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sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Trabalho político!...

Segundo o Público, quarenta e cinco Deputados faltaram à Sessão da Assembleia da República em que se votou o Orçamento de Estado!...
É das votações mais importantes, a par das Sessões de aprovação do Programa do Governo, e daquelas em que se votam moções de confiança ou de rejeição.
Faltaram 20% dos Deputados!...
Como não é crível que se desse tamanha acumulação de mortes de familiares ou de doenças de Deputados, motivos de justificação de faltas, os Deputados faltosos vão justificar a ausência invocando a única outra justificação possível que, aliás, nem tem que ser comprovada, e que é trabalho político...
É que assim não correm o risco de perder o mandato, por darem além de três faltas injustificadas, …o que, aliás, nunca aconteceu por esse motivo...e com tal justificação, também não perdem o vencimento...
Trabalho político, pois!...
Com exemplos destes, Faltistas de todas as profissões... faltem…que estão perdoados!...

8 comentários:

Tonibler disse...

Caro Pinho Cardão,

Mas deputado não é uma profissão. Aliás, era melhor irem lá menos e pensarem mais.
E o orçamento, em termos formais é importante, em termos reais não serve para nada. Afinal, perdeu-se 80% de bom trabalho 'político' para estar a aprovar uma coisa que não vale nada...

O Reformista disse...

O Siema Político precisa de uma Reforma profunda.Não tanto na sua arquitectura constitucional Semi Presidencialista mas sobretudo na vertente da Assembleia da República.


E o primeiro pontop será a forma como são escolhidos os candidatos a deputados.
Este é um dos mais importantes porque é ele que está a inquinar a vida dos partidos. Como sabem são as distritais que negoceiam com as nacionais as listas de candidatos.
Negoceiam em função dos respectivos grupos apoaiantes/clintelares. O interesse nacional e do Partido não é para aqui chamado.(Os deputados até são eleitos às costas do Presidente do Partido,
única estrela eleitoral por conveniência de ambos os lados)
Percebe-se assim que a vida democrática ao nível das bases está distorcida no sentido de que a única coisa que realmente interessa é a conquista da Distrital.Um vez conquistada é preciso que à frente de cada Secção esteja "uma amigo" de forma ao lugar não ficar em causa. É na altura das listas para as autárquicas e para as legislativas que os apoios se pagam.(com efeitos retroactivos e prospectivos)
As listas das legislativas são assim o resultado do "arrumar" do circulo de "amigos" do Presidente do Partido e do circulo de"amigos" do Presidente da Distrital. Quem não se quiser envolver nestes "círculos" está de fora.
O curioso e que por vezes o Presidente sai, até pelos maus resultados, mas deixa a sua corte, na AR, como herança para o Presidente seguinte.
Com o andar dos tempos a vida dos partidos cada vez se reduziu mais a isto.

Assim a primeira medida higiénica será mudar a forma como os candidatos são escolhidos, retirando-a da competência directa do aparelho partidário (distrital e nacional).

Estou certo ou estou errado?
Existem alternativas?

Ps existem formas democráticas de o conseguir.

O Reformista disse...

N´oreformista desenvolvo o tema

O Reformista disse...

Caro
Ricardo Andrade.

Infelizmente alcançar um cargo político deixou para muitos de ser "um meio para fazer algo melhor" para passar a ser um modo de vida.Ou para conseguir uma melhor vida...

Caro
Pinho Cardão
Agradeço a sua visita ao Reformista. Já lá tem resposta sobre as soluções.

Confesso que tenho poucas esperanças nas "lideranças fortes" porque quem lá chega, já chegou.Passa a ser estatutáriamente conservador.
E se a sua vitória pode transitorimente amenizar as coisas não as corrige. É transitório.Quando sair volta tudo ao mesmo.Não esqueça que o aparelhismo desenvolveu-se à sombra de Cavaco Silva...

O Reformista disse...

IMSP,

A resposta é não. Porque se não mudar primeiro os políticos não consegue, neste campo, mudar a Administração Pública.

E não são só lugares na Administração Pública-que mudam sobretudo quando mudam os Governos.
São,os lugares de deputados, de autarcas, empresas municipais, etc.

A questão é que é a distribuição destes lugares, com tudo o que lhe está associado, que condiciona a vida nos partidos.

O Reformista disse...

Caro Arnaldo Madureira

Partilho da sua ideia da eleição dos candidatos a deputados (como aliás escrevi no reformista em resposta ao comentário do Pinho Cardão) e da identificação e personalização das candidaturas.

Aliás estes dois pressupostos são base das propostas que tenciono apresentar em livro nos próximos tempos.

Contudo Arnaldo Madureira chocou com algo que para mim é invitável. A oposição das cupulas partidárias que em caso algum poderão aceitarão perder o controlo.

É preciso assim arranjar formas que permitam arranjar um equilibrio entre a automia politica própria de quem é eleito e o poder das direcções também eleitas.

E isto é possivel.

O Reformista disse...

Caro Arnaldo Madureira

Partilho da sua ideia da eleição dos candidatos a deputados (como aliás escrevi no reformista em resposta ao comentário do Pinho Cardão) e da identificação e personalização das candidaturas.

Aliás estes dois pressupostos são base das propostas que tenciono apresentar em livro nos próximos tempos.

Contudo Arnaldo Madureira chocou com algo que para mim é invitável. A oposição das cupulas partidárias que em caso algum poderão aceitarão perder o controlo.

É preciso assim arranjar formas que permitam arranjar um equilibrio entre a automia politica própria de quem é eleito e o poder das direcções também eleitas.

E isto é possivel.

O Reformista disse...

Caros amigos da Quarta República.
A discussão deste tema tem continuado n´OReformista.
Sei que partilhamos dos mesmos pressupostos e dos mesmos objectivos.
Sei que pelo menos alguns entre vós defendem as eleições por circulos uninominais. Embora, para MUDAR DE VIDA, eu defenda as vantagens de uma personalização das candidaturas nas legislativas, e também defenda as primárias como o Arnaldo Madureira, levanto na resposta ao último comentário do Arnaldo Madureira n´OReformista uma série de dúvidas que, embora clássicas, ainda não vi respondidas. Agradeço fortemente argumentos que mas sosseguem.Lá ou aqui.