Daniela Mercury
Hoje é o Dia Mundial da Luta Contra a Sida. O papa Bento XVI referiu-se à situação vivida à escala planetária como “alarmante”. Apela a uma maior proximidade em relação aos doentes e famílias, assim como um melhor “acesso económico aos medicamentos retro-virais”.
O papel a desenvolver pela Igreja Católica é fundamental na luta contra esta praga. Mas, há sempre um ou mais mas, nestas iniciativas. A não referência ao uso do preservativo é de lamentar. É triste ver o papel desempenhado pela hierarquia religiosa agarrada a certos princípios dogmáticos. A falta de adaptação à realidade tem consequências. Para todos, inclusive para a própria igreja. O afastamento de uma artista católica, Daniela Mercury, do concerto de Natal no Vaticano, pelo facto de ser uma defensora da utilização do preservativo constitui uma atitude perfeitamente anedótica. Começo a pensar o que diria Cristo perante uma situação destas. Ponho-me a adivinhar…
3 comentários:
Estou certo que, daqui a uns anos, quando se chegar à conclusão que uma atitude diferente da igreja católica poderia ter salvo 200 milhões de vidas, este episódio nunca aconteceu e, aliás, será totalmente falso que a igreja tenha um dia condenado o uso do preservativo e uma igreja é uma realidade em permanente evolução, etc...
Enfim, se todos tivessem as mesmas desculpas, hoje estaríamos a assistir à tomada de posse do primeiro secretário-geral judeu do partido nazi Alemão. Só que a história faz uns pagar pelas suas atitudes e outros não. Vá-se lá perceber porquê...
O episódio, meu caro Professor, não foi anedótico. É um dos muitos, trágicos, da hierarquia da Igreja Católica, desacertada nos valores, mais preocupada com as canonizações do que com a vida.
Peço-lhe desculpa, mas a atitude da Igreja Católica, em geral, não contribui,nem deixa de contribuir para o combate contra a SIDA.
A SIDA aumenta em países onde a Igreja tem uma influência, quando não é marginal, ÁSia budista e muçulmana, não é preponderante, África animista e/ou cristã.
O Sr Tabo M'beki contribuiu mais para a disseminação da SIDA no cone Sul de África que qualquer outro, quando considerou que se tratava de uma doença do colonialismo capitalista, com presidentes como este não é necessário inimigos. Os efeitos são/serão devastadores, a esperança de vida na África do Sul vai regredir, entre 3 a 5 anos, para toda a população e custará mais de 3 pontos percentuais, anuais do PIB no próximo decénio.
A influência da Igreja Católica, em POrtugal, no combate à SIDA,aqui, sim é importante e considero como co -responsável pela situação actual da doença no nosso país.
A propósito, ao contrário do que se passa noutros países da União, a SIDA está a aumentar em Portugal em especial nos grupo menos plausível os heterosexuais???!!!
Estas, como outras notícias surgem na Imprensa estrangeira e a conclusão é que somos um país pouco higiénico, atrasado e retrógado nas práticas e nos costumes..
Querem mudar o país? a imagem? então..
Cumprimentos
Adriano Volframista
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