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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Economia desacelera no 3º trimestre, alerta Crescimentistas...


  1. O INE divulgou, na última 6ª Feira, a 1ª estimativa para o desempenho da economia no 3º trim/2015, dando conta de uma prática estagnação da actividade em relação ao trimestre anterior - crescimento zero do PIB, em cadeia, e crescimento homólogo de 1,4% - em ambos os casos desapontando a generalidade dos analistas que antecipavam um crescimento em cadeia de 0,4% e um crescimento homólogo de 1,8%.
  2. Embora não esteja ainda   disponível informação quanto ao comportamento das diferentes componentes do PIB, o INE fez já saber que para este resultado terá contribuído em especial uma evolução desfavorável do investimento em capital fixo.
  3. A confirmar-se este diagnóstico e uma vez que o 3º trimestre foi já caracterizado por um nível de turbulência política considerável, com o ruído da campanha eleitoral e as incertezas quanto ao resultado do pleito…
  4. …para o 4º trimestre e seguintes não se poderá esperar nada de muito melhor, em razão do agravamento da incerteza política e, pior do que isso, das profundas convicções anti-capitalistas professadas pelos poderosos sustentáculos do formidável governo sitiado do PS.
  5. Começa, pois, a desenhar-se um quadro que poderá ser bem pouco propício para os exercícios onírico-financeiros dos estrategas do Crescimentismo - que apostam tudo numa galvanização da actividade económica susceptível de produzir abundantes receitas fiscais e assim cobrir o aumento dos gastos públicos que se preparam para  promover.
  6. Assim sendo, e face ao risco elevado de virem a ser rapidamente defrontados com um “flop” económico e financeiro de proporções bastante avantajadas, recomenda-se aos sempre simpáticos Crescimentistas que estejam bem alerta, a sua estratégia pode ter de ser alterada não tarda.

8 comentários:

João Pires da Cruz disse...

Ora, caro Tavares Moreira, o Centeno tem um cenário macroeconómico! Nada disso é preocupante. Aliás, até podemos ignorar aquilo que os demais organismos dizem, o que interessa é o que está no cenário. Finalmente, parece que o Banco de Portugal vai acertar uma, é só olhar para o cenário.

João Pires da Cruz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tavares Moreira disse...

Talvez tenha razão, caro Pires da Cruz, esse cenário explicará tudo e garantirá um equilíbrio perfeito e permanente da economia, quaisquer que sejam as políticas adoptadas; tem, ainda, a virtualidade de neutralizar quaisquer impactos desfavoráveis, de origem externa ou interna, que possam colocar em causa os objectivos pretendidos, sem mais considerações.
Eu referi-me a exercícios onírico-financeiros, mas creio que, neste contexto, a vertente financeira é perfeitamente supérflua.

Pedro disse...

Ora...

eu imaginava que perante tal cenário, o carissimo, sempre atento, viesse questionar as politicas postas em pratica ao longo do 2 e do 3 trimestre (que termina em Setembro) !??!

seria tambem mais talvez acertado procurar as causas previas que levaram a esses resultados...em vez de procurar culpas e responsaveis no futuro (o trimestre termina em Setembro, donde, procurar justificações em Outubro é talvez um bocadinho, como hei-de dize-lo...., aplicar a teoria do tarot á politica caseira)


...mas ainda assim, queria deixar uma palavra de esperança: Não se apoquente, pois que com a perspectiva de Revisão Constitucional, solicitada e pretendida pelo PaF, certamente tudo irá ficar "estabilizado e sereno" e os resultados só podem melhorar...

Asam disse...

Convém ler tudo. Os pontos 2 e 3 esclarecem dentro da informação disponível:
2. Embora não esteja ainda disponível informação quanto ao comportamento das diferentes componentes do PIB, o INE fez já saber que para este resultado terá contribuído em especial uma evolução desfavorável do investimento em capital fixo.
3. A confirmar-se este diagnóstico e uma vez que o 3º trimestre foi já caracterizado por um nível de turbulência política considerável, com o ruído da campanha eleitoral e as incertezas quanto ao resultado do pleito…

Portanto, só mais para a frente será possível retirar outras conclusões. O que já é certo é que os juros da dívida aumentaram assim que se soube que antonio costa pretendia governar. Mesmo com ac poderão não aumentar muito se (ou porque) a UE não o deixar em roda livre como deixou um anterior dirigente do ps, agora acusado de crimes vários. Mas será preciso muito cuidado porque os actuais dirigentes estiveram à porta durante o saque.

Tavares Moreira disse...

Caro Pedro,

Dois ou 3 pontos apenas:
- Quem procurou culpar responsáveis para o futuro? Onde leu isso?
- Pode esclarecer-me quais as políticas que foram postas em prática no 2º e 3º trimestres (grato pelo esclarecimento de que o 3º trimestre terminou em Setembro)?
- Não sou entusiasta da revisão constitucional que refere, bateu na porta errada.

Caro Alberto Sampaio,

Aguardemos pelos esclarecimentos adicionais do INE bem como pelo comportamento do investimento nos próximos trimestres...ou me engano muito ou vamos ter ampla matéria para discussão, sempre dentro do nosso estilo crítico - com "fair play".

Carlos Sério disse...

“O INE divulgou, na última 6ª Feira, a 1ª estimativa para o desempenho da economia no 3º trim/2015, dando conta de uma prática estagnação da actividade em relação ao trimestre anterior” … “para o 4º trimestre e seguintes não se poderá esperar nada de muito melhor”.
Pois é, antes das eleições tudo corria às mil maravilhas, o crescimento era embandeirado em arco pelos austeristas. Até, ir-se-ia dar 35% da CES, quando agora pelos vistos vai dar-se zero. E porque não ganharam as eleições ao ponto de terem maioria, já adivinham todas as desgraças.
Será que alguém pode dar crédito a estes sábios?

Carlos Sério disse...

Quanto aos juros da dívida!
Será engano a notícia de hoje dando conta de que o país colocou dívida a juros negativos pela primeira vez?