Quinhentos funcionários da Câmara de Lisboa, quinhentos, dizem os jornais, e transcrevo, "perto de meio milhar de funcionários garantiram, em tempo recorde, que nada faltaria para cumprir, a preceito, o programa delineado para os festejos" da vitória do Benfica no Campeonato, organizados em "estreita colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa".
Falavam muitos jornais e jornalistas em promiscuidade, quando, no Porto, o Presidente da Câmara se limitava a receber na Câmara Municipal, os atletas portistas várias vezes campeões, cerimónia que Rui Rio cancelou. Agora, são os primeiros a apoiar, não apenas as recepções camarárias, aliás justificadas, mas os gastos públicos para receber os vencedores. E também os primeiros a lançar um estranho manto protector para esconder o rasto de destruição, a batalha campal e o apedrejamento das autoridades, que levou ao encerramento dos festejos e ao abandono do palco no Marquês de Pombal, mal mencionando os vários polícias feridos que tiveram que recorrer a assistência hospitalar.
No fim, isto pouco interessa. Porque o verdadeiramente relevante foram esses tão preparados e planeados festejos levados a cabo pela Câmara. Uma promíscua e muito mal acabada realização.
No fim, isto pouco interessa. Porque o verdadeiramente relevante foram esses tão preparados e planeados festejos levados a cabo pela Câmara. Uma promíscua e muito mal acabada realização.
PS: De um indefectível portista, os parabéns ao Benfica e aos benfiquistas pela conquista do Campeonato. Mereceram. E também mereciam uma festa mais expontânea, liberta de eleitoralistas tutelas camarárias.
3 comentários:
Ui!respirar fundo e contar até 100!
É simples. O estado faz as contas à despesa e corta nas transferencias para a câmara do próximo ano. Tal como em Sintra, que voltaram a ter 35 horas por semana, corta-se 10% das transferencias dado que 10% não serve para nada. O poder central tem que começar a fazer destas, é despesa parva ou inutil, seja paga com os impostos municipais.
Se houvesse contribuintes a sério neste País, o futebol não passava do estádio ou da conversa de café. Nunca estaria com a Tirania (o Poder).
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