Criticam muitos as sanções da UE a Portugal, por não fazer ajustamentos a uma política que concita as críticas unânimes das mais responsáveis organizações nacionais e internacionais e em que só uma geringonça ávida de poder diz que acredita.
A questão é que essas sanções serão o único meio de evitar aos portuguesescs penas ainda maiores no futuro. Mas o que é que isso interessa à geringonça, se politicamente correcto, e rentável, é arranjar inimigos externos e meter a cabeça na areia? E se, no fim, mais uma vez paga o justo pelo geringôncio...
9 comentários:
Senhor Pinho Cardão:
Mas as sanções referem-se ao défice de 2015 ou ao de 2016.
É que se se referirem ao de 2015, esse foi prometido pelo governo de então, até Outubro, antes das eleições, que seria de 2,7%.
Ou o actual governo, em 35 dias, aplicando o OE feito pelo anterior, derreteu mais 0,5% do PIB?
Se as sanções se referem a 2016, a posição oficial das entidades europeias (CE e Ecofin) foi aprovar o Plano de Estabilidade e Crescimento e a previsão do défice, abaixo de 3%.
Começo a ficar confuso.
P. S. E sobre esta manipulaçãozinha não tem nada a dizer?
http://expresso.sapo.pt/economia/economina_energia/2016-07-12-Governo-de-Passos-deixou-buraco-de-50-milhoes-na-eletricidade
Meu caro Manuel Silva:
O que é que o meu amigo não percebeu daquilo que eu escrevi?
E, por acaso, percebe que a política enegética do governo de Sócrates, mal corrigida pelo governo Passos Coelho, e assumida pelo presente, que até a quer desenvolver, é a grande responsável pelo excessivo custo da energia e pelo défice tarifário, que já vai em 5 mil milhões de euros?
Fala agora de 50 milhões? De qualquer forma, censurável é não cumprir as normas em vigor.
Defende então o Senhor Doutor Pinho Cardão, que devemos aceitar (e eventualmente até, agradecer, como forma de proteger o futuro) que nos imponham sanções por incumprimento de umas décimas orçamentais?
Hmmm...
E por acaso já se deu ao trabalho de observar, analisar e refletir nas medidas internas que a Inglaterra está a estudar e debater para saírem ainda mais fortes dos acordos com a UE?
São mesmo estúpidos, aqueles ingleses!
Não perceberam que a mama da UE mesmo que acompanhada de uma lambada de vez em quando, é o melhor investimento para um futuro saudável e descansado.
Senhor Pinho Cardão:
Eu é que não percebi nada do que escreveu, pois não?
E o senhor respondeu à letra ao que eu disse, não foi?
Antes do Sócrates não havia défice tarifário, pois não?
Sabe que percentagem de produção renovável atingimos?
E quanto isso nos poupou directamente em importação de energia fóssil?
Para não falar nas outras consequência ambientais que nunca entram na vossa equação mas que têm custos consideráveis: os fenómenos extremos, um pouco por todo o lado, são obra do Demónio e não têm custos económicos nem sociais, como deverá saber.
Mas a produção renovável é um caminho que estamos a fazer ao arrepio do resto dos países por todo o mundo, daí na sua crítica, compreendo-o.
Se a desonestidade intelectual na argumentação da discussão pagasse imposto o senhor já pedia esmola.
Este país tinha um problema (tem um enorme que é ser habitado por gente burra, mas vamos passar esse).
Esse problema era que o estado gastava mais que aquilo que os portugueses podem pagar. Chega o Sr. Costa e aumenta os funcionários do estado, reduz-lhes o horário de funcionamento, aumenta os impostos e os custos dos produtos na exportação, volta atrás com os negócios que cortavam despesa e decreta a subsidiação de todo o marmelo que resolve falar alto. Vira-se para o pessoal que nos sustenta e diz "Pessoal, o dinheiro já não chegava mas nós vamos gastar muito mais para agora passar a chegar. Temos um Excel maravilhoso que resolve isso tudo".
A resposta dos outros, e o curioso é ter sido dos outros e não nossa, é "vai chamar burro a outro!". Adivinhem quem é o outro? Pois... como diria alguém, senão percebes de quem é que os outros se estão a rir é porque é de ti....
Em relação ao comentário de Manuel Silva, que me abstenho de qualificar, gostaria de esclarecer os leitores de boa fé da enorme tragédia que tem sido para a economia essa política das energias renováveis eólicas.
a) a energia eólica é, por natureza, intermitente ,o que obriga a ter, em paralelo, centrais convencionais prontas a funcionar caso não haja vento. Logo, investimentos em duplicado.. É o custo do investimento em duplicado integra a tarifa da electricidade.
b) A política eólica Sócrates/Manuel Pinho levou a que tivéssemos uma produção desproporcionada deste tipo de energia em relação à de outras origens. Uma produção cara, face à elevada rentabilidade negociada pelos promotores e aceite pelo governo e também cara pelo pioneirismo associado avequipamentos insuficientemente testados.
C) a energia eólica, mais cara, é a primeira a ser consumida e é paga na integralidade, caso seja ou não consumida. Aliás, é de noite que há mais vento e menor consumo , mas a energia sobraste é paga na tarifa.
