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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Europeias: a primária argumentação socialista I

A falta de argumentos leva normalmente à falta de senso na argumentação. E a falta de senso leva normalmente a argumentação rasteira.
O PS criticou a escolha de Paulo Rangel como cabeça-de-lista do PSD às europeias, porque " é reveladora do esgotamento de opções" da líder do partido social-democrata, que preferiu um nome do "aparelho mais próximo".
Por similitude, poderia dizer-se, com total propriedade, que a escolha de Vital Moreira como cabeça-de-lista do PS às europeias " é reveladora do esgotamento de opções" do líder do partido socialista, que teve que lançar mão de um nome do "aparelho mais longínquo" do partido.
A óbvia não aceitação pelo PS desta argumentação diz bem do calibre do seu próprio argumento.
Mas é a “inteligências” destas, tão sem senso e tão primárias no conteúdo, que estamos entregues. Votem neles, votem!...

4 comentários:

Bmonteiro disse...

Ou:
«" é reveladora do esgotamento de opções" da linguagem entre a classe política do regime, ter de lançar mão de tal tipo de declarações»

Se ainda por cima, provenientes de um universitário de 'prestígio', dá bem para ver a que ponto chegaram as elites.
Imaturidade apesar de velhos, ou degenerescência intelectual trazida pela idade?
Um peculiar ritmo verbal de fazer a discussão política em Portugal?
JB

Olhar Ateu disse...

Caro Pinho Cardão

O que me parece é que há "esgotamento de opções" para o eleitorado que não se revê na prática política dos partidos existentes.

Outra organização do sistema político, em que os eleitores, e não as centrais partidárias, pudessem escolher os seus representantes e por certo outro galo cantaria.

Cordialmente

Félix Esménio disse...

O Prof. Vital Moreira apesar de emérito constitucionalista não tem o dom da ubiquidade, pelo que, provavelmente, não consegue estar ao mesmo tempo nas listas do PS e do PSD. O PSD, segundo creio, também não tem qualquer problema teratológico, pelo que, em princípio, não pode ter dois cabeças-de-lista. No penúltimo parágrafo, caro Pinho Cardão, quereria dizer “PS” e não “PSD”… 

Mas indo à substância da sua mensagem, a qual merece a minha total concordância, parece-me que o problema dos “sound bites” está mais nos receptores (o povo) do que nos emissores (os políticos). No dia em os dislates forem penalizados eleitoralmente haverá menos representantes da nação a praticarem este tipo de discurso, algures entre o oco e coisa nenhuma. Mas, enfim, os tempos estão mais virados para o sucesso dos bobos da corte do que para a afirmação dos homens e das mulheres de bem, com vivências saudáveis e espessura intelectual.

Acredito, no entanto, que Portugal é um país viável, com gente válida e capaz. Por isso é uma questão de tempo, os melhores hão-de se cansar do governo dos medíocres. Não está fácil, mas vai acontecer!

Pinho Cardão disse...

Obrigado, Félix Esménio, tem toda a razão quanto ao lapso, que já corrigi, e quanto ao teor do seu comentário. E oxalá assim aconteça!...

Caro Bravomike:
O termo elite perdeu mesmo muito do seu significado.
Está ao nível do jet set!...

Caro Olhar:
Talvez, mas a minha dificuldade é que não vejo ainda como é que isso poderá acontecer!...