais agruras!
Não vale a pena pensar muito.
Caro António Barreto
Compreendo o seu pragmatismo, mas não acredito que o que tem de ser tem muita força. Só naqueles casos em que há desistência. Vamos desistir?
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