D) a exportação de energia eólica é marginal e a preços marginais, pelo que pagamos também o diferencial entre o preço pago pelo comprador e o preço fixado para a produção.
E) como com todos estes custos o preço da energia se tornava incomportável, o governo Sócrates estabeleceu o desvio tarifário, procedimento através do qual estabeleceu que uma parte do custo fosse protelado para data futura. Esse valor já vai em 5 mil milhões de euros, que incidirão nas tarifas dos anos futuros e que os bancos têm vindo a financiar.
F) tudo isto prejudic a competitividade das empresas, sobretudo das mais consumidoras de energia, prejudica a capacidade de exportação, encarece o preço dos produtos. É um factor negativo para a economia, sem proveito para ninguém. E a competitividade acrescida que uma política energética racional teria para a economia mais que compensava, através das exportações, o dispêndio com os combustíveis ditos sujos.
Pelos vistos o Pinho Cardão é um especialista em energias renováveis.
Ainda bem porque há falta deles.
Engenheiros competentes e bem informados.
No entanto haverá um pequeno senão:
a)“a energia eólica é, por natureza, intermitente ,o que obriga a ter, em paralelo, centrais convencionais prontas a funcionar caso não haja vento. Logo, investimentos em duplicado. É o custo do investimento em duplicado integra a tarifa da electricidade”, diz o Pinho Cardão.
Por acaso será que ele, como especialista que parece ser, ainda não ouviu falar dos sistemas de bombagem hidroeléctrica e pilhas de combustível (nomeadamente de hidrogénio) para contrariar tal inconveniente?
b) “A política eólica Sócrates/Manuel Pinho levou a que tivéssemos uma produção desproporcionada deste tipo de energia em relação à de outras origens”, continua o Pinho Cardão.
Eu creio que o Pinho Cardão está a deixar-se envolver num grande erro. A discussão das vantagens/desvantagens da energia eólica não podem confundir-se com as negociatas que a sua implementação originou. Atacar as energias alternativas pelo facto de a sua implantação dar origem a negociatas e a corrupção, não é justo nem correcto. Há que distinguir uma coisa da outra, coisa que o Pinho Cardão não faz, metendo tudo no mesmo saco.
Vantagens da Energia Eólica
É inesgotável;
Não emite gases poluentes nem gera resíduos;
Diminui a emissão de gases de efeito de estufa (GEE).
Vantagens para a comunidade
Os parques eólicos são compatíveis com outros usos e utilizações do terreno como a agricultura e a criação de gado;
Criação de emprego;
Geração de investimento em zonas desfavorecidas;
Benefícios financeiros (proprietários).
Vantagens para o Estado
Reduz a elevada dependência energética do exterior;
Poupança devido à menor aquisição de direitos de emissão de CO2 por cumprir o protocolo de Quioto e directivas comunitárias e menores penalizações por não cumprir;
Possível contribuição de cota de GEE para outros sectores da actividade económica;
É uma das fontes mais baratas de energia podendo competir em termos de rentabilidade com as fontes de energia tradicionais.
Vantagens para os promotores
Requer escassa manutenção (semestral);
Boa rentabilidade do investimento.
“Em Maio durante quatro dias inteiros, Portugal produziu energia suficiente, limpa e sustentável, para atender às necessidades da população. Isso é graças a um grande impulso no investimento em captação da energia solar, eólica e energia hidroeléctrica e um empurrãozinho da UE – que emitiu uma directiva afirmando que um país membro precisa de ter pelo menos 31% de fontes de energia renováveis
Caro Pinho Cardão,
tem razão naquilo que escreve. A energia eólica é excessivamente cara. Como está debaixo de bandeiras "ambientais" (mais do que duvidosas) as pessoas deixam passar e até louvam.
Não deixa de ser quase caricato que neste País em que se está constantemente a referir o nível de pobreza da população, certos governos optem por fazer os cidadãos pagar a energia mais cara do que seria necessário se obtida de outra forma, com consequências para a produtividade, o emprego e perpetuação dos tais níveis de pobreza.
Caro Alberto Sampaio:
Totalmente de acordo. O preço da energia renovável é, por si, bastante mais alto do que da energia das fontes convencionais, face aos contratos estabelecidos e exige que o consumidor pague o estado de prontidão de outras unidades produtoras, caso não haja vento. Assim, quanto mais energia eólica é lançada na rede, maior é a factura a pagar, agora ou no futuro (desvio tarifário, que já vai em 5 mil milhões).
Paralelamente, a energia eólica é a primeira a ser consumida, logo a mais cara. E se não há consumo, é paga também. Para obviar em parte a isso, utiliza-se a energia sobrante a armazenar água nas albufeiras. Ou seja, em certas alturas, em vez de turbinar a água e produzir mais, as hídricas usam a energia das eólicas, enviada através da rede, para bombear a água para a albufeira, armazenando-a à espera de períodos de maior consumo. O que significa que o aproveitamento da eólica exige investimentos adicionais noutros sistemas. Isto é, a eólica exige investimentos adicionais em duplicado, para obviar ao fornecimento quando não há vento e para não desperdiçar o vento quando este não falha.
No fim, a "bondade" do produto é espelhada no preço, altamente lesivo da competitividade das empresas portuguesas e, assim, da economia.
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